Retornando de Brasília nesta quinta-feira 8, o prefeito Romero Rodrigues lamentou o fechamento da Escola Técnica Redentorista (ETER), de Campina Grande, anunciado oficialmente ontem. De acordo com Romero, trata-se de uma notícia muito triste, em relação a uma instituição com mais de 40 anos de atuação na cidade, tendo contribuído para a realização profissional de milhares de jovens durante gerações.
De acordo com o prefeito, diante da perplexidade da notícia, é natural que já surjam manifestações e mobilizações em meio à classe política, no sentido de propor que a Prefeitura de Campina Grande municipalize a tradicional escola técnica, como forma de resolver a situação. Mas Romero Rodrigues observa que, fosse apenas por vontade política, esse problema estaria resolvido, já que ele pessoalmente sempre foi, há bastante tempo, um entusiasta e apoiador da ETER.
Apoio histórico
O prefeito lembra que, na condição de deputado federal (2010-2012), ele apresentou um requerimento, acatado pelo Ministério da Educação, que incluía a Redentorista de Campina Grande como instituição credenciada junto ao Pronatec (Prograna Nacional de Ensino Técnico). Dentro das limitações da Prefeitura, também apoiou a Escola, em sua gestão.
Lamentando que essa disposição de apoio nunca tenha sido interesse do atual Governo do Estado, Romero Rodrigues considera que o desprezo da administração de Ricardo Coutinho em relação a Campina Grande também atingiu a ETER, pelos sistemáticos cortes nas bolsas de estudos.
Limitações
No tocante a uma possível municipalização da instituição, o prefeito campinense observa que não se constitui em um processo muito simples, principalmente por depender, mais do que vontade política, de recursos financeiros consideráveis e permanentes para a manutenção da escola. Romero Rodrigues lembra que, no limite do caixa municipal, sua gestão já viabilizou as municipalizações do Hospital Pedro I e da AACD, além dos serviços do Hospital Dr, Edgley. Mantém ainda um arrojado programa de bolsas de estudos municipal com foco no ensino superior, o Probem.
No total, são compromissos que passam a impor um peso muito grande na gestão financeira do Município e, por uma questão de responsabilidade, compromisso com o equilíbrio financeiro da Prefeitura e bom senso, não pode por impulso assumir esse desafio. Isso não significa, porém, que ele não esteja à disposição de ajudar, de todas as outras formas possíveis – inclusive em termos de pressão política – para que se encontre uma solução para o fechamento da tradicional escola técnica, inclusive com uma saída via federalização da unidade.