Obras de compositores clássicos, executados por crianças e adolescentes do projeto Ação Social Pela Música, da Prefeitura de João Pessoa, abriu a 4ª edição do HackFest, que a partir deste ano passou a se chamar ‘HackFest + Virada Legislativa: Por uma Sociedade Politicamente Participativa’, na tarde desta quinta-feira (16) na Estação Cabo Branco.
Promovido pelo Núcleo de Gestão do Conhecimento e Segurança Institucional do Ministério Público da Paraíba (NGCSI/MPPB), Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, Prefeitura de João Pessoa (PMJP), Laboratório Analytics da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o evento tem por objetivo, unir entidades e população na construção de uma sociedade melhor. Para isso, cerca de 600 inscritos irão participar, até domingo (19) da ‘Maratona Por Mudanças’, com o objetivo de, através da tecnologia, encontrar soluções para o combate a corrupção, legislação, transparência e serviço público.
Para o presidente da CMJP, vereador Marcos Vinícius (PSDB), o HackFest deste ano marca uma mudança na história do evento. “A Câmara de João Pessoa se tornou parceira do evento que já está consolidado no calendário nacional como um dos mais importantes eventos de tecnologia a serviço da cidadania. Então entremos com os vereadores, os servidores da Casa Napoleão Laureano e convidados o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio) para construirmos, com os participantes do evento, novas propostas de Projetos de Lei de Iniciativa Popular para serem apresentadas através do aplicativo Mudamos”, comentou.
Prestigiado por autoridades, pelo prefeito Luciano Cartaxo e pelos vereadores de João Pessoa, o evento foi aberto solenimente pelo procurador-geral do Estado, Francisco Seráphico da Nóbrega. “Neste ano, foi agregada uma parceria bastante efetiva da Câmara Municipal de João Pessoa, que chega ao evento trazendo a ‘Virada Legislativa’, instrumento para incentivar a participação do cidadão em projetos de iniciativa popular, que podem ser abraçados por aquela Casa legislativa”, comentou.
Em seu discurso, Nóbrega afirmou que é na capacidade de chamar a atenção da sociedade para os novos rumos e valores da sociedade contemporânea, “de chacoalhar mentes e corações, de nos fazer sair do marasmo colaborativo, de provocar o exercício da nossa cidadania que está a pedra de toque do HackFest”.
Em seguida, o jornalista Daniel Bramatti subiu ao palco para mostrar como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da qual é presidente promove a integração com programadores e com a sociedade, de maneira geral.
“A gente incentiva o trabalho colaborativo, afinal hoje em dia há muitos dados públicos que estão sendo liberados pelos governos através da internet, mas muitas vezes falta capacidade de análise para se colher o melhor dessas informações. É preciso o domínio da tecnologia de um lado, e da técnica jornalística do outro, para podermos decodificar essas informações e retransmití-las à população”, comentou o jornalista, que é editor do suplemento Estadão Dados, do jornal O Estado de São Paulo.
Após Daniel Bramatti, foi a vez do ministro da Transparência e Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário. Através da palestra ‘Tecnologia, Transparência e Integração no Combate à Corrupção’, o ministro falou como a tecnologia pode ser uma aliada no fotalecimento da transparência no combate a práticas delituosas na gestão pública.
“Com essa iniciativa pioneira, João Pessoa tem dado o exemplo para todo o país ao trazer a sociedade civil para ‘mexer’ com os dados públicos e criar aplicativos que facilitam a atuação do Estado e, também, do cidadão como fiscalizador. Esse é um ponto essencial no combate à corrupção, sendo a chave para um país mais democrático e desenvolvido”, comentou Wagner Rosário.
O ministro destacou, ainda, que o Legislativo tem o papel de ser fiscalizador, fazendo um balanço das ações do executivo. “Para tanto, é importante a participação da população, sendo esse um caminho para fortalecer a cidadania”.
Maratona Hacker
Após um coquetel e a inscrição dos maratonistas, o evento prosseguiu na Estação das Artes. Lá, teve início a ‘Maratona Por Mudanças’, com a divisão dos grupos de trabalho, palestra de nivelamento e o “toró de ideias”, um “brainstorm” entre os participantes na busca de ideias para serem desenvolvidas ao longo do fim de semana.
O evento, que tem o patrocínio do Banco do Brasil, do Governo Federal e da Energisa, segue até domingo (19) com maratonas, oficinas, palestras e paneis. Toda a programação será realizada na Estação das Artes.
O evento ainda conta com o apoio de mais de 30 instituições parceiras: Ministério da Justiça, Cade,
Transparency International, Contas Abertas, TJPB, MPDFT, Cade, Atricon, MPF, Aspol,
Adepdel, ANTC, AMPB, Funifier, ADPF, PM, IAI, AMPB, CGE, TCE, UFPB, Ministério Público Militar, Castanhola, Ajufe, Anid, Data Robot, Five ACTS, RFB, SindContas, Fab Work, Esat,
Unipê, Conductor, Ibis e Hotel Manaíra e SER.