Com um modelo de gestão referência na Paraíba, o prefeito Luciano Cartaxo apresentou o case de sucesso da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) no evento ‘Focco e municípios: construção de pactos pelo controle interno’, promovido pelo Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco), na manhã desta quarta-feira (21), no auditório do Sebrae. Enquanto 64% dos municípios paraibanos ainda não contam com órgãos de controle interno, a Capital do Estado avança na modernização e fortalecimento da Controladoria Geral do Município (CGM) e dos mecanismos que garantem a eficiência e controle total dos gastos públicos, visando a legalidade, prevenção à corrupção e transparência pública.
“Fazemos uma gestão por resultados onde nosso principal objetivo é fazer os investimentos chegarem no dia a dia das pessoas e para isso, o Controle Interno é fundamental para garantir esta eficiência. O controle interno tem que partir do prefeito fazendo a articulação e gerando a dinâmica que coloque esta cultura dentro da administração pública. Aprendemos desde os primeiros sinais de crise, em 2014, a importância de ter um olhar mais atento aos recursos próprios da Prefeitura, otimizando os gastos e buscando boas alternativas para que a população sentisse o mínimo possível dos impactos da crise, então um trabalho sintonizado com a necessidade da prestação de bons serviços, com uma gestão planejada, moderna, ética, foi possível a partir dos mecanismos que nós criamos ou fortalecemos na nossa gestão”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.
Exemplo disso é que João Pessoa foi a segunda Capital do Nordeste e primeira cidade paraibana a regulamentar uma Lei de Acesso à Informação, em 2013, com o objetivo de assegurar a divulgação de dados da gestão. Nesse mesmo ano, a Capital obteve o primeiro lugar no ranking de transparência pública, através de uma avaliação do Tribunal de Contas do Estado. O portal manteve-se em destaque ao longo destes anos e foi modernizado no início de 2018, quando foi lançado o seu novo layout e novas ferramentas que facilitam ainda mais o acesso da população às informações referentes à administração da Capital.
Em relação ao controle interno, a atual gestão também implementou ações para o seu fortalecimento, como a Lei nº 12.960/2015, que conferiu à Controladoria-Geral do Município o status de secretaria. No mesmo ano, um decreto estabeleceu o pregão eletrônico como modalidade obrigatória na realização das licitações para aquisição de bens e serviços, como forma de reforçar o controle e garantir mais eficiência nos processos licitatórios e reduzir gastos. Além de criar a carreira de Auditor Municipal de Controle Interno e de Técnico Municipal de Controle Interno, em 2017, a gestão também realizou um concurso para o preenchimento das 20 primeiras vagas criadas.
“Temos uma gestão que dá resultados e onde gente percebe avanços, mas que requer cada vez mais dedicação e compromisso, porque a sociedade vai cobrar de nós gestores públicos cada vez mais. Por isso nós buscamos este tipo de diálogo com os poderes públicos, temos a humildade de aprender, de conversar de procurar os órgãos externos para podermos avançar mais nesta linha, entendendo que a população merece uma gestão que dê resultados e que saiba aplicar da melhor maneira os recursos públicos e fazer isso de forma transparente”, disse o prefeito.
O promotor Leonardo Quintans destacou que o Focco existe desde 2005 promovendo a integração dos órgãos de controle e fortalecendo o controle social. Ele explicou que o órgão instalou um grupo de trabalho formado por representantes da Controladoria Geral da União (CGU), Controladoria Geral do Estado (CGE), Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (CGE), além da Controladoria Geral do Município de João Pessoa em busca de “criar um ambiente colaborativo para que os municípios paraibanos instalem estruturas de controle interno com o objetivo de evitar desvios de recursos, corrupção e também aprimorar a gestão pública, dando mais eficiência à gestão para que o prefeito possa fazer mais com os poucos recursos disponíveis”, disse.
A primeira etapa da discussão foi centrada na situação das cidades de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Cabedelo, Cajazeiras, Guarabira e Sapé. Paulatinamente, os demais municípios paraibanos serão alvos de ações semelhantes. Em um diagnóstico realizado pelo Focco nas 81 cidades que já dispõem de órgãos de controle interno, foram identificadas fragilidades e a necessidade de aprimoramento em alguns municípios.