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Autoridades destacam clima de tranquilidade das eleições

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Agência Brasil

Próximo ao encerramento da votação que definirá o futuro presidente da República, além dos governadores de 13 estados e do Distrito Federal, autoridades dos poderes Executivo e Legislativo destacaram o clima de tranquilidade em que o pleito ocorreu, apontando um baixo número de ocorrências irregulares em todo o país.

“As eleições neste segundo turno ocorreram de um modo muito mais tranquilo que no primeiro turno”, declarou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao visitar o Centro Nacional de Segurança Pública, em Brasília.

Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, com dados parciais repassados pelos estados, até as 17 horas, foram registradas 1.002 ocorrências, contra 3.251 do primeiro turno, o que equivale a uma redução de 69%. Foram executadas 126 prisões – contra 929 no primeiro turno. As ocorrências mais comuns registradas hoje foram boca de urna (107), propaganda irregular (43) e impedimento ou embaraço ao voto (41).

Fake news

Ao comentar o transcurso da votação, o ministro da Segurança, Raul Jungmann, afirmou que o impacto das chamadas noticias falsas (fake news) foi minimizado pela atuação rápida das autoridades policiais. “Aquele grande movimento fraudulento praticamente deixou de existir. Nossa mensagem de que não há nem impunidade, nem anonimato nas redes sociais chegou àqueles que, de má-fé, estavam procurando criar embaraços e desfazer a credibilidade do sistema e das urnas eleitorais.”

Jungmann lembrou que, quando acionada pela Justiça Eleitoral, a Polícia Federal (PF) foi capaz de investigar, identificar e alcançar todos os suspeitos de disseminar notícias falsas. Aspecto também enfatizado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. “As fake news, especialmente as divulgadas no dia do primeiro turno, foram investigadas. E os que tentaram atentar contra a democracia estão sendo responsabilizados. Hoje, isso já não surgiu mais”, disse Toffoli.

“[Entre as grandes democracias] Só a Índia, os Estados Unidos e a Indonésia têm maior numero de eleitores que o Brasil, com 148 milhões de eleitores. Não há eleições mais seguras, mais tranquilas, que as brasileiras. Somos nós quem fazemos as eleições mais transparentes. São mínimas as ocorrências registradas. Nenhuma de grande monta”, disse Toffoli.

A Advocacia-Geral da União (AGU) deixou 300 defensores públicos em regime de plantão, mas, segundo a advogada-geral, Grace Mendonça, a demanda foi “extremamente singela”.

“Atuamos apenas em quatro ações judiciais que questionaram o processo eleitoral, mas nenhuma delas capaz de criar qualquer embaraço ao processo eleitoral. Portanto, os números já apresentados revelam o resultado positivo desse esforço conjunto das instituições“, afastando os questionamentos do primeiro turno em relação à lisura do processo.

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CCJ do Senado irá debater projeto que permite mais controle em licitações

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A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou na última semana projeto de lei que dá a estados, municípios e Distrito Federal mais abertura para exigirem das empresas vencedoras de licitações a adoção de regras para coibir irregularidades (PL 4687/2023).

O texto tem parecer favorável do relator, senador Efraim Filho (União Brasil), e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Atualmente, a Nova Lei de Licitações (Lei 14.133, de 2021) determina que os editais públicos prevejam a adoção de programas de integridade pelas empresas vencedoras nos casos de contratos de grande vulto — aqueles cujo valor é estimado em mais de R$ 239 milhões. O que o projeto aprovado pela CTFC faz é permitir que os estados, os municípios e o Distrito Federal exijam a adoção de programas de integridade em licitações de valor inferior ao previsto na lei federal.

Um programa de integridade é o conjunto de mecanismos e procedimentos internos que uma empresa deve adotar para coibir irregularidades na execução de contratos, incluindo códigos de conduta, auditorias e incentivo a denúncias.

Efraim Filho incluiu no projeto a previsão de vigência imediata da lei. O relator afirmou concordar que cabe a cada ente federado, considerando sua própria realidade, estabelecer o valor mínimo adequado dos contratos a partir do qual o programa de integridade deve ser exigido.

Fonte: Agência Senado

 

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“Desperdício de dinheiro público”, diz Cabo Gilberto sobre festival de música do G20

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Cabo Gilberto (PL), apresentou requerimento ao Ministério da Cultura para obter mais informações o critério de escolha dos artistas que participaram do festival de música organizado pelo Ministério com a ajuda da primeira-dama Janja.

Apelidado de “Janjapalooza”, o festival Aliança Global Festival Contra Fome e a Pobreza foi promovido no Rio de Janeiro durante encontro do G20 e contou com 29 artistas. Para bancar o evento, o Ministério da Cultura recebeu o apoio das estatais Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaipu e Petrobras.

“O desperdício de dinheiro público realizado pelo Ministério da cultura, em um momento de grave crise econômica, é um verdadeiro desrespeito aos cidadãos que arcam com a alta carga tributária do país”, disparou Cabo Gilberto.

 

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Escala 6×1: especialista aponta setores que poderão ser mais afetados pelas mudanças propostas

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Redação do Portal da Capital

Os debates sobre a Proposta de Emenda à Constituição que pretende reduzir a carga horária de trabalho de 44 para 36 horas semanais seguem em evidência no Congresso Nacional. Após o número mínimo de assinaturas de parlamentares ser atingido, o texto já pode tramitar. As discussões sobre os formatos de escala já tiveram início, mas é importante questionar um ponto: afinal, que setores serão mais afetados por essa medida?

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Oliveira Jr., a mudança afeta, sobretudo, os segmentos que funcionam de forma contínua, como áreas do setor de Comércio, por exemplo. Além desses, o especialista destaca áreas do setor de Serviços que também utilizam a escala 6×1 para manter as operações todos os dias da semana, como hotéis, restaurantes, padarias, transporte e logística.

Ele também considera algumas profissões específicas. “Operadores de caixa, repositores de supermercado, balconistas, trabalhadores de limpeza, segurança, profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos de enfermagem, funcionários de transporte, pessoal que dá suporte em nível de tecnologia, em banco e atendimento também”, pontua.

Empregos nos setores mais afetados

De acordo com o Brasil61, dados da Pesquisa Anual do Comércio de 2022 do IBGE – divulgada neste ano, revelam que 10,3 milhões de pessoas estavam empregadas em empresas do setor de Comércio em 2022. Desse total, 7,6 milhões atuavam no varejo e 1,9 milhão no atacado. Quanto ao setor hoteleiro, de eventos e turismo a soma é de 3,7 milhões de profissionais, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

Escala 6×1: uma nova era ou risco para as relações trabalhistas?

Oliveira Jr. afirma que a proposta apresenta alguns pontos positivos para o empregado, como mais horas de descanso, por exemplo, mas ele também enxerga desafios para empresas que vão precisar elevar despesas, o que pode ser repassado ao consumidor final.

“Ela [empresa] tem que contratar mais pessoas para ocupar esse período. E aí vai elevar os custos. Pode impactar com relação a preço, como varejo, hospitalidade, onde a contratação de novos trabalhadores ou pagamento de horas extra pode ser um desafio financeiro. Para empresa de menor porte, a mudança pode ser inviável, pois, além do custo adicional, há o desafio de adaptar escalas e gerir equipe maior”, explica.

Salário dos setores mais afetados

Ainda de acordo com o IBGE, a média salarial do setor de Serviços foi de 2,3 salários mínimos mensais, em 2022. Ao se considerar o salário mínimo daquele ano, o valor total equivale a R$ 2.787,60. Em relação ao Comércio, a remuneração chegou a uma média de 2,4 salários mínimos.

A proposta conta com, pelo menos, 171 assinaturas de deputados para começar a tramitar. A mudança pode ter forte impacto sobre os direitos trabalhistas no Brasil, que são historicamente protegidos por uma legislação robusta.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) já estabelece um limite para a jornada semanal de trabalho de 44 horas, com um descanso mínimo de 24 horas consecutivas. Embora a CLT permita certas flexibilizações — como escalas alternativas de trabalho e pagamento por hora. Mas para Barbosa, o cenário mais drástico da mudança, caso a PEC venha a ser aprovada, seria o aumento da informalidade e do desemprego.

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