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Paraíba

Número de assassinatos deve cair 33% em 7 anos e Paraíba será único estado com redução consecutiva

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Números do Anuário de Segurança Pública 2018 apontam que a Paraíba será o único estado do Brasil a alcançar sete anos de redução consecutiva na ocorrência de crimes contra a vida nos últimos dez anos, cuja taxa pode registrar queda de 33% no mesmo período. O documento foi apresentado preliminarmente no último dia 21 pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social ao governador Ricardo Coutinho. Estiveram presentes na reunião, que aconteceu no Palácio da Redenção, em João Pessoa, o secretário Cláudio Lima, e representantes das Polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros.

“O que tem sido alcançado – que ninguém se iluda – foi em função do caminho que foi traçado. Esse caminho nunca foi eventual, nunca foi circunstancial. Esse caminho traçado é a política de segurança que adotamos”, afirmou o governador Ricardo Coutinho. Ele ressaltou, no entanto, que não se deve ficar numa situação confortável com os números apresentados: “Os números que aqui estão são muito importantes em relação a 2011, quando assumimos o Governo. Eles representam um avanço que, provavelmente, não se encontre enquanto sustentabilidade em nenhum estado brasileiro. Se encontram aqui na Paraíba, porém são números que ainda nos incomodam profundamente. Você não pode ter 30 pessoas assassinadas a cada 100 mil habitantes. É muito!”.

Ricardo observou que a continuidade do programa Paraíba Unida Pela Paz é fundamental e adiantou que o governador eleito João Azevêdo terá o mesmo olhar diligente e preocupado.

De acordo com o Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Secretaria da Segurança e da Defesa Social, em 2011 a Paraíba contabilizou 1.680 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – homicídios dolosos ou qualquer crime doloso que resulte em morte – e a previsão é que esse número chegue a 1.190 em 2018. Em relação à taxa de assassinatos por 100 mil habitantes, contabilizou-se 44,3 no início desta gestão, podendo chegar 29,8 até o fim deste ano.

Outra redução foi a de CVLI com vítimas do sexo feminino. Em 2011, 146 mulheres foram assassinadas no Estado e este ano o número pode ser de 81, o que denota uma queda de 36% em relação a 2010 (taxa de 6,13). Dos crimes ocorridos de janeiro a setembro deste ano, 61% já foram elucidados, com indicação de autoria. Do número total em nove meses, 24 foram feminicídios.

“Temos hoje o processo mais duradouro do país nesta década, no que se refere aos crimes contra a vida, com uma situação que se iguala às reduções mais prolongadas já registradas no Brasil, como a do Rio de Janeiro, de 2003 a 2009 e de São Paulo de 2002 a 2008. Também temos a maior redução percentual acumulada no Norte e no Nordeste e estamos entre as três maiores do país”, frisou o secretário Cláudio Lima.

Redução de assassinatos em João Pessoa e Campina Grande – O Anuário de Segurança 2018 também projeta uma redução acumulada de 62% no que se refere ao registro de crimes contra a vida na capital paraibana. O número saiu de 594 mortos por assassinato em 2011 para a projeção de 245 em 2018. Além disso, João Pessoa, em 2017, teve a menor taxa de CVLI entre as capitais do Nordeste, podendo se repetir em 2018 (30,6 por 100 mil habitantes).

Assim, a cidade também tem redução de assassinatos durante sete anos consecutivos e na década atual é a cidade com maior redução acumulada entre as capitais do país, com menos 55% de ocorrências. Em Campina Grande, a redução acumulada na taxa de CVLI é de 56% desde 2010 e a cidade já é a metrópole do interior do Nordeste com menor taxa de homicídios em 2018. Campina Grande saiu de 199 casos de assassinatos em 2010 e pode chegar a 92 este ano (-52% em números absolutos).

Convênio com a PRF – Durante a reunião, ainda foi assinado um convênio da Secretaria da Segurança e da Defesa Social com a Polícia Rodoviária Federal, para operacionalização de sistemas de monitoramento e compartilhamento de tecnologia em Inteligência, com acesso mútuo a bancos de dados, e análise em tempo real de conteúdo captado por esses equipamentos.

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Paraíba

Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) na manhã desta terça-feira (26/11) e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição para Mesa Diretora da ALPB ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida aconteceu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outro 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Paraíba

Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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Redação do Portal da Capital

O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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Paraíba

MP pede arquivamento de investigação contra Gusttavo Lima e casal de paraibanos no caso das Bets

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O Ministério Público de Pernambuco solicitou, nesta segunda-feira (25), o arquivamento da investigação contra o cantor Gusttavo Lima no âmbito da Operação Integration, que apura suposta lavagem de dinheiro por meio de jogos ilegais. A manifestação acontece em meio a atritos dos promotores com a juíza responsável pelo caso.

Os cinco promotores responsáveis pelo caso afirmam, em parecer, que não há provas de práticas de crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa pelo cantor e pelo casal José André da Rocha Neto —dono da empresa VaideBet— e Aislla Rocha.

A Promotoria aponta “a inexistência de elementos que demonstrem que os valores das operações suspeitas indicadas são provenientes de infração penal”. A manifestação acontece após o término do prazo determinado pela juíza Andréa Calado da Cruz, da primeira instância do Tribunal de Justiça de Pernambuco, para o Ministério Público decidir se denunciaria ou não parte dos investigados.

Gusttavo Lima foi indiciado por supostas lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Civil. A polícia diz que o cantor comercializou, por meio de uma empresa sua, um avião para a Esportes da Sorte, que posteriormente foi devolvido sob a justificativa de um defeito na turbina. A mesma aeronave foi vendida depois aos proprietários da VaideBet.

“A realização desses negócios, todos documentados e com as respectivas movimentações bancárias registradas, a toda evidência, não demonstram a prática de crimes de lavagem de dinheiro pelo investigado Nivaldo Batista Lima [nome do cantor]”, diz o parecer.

Ainda sobre o cantor, os promotores dizem que o pedido de arquivamento acontece “ante a ausência de elementos que demonstrem: ocultação ou dissimulação de valores e/ou bens; o dolo, consistente no prévio conhecimento de que os valores pagos pelo investigado Darwin Henrique da Silva Filho [CEO da Esportes da Sorte] para aquisição da aeronave eram provenientes da infração penal; e o especial fim de agir, qual seja, o propósito de ocultar ou dissimular a utilização dos ativos”.

O Ministério Público diz que o pedido de arquivamento também acontece “em razão da absoluta inexistência de correlação dessas movimentações com o investigado Darwin Henrique da Silva Filho , possível contraventor do jogo do bicho, e suas empresas”. O parecer também cita a legalização de apostas esportivas online e diz que os supostos crimes que têm os jogos promovidos pela Esportes da Sorte como antecedentes devem ser arquivados “por falta de justa causa”.

Os promotores também reafirmaram a posição de envio da parte da investigação sobre o casal Rocha e Gusttavo Lima para o Ministério Público da Paraíba, conforme a Promotoria já tinha sugerido em duas ocasiões anteriores. O pleito não foi acatado pela juíza Andréa Calado da Cruz.

Clique aqui e confira a íntegra da matéria com fotos na Folha.

 

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