Nas eleições deste ano, 4,3% dos 601 candidatos que pediram registro à Justiça Eleitoral têm experiência em gestões municipais. Pelo menos 18 ex-prefeitos estão na disputa por vagas na Assembleia Legislativa da Paraíba.
Outros cinco pleiteiam cadeiras na Câmara Federal: A ex-prefeita de Mataraca, Cláudia Alencar (MDB), o ex-prefeito de Araruna, Benjamin Maranhão (MDB), o ex-prefeito de Pedras de Fogo e hoje vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior (PSC), a ex-prefeita de Monteiro, Edna Henrique (PSDB), esposa do deputado estadual João Henrique, candidato à reeleição pelo PSDB, e o ex-prefeito de Santa Rita, Severino Alves Barbosa, conhecido como Netinho (PR), informa reportagem do Correio da Paraíba.
Mais três ex-gestores estão em campanha para senador: o ex-prefeito de Guarabira, Roberto Paulino (MDB), o senador e ex-prefeito de Campina Grande por duas vezes, Cássio Cunha Lima (PSDB), e o ex-prefeito de Campina Grande, também por duas vezes, Veneziano Vital (PSB).
Ao todo, são 26 candidatos com experiência no Poder Executivo Municipal.
Dos 26, sete já são deputados e um é senador. O deputado Arnaldo Monteiro (PSC), ex-prefeito de Esperança, não está na campanha pela reeleição.
Arnaldo indicou o filho, Anderson Monteiro (PSC), que também foi prefeito do município, onde a mãe dele, Lucinha Monteiro, já foi prefeita e também representou a região na Assembleia Legislativa da Paraíba.
Remígio
Melchior Batista da Silva, conhecido como Chió, (Rede) foi o único que estava no mandato de prefeito (eleito de 2016) e renunciou para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa da Paraíba.
Ele foi prefeito de Remígio, na região do Brejo, perto de Areia. Resolveu se candidatar a deputado porque considerar que a região onde fica seu município não é bem representada no Parlamento Estadual.
Hoje, a representação da região na Assembleia está a cargo do deputado Tião Gomes (que foi prefeito de Areia) e pré-candidato à reeleição pelo Avante.
Ministras conclamam mulheres
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e a ministra Rosa Weber, também do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fizeram apelo nessa segunda-feira (20) para que as mulheres exerçam seu direito a voto com consciência, de modo a aumentar a participação feminina na política.
Ambas pariciparam do seminário Elas por Elas, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a temática da mulher no poder estatal e na sociedade.
Durante o evento foi comemorado o fato inédito de mulheres ocuparem nesta semana, simultaneamente, os cargos máximos de cinco órgãos de Justiça brasileiros. Também participou do evento a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça.
Em seu discurso, Rosa Weber destacou que as mulheres constituem 52,5% do eleitorado (73.337.919 eleitoras) nas próximas eleições, mas constam como candidatas em apenas 30,7% (8.353) dos pedidos de registro para os 1.654 cargos eletivos em disputa neste ano.
A ministra ressaltou que, mesmo entre esses registros, há provavelmente muitos casos de candidaturas “fantasma”, feitas por partidos cujas candidatas não entram de fato na disputa. Destacou ainda o fato de que menos de 10% dos cargos para deputado federal serem ocupados por mulheres e apenas 18% para senadoras. Rosa Weber conclamou as brasileiras a reverterem “o paradoxo desse quadro, quando a maioria do eleitorado é feminino”.
“Façamos, mulheres, ao exercer todas nós esse direito essencial da cidadania que é o voto, a diferença para um fortalecimento do estado democrático de direito, conquista diária e permanente de todas nós, com a consciência de que em nossas mãos, mulheres, está o destino do país, com a construção de sociedade que todas queremos igualitária, justa e inclusiva”, disse.
Consciência. Em seguida, Cármen Lúcia afirmou ser excepcional o fato de tantas mulheres ocuparem posições de poder no campo da Justiça, e que isso somente intensifica os preconceitos, não os diminui. Ela defendeu que as mulheres tomem consciência de sua condição feminina para avançar na libertação de outras que ainda não têm a liberdade de falar, pensar e se posicionar no mundo.
“Para não termos mais o quadro que a ministra Rosa Weber acaba de traçar aqui, em termos de representação, é preciso que a mulher esteja presente para se fazer representar”, afirmou Cármen Lúcia, também conclamando as eleitoras a fazerem diferença pelo voto na busca pela igualdade.
Ao mencionar as eleições deste ano, a ministra Laurita Vaz disse que a situação “rara” da presença de mulheres em posições de comando na Justiça não significa que elas deixaram de ser preteridas ao buscar crescer em suas carreiras. Como exemplo, ela citou o fato de as mulheres serem quase metade dos aprovados em concursos para juiz de primeira instância, sendo que há apenas seis ministras entre os 33 ministros do STJ. “Essa realidade distorcida precisa ser mudada”, afirmou.
Candidatos
Adriano Galdino (Pocinhos)
Antônio Mineral (Areia de Baraúnas)
Anderson Monteiro (Esperança)
Beto Brasil (Solânea)
Bosco Carneiro (Alagoa Grande)
Branco Mendes (Alhanadra)
Buba Germano (Picuí)
Cássio Cunha Lima (Campina Grande)
Carlos Batinga (Monteiro)
Cláudio Régis (Remígio)
Euda Fabiana Venâncio (Cuité)
Fábio Fernandes (Mamanguape)
Galego de Souza (São Bento)
Jacó Maciel (Queimadas)
Lauro Maia (Catolé do Rocha)
Melchior Batista da Silva (Remígio)
Nabor Wanderley (Patos)
Pollyana Dutra (Pombal)
Tião Gomes (Areia)
Veneziano Vital (Campina Grande)