A produção de café no Brasil deve reduzir este ano, sinalizando ficar entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas beneficiadas, devido a influência da bienalidade negativa nos cafezais, processo natural em que a planta se recupera do maior direcionamento de energia para a frutificação na safra passada, sobretudo na espécie arábica. O volume total que inclui também o conilon, menos atingido pelo fenômeno, perde cerca de nove milhões de sacas para safra 2018 que foi a maior colheita da série histórica do grão.
Os números são do 1º Levantamento da Safra de Café, divulgado nesta quinta-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também a área em produção sofre redução de 1,2% comparado à última safra, podendo atingir 1.842 mil hectares.
A produção do arábica está estimada entre 36,12 e 38,16 milhões de sacas, apresentando uma redução comparativa à colheita passada de 23,9% a 19,6%, respectivamente. Já o conilon tem comportamento inverso e cresce a uma taxa de 1,3% a 15,2%, com possibilidade de atingir entre 14,36 e 16,33 milhões de sacas referentes a cada um dos percentuais, ajudado principalmente por situações climáticas favoráveis e por não sofrer tanto os impactos do ciclo bienal.
O estado mais prejudicado pelo fenômeno é o estado de Minas Gerais, responsável por mais da metade do volume colhido no país, podendo alcançar entre 26,4 e 27,7 milhões de sacas contra a boa marca de 33,36 milhões da safra passada, que foi de bienalidade positiva. O destaque da produção estadual é a região Sul do estado, que tem uma perspectiva de produção entre 14,49 e 15,18 milhões de sacas.
O Espírito Santo, que responde pela maior produção do café conilon com cerca de 65% do total do país, deve registrar as marcas entre 12,48 e 14,73 milhões de sacas, semelhante às da safra anterior, com seus 13,74 milhões de sacas.
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