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Cerca de 65% dos candidatos a deputado federal concorrem em coligações

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Essas uniões influenciam no cálculo do quociente eleitoral, que determina quantas vagas cada partido ou, no caso, coligação, terá direito na Câmara. O quociente é o responsável pelo chamado “efeito Tiririca”, em que um candidato campeão de votos acaba elegendo outros que não tiveram votação expressiva, mas fazem parte da mesma aliança eleitoral.

Neste ano, segundo levantamento feito pela Rádio Câmara com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 65% dos mais de 8.300 candidatos a deputado federal concorrem em coligações. O número é menor do que o das eleições de 2014, quando 75% dos candidatos estavam coligados, informa publicação da agência Câmara.

Para a professora de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Andréa Freitas, a redução nas coligações para deputado federal não tem a ver com a proibição a partir das próximas eleições. Segundo a especialista, o mais provável é que seja um reflexo da disputa à presidência da República.

“Eu acho que a grande questão aí é o número de candidatos à presidência e a forma como as coligações contribuíram nesse nível, que foram menos concentrados do que em anos anteriores. Enquanto era normal que os principais candidatos, em geral do PT e do PSDB, tivessem coligações amplas, neste ano as coligações desses partidos são um pouco menores e você tem um número maior de candidatos sem coligação”, disse a cientista política.

Eleições proporcionais

Na disputa presidencial deste ano, o PSDB de Geraldo Alckmin se coligou com PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS, PR, e o PT de Lula se uniu a PCdoB e Pros. Mas a aliança em nível nacional não precisa, necessariamente, ser seguida em nível estadual ou distrital, na composição das chapas para governador, deputado e senador.

No caso das eleições para a Câmara, o PT é o partido, entre as maiores bancadas, com mais candidatos isolados. A legenda está sozinha na disputa por vagas de deputado federal em oito estados, enquanto em 2014 eram apenas em quatro unidades da federação. Em comparação, neste ano, o MDB e o PSDB estão sozinhos em apenas dois estados.

Para a cientista política Andréa Freitas, o fim das coligações nas eleições proporcionais a partir de 2020 será positivo.

“Foi o melhor resultado que saiu da chamada minirreforma. Acho que era muito importante que se proibissem as coligações nas eleições para o Legislativo porque elas têm o efeito muito ruim do ponto de vista da compreensão do sistema eleitoral”, apontou Andréa Freitas. Segundo ela, as coligações “tornam muito difícil pro eleitor entender em quem ele está votando, porque você pode votar num partido que está coligado com outro e eventualmente estar contribuindo pra eleição de um partido completamente diferente da sua pretensão inicial.”

Apenas dois dos 35 partidos não formaram coligações: Novo e PCO. E cinco partidos fizeram o contrário, ou seja, não lançaram candidatos isolados e fizeram coligações nas candidaturas a deputado federal em todos os estados onde concorrem a vagas para Câmara: DEM, PP, PPS, PSB e PTC.

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“Se tentou ajudar atrapalhou”, diz bolsonarista sobre possível ‘enterro da anistia’ após ataques

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Redação do Portal da Capital

Deputados bolsonaristas afirmaram em grupos de WhatsApp que as explosões na praça dos Três Poderes, na noite desta quarta-feira (13/11), devem prejudicar a tramitação do Projeto de Lei que dá anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro na Câmara dos Deputados.

A Folha teve acesso a mensagens que foram enviadas em dois grupos com deputados da oposição.

Em um deles, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) enviou imagem do suspeito da explosão, que seria um ex-candidato a vereador pelo PL. “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp”, escreveu.

O deputado Capitão Alden (PL-BA) respondeu dizendo que “lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia”. “Adeus redes sociais e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”, disse.

Em outro, o deputado Eli Borges (PL-TO) escreveu “se tentou ajudar atrapalhou”. “Agora o Xandão [apelido para Alexandre de Moraes] vai dizer: ‘é a prova que o 8 de janeiro era necessário’”.

O projeto de lei da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro é considerado uma pauta cara aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao portal Metrópoles, Bolsonaro se referiu ao homem responsável pelas explosões em Brasília como “maluco” e disse que não tinha “a menor ideia” de quem era ele. “Talvez tenha deixado algo escrito ou gravado”, afirmou.

O homem foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e foi candidato a vereador pelo PL em 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.

No fim de outubro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirou a proposta sobre a anistia pelo 8/1 da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa e anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o texto –ela ainda não foi oficializada.

O próprio ex-presidente, em entrevista à Folha, citou a anistia para o 8 de janeiro.

“Anistia para o 8 de janeiro. A minha [anistia] tem um prazo certo para tomar certas decisões. Acredito que o Trump gostaria que eu fosse elegível. Ele que vai ter que dizer isso aí, mesmo que tivesse conversado com ele, não falaria. [Mas] tenho certeza de que ele gostaria que eu viesse [a ser] candidato”, disse.

Clique aqui e veja matéria completa na Folha com fotos e links.

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“Sou a favor da escala de trabalho 5×2”, afirma Ruy ao assinar PEC contra fim da escala 6×1

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Ruy Carneiro (PSC/Podemos), utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (13/11) para defender a redução da escala de trabalho dos brasileiros. Ao justificar a assinatura a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra a escala 6×1, o parlamentar defendeu que seja adotado um regime de 5×2.

“Sou a favor da escala de trabalho 5×2. O debate sobre o atual formato da jornada de trabalho no Brasil precisa acontecer com serenidade no Congresso. A modernização da jornada precisa garantir benefícios aos trabalhadores e promover o crescimento econômico do país. O tema não pode ser reduzido apenas à questão da carga horária. É preciso falar sobre saúde física, mental, produtividade, entre outros aspectos”, destacou.

A PEC que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais recebeu nesta quarta-feira (13/11) o número necessário de assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados.

Para se tornar uma matéria em tramitação na Câmara, a proposta precisava de, no mínimo, 171 assinaturas de apoio, parcela do total de 513 deputados.

O protocolo da proposta é apenas o início da discussão, que precisará passar por comissões especiais na Câmara e no Senado até a aprovação.

Confira:

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Ao tornar-se candidato único, Motta terá o “tempo” como principal adversário, dizem aliados

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Redação do Portal da Capital

Os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) desistiram de concorrer à Presidência da Câmara dos Deputados na quarta-feira (13/11) para apoiar a candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar já conta com apoio de partidos que representam 96% dos votos da Casa.

O único problema para Motta, segundo aliados, é o tempo até a eleição, que ocorrerá apenas em 3 de fevereiro e ele figurará sob os holofotes por todo esse período. Não há, hoje, outros adversários na disputa e apenas o partido Novo e o Psol pretendem lançar candidatos próprios para marcar posição política.

Brito fez um curto ato, ao lado do presidente do partido, Gilberto Kassab, e da bancada do PSD, para anunciar que desistia da disputa. “Proporcionalidade dos cargos será mantida. Não pedimos nada a mais do que a bancada teria na Casa pela proporcionalidade. E a gente avançará agora pelo bem da Câmara e do bem do país”, disse o baiano.

O anúncio, antecipado pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor ocorreu após ele e Kassab se encontrarem com Motta e Lira fora da Câmara. Em troca do apoio, o PSD terá a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) de 2026 e uma vaga na Mesa Diretora. Já a relatoria do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 está reservada para o MDB da Câmara. (Clique aqui e confira a íntegra da matéria no Valor Econômico)

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