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Paraíba

Prefeitos paraibanos querem liberdade de ações no governo Bolsonaro

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A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) junto a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prefeitos paraibanos estão prontos para a briga contra parlamentares que tentarem barrar a possibilidade da transferência direta da União para os municípios como propôs o presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante discurso da vitória. Segundo Bolsonaro, “as pessoas vivem nos municípios; portanto, os recursos federais irão diretamente do governo central para os estados e municípios. Colocaremos de pé a federação brasileira. Nesse sentido é que repetimos que precisamos de mais Brasil e menos Brasília”.

Mais à frente o presidente eleito disse que muito do que ele pretende plantar no presente trará conquistas no futuro. “As sementes serão lançadas e regadas para que a prosperidade seja o desígnio dos brasileiros do presente e do futuro. Esse não será um governo de resposta apenas às necessidades imediatas. As reformas a que nos propomos serão para criar um novo futuro para os brasileiros”, destacou.

Segundo o presidente da Famup, Tota Guedes, existe muita resistência para a proposta de Jair Bolsonaro por parte dos parlamentares do Norte e do Nordeste. Ele explica que, caso venha a se confirmar a destinação direta dos recursos para estados e municípios, o ‘poder’ dos parlamentares sobre prefeitos e vereadores se encerra, informa reportagem do Correio da Paraíba.

“Hoje os prefeitos têm que ficar com o pires na mão em busca de recursos para obras em seus municípios. Para isso, dependem da boa vontade dos deputados e senadores. Então a proposta do novo presidente pode não ser bem vista pelos parlamentares”, disse o presidente da Famup, afirmando ainda que “estamos dispostos a lutar pela ideia do presidente da República. Estamos felizes por ele entender que os municípios devem ser fortalecidos”, afirmou.

Disposição para lutar

O prefeito de Cajazeiras (localizado no Sertão paraibano), José Aldemir (Progressista), disse que aposta no que disse o presidente eleito Jair Bolsonaro sobre a destinação de recursos direto aos municípios e que está disposto a lutar para que se torne uma realidade.

“Vamos lutar para que ele possa colocar em prática esse raciocínio que é o correto para dividir o bolo tributário com os municípios. Nós precisamos fortalecer os municípios porque lá é onde está a base. O Governo Federal tem se readequar a realidade de cada cidade e também as peculiaridades de cada região. Então, quero apostar e alimentar minha fé que ele vá defender essa tese da divisão mais justa para os municípios brasileiros dentro do pacto federativo”, disse.

Outro prefeito que também defendeu a luta foi Jefferson Morais (Democratas), prefeito do município de São Mamede. Para ele, essa é uma luta que deve ser de todos os municípios e de todos os estados para que se faça justiça com uma nova partilha junto a um novo Pacto Federativo, de forma descentralizada.

“Dessa forma, de maneira mais justa conseguiremos avançar em todas as áreas da saúde, educação, da infraestrutura. Estamos na ponta de todo esse processo e nada mais natural de termos um melhor apoio financeiro por parte do Governo Federal para que a gente resolva de uma forma efetiva os problemas do nosso município. Então defendo menos Brasília e mais Brasil. Assim evitaremos estar em Brasília de pires na mão pedindo migalhas para o desenvolvimento dos nossos municípios”, disse.

O prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha, tem o mesmo pensamento do colega José Aldemir. Ele entende que o pensamento do novo presidente é positivo. “Eu sou municipalista desde pequeno. Então de que formado os Estados? Dos municípios. De que formado o Brasil? Dos municípios. Dessa forma o sistema tributário do País é todo em função de arrecadar recursos para Brasília para depois repassar a seu bel prazer. Então esses recursos sendo destinados para os municípios, que é quem produz, eu acho uma medida inteligente. Torcemos para que isso aconteça”, disse.

João Pessoa e Campina torcem

Os prefeitos de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), e de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), defenderam a idéia apresentada por Jair Bolsonaro que fortalece os municípios. Luciano Cartaxo acredita que a proposta é totalmente praticável.

“Tenho dito sempre que as pessoas não moram no Governo Federal, nem nos governos estaduais e sim nos municípios. A vida real acontece nas cidades. O Brasil hoje tem mais de cinco mil municípios que precisam de investimentos para melhorar a vida do povo. Então acredito que se ficar estabelecido um novo pacto federativo com mais investimentos para os municípios ou pelo menos novos convênios desburocratizados, facilita a execução dos investimentos melhorando a qualidade de vida da população”, disse Cartaxo.

Para o prefeito, a proposta apresentada por Bolsonaro tem importância porque os municípios, a cada dia que passa, recebem novas demandas por parte da população e têm a cada dia menos investimentos para executar as necessidades do povo. “Então se o presidente tem essa visão de fazer parcerias diretas com os municípios, sem dúvida alguma vai garantir a qualidade de vida das pessoas que moram nas cidades”, disse.

O prefeito Romero Rodrigues vibrou com o anúncio do presidente eleito Jair Bolsonaro. “Eu como ele e milhões de brasileiros entende e compreende que as pessoas vivem nas cidades. São nos municípios onde as coisas acontecem. Portanto se você libera, destrava e retira um pouco dessa burocracia ajuda muito para que com a mesma velocidade das demandas dos problemas que acontecem a gente poder da resolutividade”, destacou.

Romero disse ainda que está ansioso, esperando na verdade que presidente eleito de fato explique melhor e com detalhes como será a metodologia para o repasse diretamente da União para os municípios. “É bom saber para que a gente possa se preparar para os orçamentos de 2019 e 2020 quando encerraremos o nosso mandato. Entendo que a ideia de Bolsonaro é extremamente pertinente e vai ajudar muito a vida nos municípios”, afirmou o prefeito.

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R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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