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Conheça os novos líderes da Câmara: só quatro são deputados de primeiro mandato

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Apenas quatro dos 22 partidos com direito a liderança na Câmara indicaram novatos para comandar suas bancadas: PTB, Podemos, Patriota e o estreante Novo. Já as quatro maiores bancadas optaram por manter seus antigos líderes. Principais antagonistas na legislatura que começou na última sexta-feira (1º), PT e PSL serão liderados por Paulo Pimenta (RS) e Delegado Waldir (GO), respectivamente. O PP seguirá com Arthur Lira (AL), e o MDB, com Baleia Rossi (SP).

Escolhido por aclamação para liderar o Podemos, José Nelto (GO) é calouro no Congresso, mas acumula seis mandatos de deputado estadual e vereador em Goiânia. Filiado ao partido desde abril de 2018, foi por mais de 30 anos uma das lideranças do MDB em seu estado. Ele acredita que essas credenciais foram determinantes na decisão de seus colegas de alçá-lo ao cargo, informa publicação do Congresso em Foco.

“Liderei a oposição em Goiás por 20 anos. Tenho experiência e recebi a confiança da bancada. Preciso retribuir com total transparência”, disse José Nelto ao Congresso em Foco. Segundo ele, o partido não fará parte da base do governo Bolsonaro, nem oposição. “Não haverá alinhamento automático. Não nos interessa ser base porque, como partido independente, nos fortalecemos mais”, explicou.
Os outros três deputados estreantes que terão a missão de liderar suas bancadas são Marcel Van Hattem (Novo-RS), Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) e Fred Costa (Patriota-MG). Cabe ao líder expressar a posição do partido nas votações, participar das reuniões que definem a pauta do plenário, indicar e até retirar os representantes da legenda nas comissões. A liderança também é cobiçada pelos parlamentares pelo generoso número de cargos de confiança à disposição.

Veja a relação completa dos líderes partidários:

Câmara

Novo
Marcel Van Hattem (RS) – estreante

PT
Paulo Pimenta (RS)

PSL
Delegado Waldir (GO)

PP
Arthur Lira (AL)

PSD
André de Paula (PE)

MDB
Baleia Rossi (SP)

PR
José Rocha (BA)

PSB
Tadeu Alencar (PE)

PRB
Jhonatan de Jesus (RR)

PSDB
Carlos Sampaio (SP)

DEM
Elmar Nascimento (SP)

PDT
André Figueiredo (CE)

Podemos
José Nelto (GO) – estreante

PTB
Pedro Lucas Fernandes (MA) – estreante

Psol
Ivan Valente (SP)

PCdoB
Orlando Silva (SP)

Pros
Toninho Wandscheer (PR)

PSC
Gilberto Nascimento (SP)

PPS
Daniel Coelho (PE)

Avante
Luis Tibé (MG)

Patriota
Fred Costa (MG) – estreante

PV
Leandre (PR)

Blocos

Também definiram seus líderes dois dos três blocos constituídos na semana passada horas antes da disputa pela presidência da Câmara. O blocão que apoiou a reeleição de Rodrigo Maia (PSL, PP, PSD, MDB, PR, PRB, DEM, PSDB, PTB, PSC e PMN), que tem uma bancada de 301 deputados, será liderado por Elmar Nascimento (DEM-BA), também líder do DEM. Com bancada de 94 deputados, o Bloco PDT, Solidariedade, Pode, PCdoB, Pros, PPS, Avante, Patriota, PV e DC, por sua vez, será comandado por André Figueiredo (PDT-CE), líder do PDT. O bloco de oposição, formado por PT, PSB, Psol e Rede, que tem 97 deputados, ainda não indicou líder à Secretaria-Geral da Mesa.

O deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) foi formalizado líder do governo. Deverão ser indicados ainda os líderes da Minoria, da Maioria e da oposição.

Representantes

Pela votação que receberam e pelo número de deputados que elegeram, a Rede, o PMN e o Democracia Cristã (DC) terão apenas representantes: Joênia Wapichana (Rede-RR), Eduardo Braide (PMN-MA) e Luiz Antônio Corrêa (DC-RJ). De acordo com a Resolução da Câmara 30/18, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, para ter direito à indicação de liderança, o partido tem que cumprir a cláusula de barreira fixada pela Emenda Constitucional 97.

Segundo a emenda, terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão os partidos políticos que alternativamente, na legislatura seguinte ao pleito de 2018, obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 dos estados; ou tiverem elegido ao menos nove deputados federais também distribuídos em 1/3 dos estados. No caso de partidos que não cumpram a cláusula, o Regimento permite a indicação de um integrante para expressar a posição do partido nas votações.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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