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Paraíba

MDB teria usado “candidata laranja” para favorecer eleição de filha da vice-prefeita de São Bento

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Mais um escândalo envolvendo possível candidatura laranja em eleições vem à tona. Informações chegadas ao RádioBlog e, segundo a fonte, também encaminhadas à Justiça Eleitoral, dão conta de que o MDB teria usado “candidatura laranja” para favorecer a eleição da vereadora Márcia Roberta, nas eleições de 2016, no município de São Bento, Sertão paraibano. Márcia Roberta é filha da vice-prefeita de São Bento, Joseilma Resende Ramalho, popularmente conhecida como “Melada”, com o ex-prefeito e ex-deputado Márcio Roberto, atualmente inelegível.

Segundo informações, a “candidata laranja” seria Joyceclea Resende, prima da vereadora Márcia Roberta, sobrinha de “Melada” e Márcio Roberto. Apesar de ter recebido doações que, somadas, ultrapassam a quantia de R$ 22 mil, Joyceclea não obteve nem um voto nas eleições 2016, sequer o voto dela própria foi registrado nas urnas, despertando a desconfiança de políticos aliados, opositores e lideranças locais.

Ainda segundo as informações chegadas ao RádioBlog, os valores doados para a campanha de Joyceclea foram direcionados, de modo a favorecer e serem utilizados em benefício da campanha da prima, Márcia Roberta, eleita a quarta vereadora mais votada do pleito, totalizando 1443 votos.

O RádioBlog tentou contato com Joyceclea Resende. A reportagem foi atendida por um homem que, apesar de não se identificar, confirmou que o telefone seria mesmo de Joyceclea. Ao tomar conhecimento do assunto que seria tratado com a possível “candidata laranja”, o homem desligou a ligação.

Confira o áudio:

 

O RádioBlog também entrou em contato com a vereadora Márcia Roberta, supostamente eleita com os recursos captados pela possível candidatura laranja de  Joyceclea Resende. Márcia Roberta tratou o caso como “piada”.

Confira o áudio:

 

Ouvimos a mãe da vereadora Márcia Roberta, popularmente conhecida como “Melada”, que negou conhecimento sobre a suposta candidatura laranja da sobrinha para favorecer a filha. “Ligue para o pai de Márcia, que ele sabe responder e lhe ajuda”.

Confira o áudio:

 

Também foram ouvidos pelo RádioBlog os vereadores Neto Vieira e Domelice,  que assim como Márcia Roberta, disputaram as eleições pelo MDB, além de  Francivaldo Silva, secretário de agricultura da Prefeitura de São Bento e presidente do MDB no município.

Neto Vieira, ao tomar conhecimento do assunto que seria abordado pela reportagem, decidiu “tomar um banho” e desligou o telefone.

Confira o áudio:

 

Assim como os demais, a vereadora Domelice negou conhecimento de existência de “candidatura laranja” em São Bento, como também negou conhecer Joyceclea Resende, que teria sido candidata pelo seu partido. “Nunca nem “vi” falar”.

Confira o áudio:

 

O presidente do MDB em São Bento, Francivaldo Silva, também negou conhecimento em torno de “candidatura laranja” pelo partido. “Só é candidato laranja quando o “cara” tem dinheiro do fundo partidário, os municípios da Paraíba nenhum recebem, só o da Capital, talvez Campina e Patos”, disse. Francivaldo confirmou conhecer Joyceclea Resende, mas negou conhecimento que ela teria atuado como candidatura fantasma em 2016. “Esse negócio de receber dinheiro, não passa pela mão do presidente, se chegou esse dinheiro aqui em São Bento foi para prestação de conta, e quem fez foi um amigo da gente aí em João Pessoa, que não sei nem quem foi”, declarou.

Confira o áudio:

 

O RádioBlog também ouviu o prefeito de São Bento, Doutor Jarques (DEM), eleito na coligação pela qual supostamente Joyceclea teria disputado as eleições, e que tem como vice-prefeita “Melada”, mãe de Márcia Roberta, tia de Joyceclea.  Doutor Jarques também negou conhecimento em torno de candidatura laranja no município, não também não se recorda da campanha da aliada Joyceclea Resende à Câmara Municipal de São Bento em 2016.

Confira o áudio:

 

“Candidatas laranja”

As mulheres-fruta como a mulher Pera e Melancia caíram no esquecimento,. mas uma das variedades vingou, a mulher-laranja, presente nas urnas de todo o país. Para cumprir regra de 30% de candidaturas femininas, partidos registram mulheres que não recebem votos.

Ab initio, cumpre apontar que o instrumento processual da Ação de Investigação Judicial Eleitoral é meio hábil para apurar a fraude eleitoral. In casu, configura-se o ilícito grave pelo registro de candidatura feminina lançada por partido político unicamente com o intuito de atender à regra prevista no art. 10, §3º, da Lei 9504/97, Lei das Eleições.

Nas eleições municipais de 2016, 16.131 candidatos não tiveram nem um voto sequer – nem o próprio, entre ela está Joyceclea Resende, de São Bento. De cada dez dos “sem-votos”, nove eram mulheres (14.417 candidatas). Os dados foram obtidos graças à ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já tinha o “fenômeno” sob seu radar e pediu que a justiça eleitoral fizesse o levantamento, destaca publicação do site JusBrasil. A magistrada não teve dúvida de que se tratava de um novo tipo de fraude eleitoral que agrava ainda mais a já escassa representatividade feminina nesta área: são as “mulheres-laranja” da política.

O “fenômeno”, como diz a ministra, é facílimo de explicar e difícil de coibir: candidatos que dominam a política há séculos, precisam preencher as chapas com pelo menos 30% de candidatas mulheres – a cota estabelecida por lei, desde 2009. A regra começou a vigorar na eleição de 2010 no Brasil. O candidato (a) chama a mulher, a filha, a sobrinha, aprima, a empregada doméstica, a secretária, entre outras para assinarem ali o pedido de registro de candidatura. E essas pessoas não fazem nada, não fazem campanha, não recebem voto.

Lançar candidatas fictícias é fraude e crime, sentencia a ministra. “Quem cometeu essa conduta fraudulenta e foi eleito vai ter seu mandato cassado, vai ser considerado inelegível e pode também ser condenado por falsidade ideológica.”

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Paraíba

Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Paraíba

Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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Redação do Portal da Capital

A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Paraíba

Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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Redação do Portal da Capital

A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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