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UOL: Campus da Universidade Federal da Paraíba registra onda de violência

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Relatos de violência, incluindo um arrastão em sala de aula, têm transformado o ambiente do campus I da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), em João Pessoa (PB), e assustando estudantes, professores e servidores. Embora não revele números de ocorrências, a instituição reconhece o problema. A UFPB reuniu representantes das polícias Civil, Militar e Federal no intuito de traçar estratégias para melhorar a segurança no campus.

Uma das últimas ocorrências no campus I foi o desligamento dos equipamentos e câmeras de segurança, após uma invasão registrada no início de agosto. A UFPB ficou às escuras. O caso foi comunicado à Polícia Federal, que instaurou inquérito para investigar como se deu a invasão. A ocorrência não é isolada. Na quinta-feira (9), um estudante da UFPB foi preso em flagrante após invadir uma agência bancária localizada dentro da instituição, informa reportagem do UOL.

No final de julho, alunos do curso de contabilidade foram surpreendidos quando, durante a aula, um homem bem vestido chegou, fechou a porta e anunciou o assalto. Sem alterar o tom de voz, apenas mostrou a arma aos alunos e à professora. Depois de recolher 14 aparelhos celulares, o bandido se despediu e desejou boa aula. Até o momento, não houve identificação nem prisão.

O “arrastão” foi registrado em uma das salas do bloco do CCSA (Centro de Ciências Sociais e Aplicadas), um dos mais movimentados da UFPB. Depois desse episódio, o clima, que já era de insegurança, ficou ainda pior, segundo os estudantes. Vinícius Barbosa, do curso de administração, estava na sala ao lado dessa onde aconteceu o assalto. “A gente não ficou sabendo de nada no momento. Depois, uma colega nossa recebeu a informação sobre um assalto no campus, mas não sabíamos que tinha sido tão perto”, afirmou.

Apesar das ocorrências, a UFPB, via assessoria de imprensa, disse que há subnotificação de casos, pois nem todas as vítimas registram boletim de ocorrência. Para a comunidade acadêmica, a vulnerabilidade começa nos portões da universidade. Não há controle de entrada e saída no campus: nem de pedestre nem de veículos. Qualquer pessoa circula na universidade sem ser questionada.

Um servidor da UFPB que não quis ser identificado disse que tem medo da violência no campus. “Estamos totalmente vulneráveis. Hoje, se uma pessoa entra na nossa sala, não sabemos se é um aluno ou se é alguém querendo nos roubar. Estou aqui há cinco anos e considero que, nos últimos dois, a situação ficou muito pior.”

O diretor do CCSA, Walmir Rufino, se disse preocupado: “Infelizmente, a violência externa começa a se instalar dentro da instituição. Precisamos adotar estratégias para que isso não vire rotina”. Segundo ele, serão instaladas câmeras de monitoramento na extensão do centro para, ao menos, inibir outros assaltos. Rufino lembrou que o fato de a universidade estar no entorno de uma mata acaba facilitando ações criminosas. O diretor disse que vem participando de reuniões com a reitora em busca de soluções para garantir a segurança de todos que frequentam o local.

Boatos sobre casos de estupro
Nos corredores da UFPB, a preocupação não se restringe ao medo de assalto. A estudante do primeiro período de pedagogia Jackeline Sousa disse que, no primeiro dia de aula, uma professora fez o alerta de que “é difícil ser mulher dentro da UFPB”. Comentários sobre casos de estupro –não confirmados, pois não há registros desse tipo de crime no local– causam medo e angústia. “Isso, muitas vezes, nos impedem até de usar a roupa que a gente quer. É como se não tivéssemos liberdade mesmo estando em um ambiente acadêmico.”

O diretor do CCSA, Walmir Rufino, disse que nenhum caso de estupro foi registrado no centro nos últimos anos.

Ainda assim, é comum encontrar estudantes andando em dupla ou em grupo dentro do campus, uma forma de se sentirem mais seguros. “Depois do assalto na sala de aula e desses [suspeitos] casos de estupro, a gente fica assustada. É um ambiente que nos amedronta. Minha opinião é que deveria ter um controle maior de quem entra e sai do campus, acho que minimizaria os casos de violência”, disse a estudante Luana Freitas.

A estudante de administração Ana Beatriz Oliveira tem aulas nos turnos da manhã e da noite. Ela contou que durante o dia se sente segura no campus, mas admitiu que evita frequentar locais menos movimentados. “Já à noite, eu tenho medo. Até mesmo de entrar sozinha no banheiro”, declarou.

Sobre os casos envolvendo mulheres, a UFPB recomendou procurar a professora Nívea Pereira, do Fórum de Mulheres em Luta da UFPB. Essa, por sua vez, disse que “a instituição também pode responder sobre a realidade. Aliás, a UFPB deve se pronunciar. São vários casos”. A professora disse ainda que o fórum é um movimento político e não pode oferecer soluções institucionais.

Drogas e manteiga de maconha
Comprimidos de LSD, cocaína e manteiga de maconha. Essas drogas foram encontradas em um quarto da Residência Universitária, dentro do campus I da UFPB, em 20 de julho, um domingo, pela Polícia Federal. Estavam na moradia de um estudante de pedagogia que foi preso quando viajava de João Pessoa para Recife (PE). Segundo a Polícia Federal, o estudante fazia parte de uma organização criminosa e estava em liberdade condicional. Ele havia sido condenado por roubo e tráfico de drogas.

Durante uma reunião com representantes das polícias Civil, Militar e Federal, a diretora do CCHLA (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes), Mônica Nóbrega, disse estar preocupada com o aumento no consumo de entorpecentes dentro da universidade. Diretores de outros centros também relataram a mesma preocupação. O serviço de psicologia da instituição tem atendido muitos alunos dependentes químicos, segundo a diretora.

Poda de árvores e reforço na ronda

À reportagem, a UFPB informou que algumas medidas foram tomadas após o assalto ocorrido dentro da sala de aula do CCSA, como a revisão da iluminação da área, com colocação de novos refletores, poda de árvores nos estacionamentos, intensificação da ronda motorizada e a pé e ronda extra com servidores efetivos da área de segurança.

Em relação às denúncias de casos de abuso e discriminação contra a mulher, a instituição informou que a posição é de total intolerância em relação a esse comportamento. “Administrativamente, os casos de assédio sexual e moral na universidade seguem o rito de acatar denúncias nos centros de ensino onde ocorrem”, destacou a nota. A UFPB disse que o controle das denúncias é feito pelos centros separadamente e não soube informar a quantidade de casos.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, nos centros são instituídas comissões de sindicância e as apurações são conduzidas de forma sigilosa. Concluídos os trabalhos, o relatório final torna-se público e os processos são enviados para a Procuradoria Jurídica da UFPB. Daí, podem ser abertos processos na CPPRAD (Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar).

Sobre a detenção do estudante por suspeita de tráfico de drogas, a UFPB informou que, paralelamente aos trâmites policiais, a instituição abriu processo administrativo para apurar a conduta do aluno, o que poderá resultar no seu desligamento.

Reunião com polícias

A reitora Margareth Formiga Diniz disse, na reunião com representantes das polícias Federal, Militar e Civil, que a prioridade deve ser o monitoramento com as câmeras de segurança no campus. Segundo a reitora, os equipamentos já foram comprados, mas ainda não foram instalados devido a um problema com a empresa licitada. O projeto da UFPB prevê monitoramento também de salas de aula.

Outras ações emergenciais adotadas foram a melhoria no controle de acesso ao campus e a retirada de ambulantes e de outras atividades comerciais que não têm autorização. A UFPB conta com 43 mil alunos, 3.000 professores e 4.000 técnicos-administrativos. A segurança é feita por 238 vigilantes que se revezam em 58 postos durante o dia e 70 à noite.

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“Tem construído uma ALPB mais unida”, diz Doutora Paula ao parabenizar Adriano Galdino em reeleição

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Durante sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) desta terça-feira (26/11), a deputada estadual Doutora Paula (PP), parabenizou o deputado Adriano Galdino (Republicanos) pela reeleição por unanimidade à presidência da Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

“Isso traz uma harmonia entre nós deputados e os representantes legais nessa Paraíba que tanto tem diferenças regionais. Parabéns à sua ética, o seu respeito e a sua liberdade dentro de um parlamento de 36 representantes e que você tem construído cada vez mais uma Assembleia unida, se preocupando sempre com os interesses do Estado, da maioria e daqueles mais pobres. É assim que se faz a democracia, é assim que se faz o parlamento, é assim que trabalham os políticos. Uma união de forças para que nosso povo seja bem representado em um país como todo”, disse a deputada.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Balanço do FNDE atesta conclusão de 30 obras de Educação em 26 municípios da PB em menos de 2 anos

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Redação do Portal da Capital

Um total de 1.215 obras relativas a diversos tipos de melhorias estruturais em escolas das 27 unidades da Federação foram concluídas entre o início de 2023 e a primeira quinzena de novembro de 2024. As ações contemplam reformas, coberturas de quadras esportivas, ampliações e melhorias em escolas de ensino fundamental, profissionalizante e educação infantil.

Os dados integram relatório do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) com propósito de transferir recursos e prestar assistência técnica a estados, municípios e ao Distrito Federal para garantir educação de qualidade em todo o país.

Do total de obras entregues, 30 foram finalizadas na Paraíba, em 26 municípios, com 19 concluídas em 2023 e 11 em 2024. As melhorias beneficiam mais de 6,6 mil alunos, entre eles 2,2 mil matriculados no período integral. O valor total do investimento supera R$ 23,9 milhões, dos quais R$ 22,5 milhões já foram pagos.

Das 30 obras realizadas na Paraíba, 15 referem-se à construção ou cobertura de quadras esportivas, cinco em escolas de educação infantil e dez em escolas do ensino fundamental. Todas as 30 obras estão na esfera municipal. São cinco intervenções em áreas rurais, 24 em áreas urbanas e uma em território quilombola.

“Esses números são muito expressivos e refletem o esforço conjunto do Governo Federal, estados e municípios para garantir que mais crianças e jovens tenham acesso a escolas com infraestrutura adequada. Nosso compromisso é com a continuidade desse trabalho e com a ampliação de oportunidades educacionais em todo o país”, destacou a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba.

PACTO NACIONAL – Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de novembro de 2023, a Lei nº 14.719/2023 instituiu o Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica e Profissionalizante e à Saúde. A lei criou um arcabouço normativo para a retomada de obras e serviços de infraestrutura educacional e da saúde que estavam paralisados ou inacabados, em um processo que depende também da manifestação de interesse de estados e municípios.

Encerrado em 22 de dezembro de 2023, o prazo para estados e municípios manifestarem interesse na retomada de obras paralisadas e inacabadas na área da educação foi marcado por uma expressiva adesão, totalizando 3.783 solicitações registradas através do Sistema de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).

Esse esforço do Governo Federal representa um investimento significativo de R$ 4,1 bilhões. A meta de conclusão é de 24 meses a partir da retomada de cada obra, com possibilidade de uma única prorrogação pelo mesmo período. Estima-se a criação de 741,6 mil novas vagas nas redes públicas de ensino em todo o país.

Confira dados:

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MPT reúne entidades da Paraíba para debater sobre financiamento sindical e atos antissindicais

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O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) vai promover, na próxima quinta-feira (28), o evento ‘Atos antissindicais e financiamento antissindical’. A palestra, seguida de debate, será realizada no auditório da Procuradoria do Trabalho no município de Campina Grande (PTM-CG), a partir das 9h30. A iniciativa é da Coordenação Regional da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis).

O evento integra as ações do projeto ‘Liberdade Sindical Sob a Ótica dos Atos Antissindicais’, que tem como objetivo estimular uma mudança da cultura institucional sobre o trato das práticas antissindicais e o aprimoramento da atuação do MPT na promoção da liberdade sindical.

O evento é aberto a entidades sindicais com atuação em diversos setores, associações, estudantes e pessoas da sociedade em geral interessadas na temática. As inscrições são online e podem ser feitas pelo QR Code na Programação (no final desta matéria).

Programação
A palestra ‘Atos antissindicais e financiamento sindical’ será realizada pelo procurador do Trabalho e coordenador Regional da Conalis, Paulo Germano Costa de Arruda.

O debatedor convidado é o advogado e membro da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB), Humberto Bezerra Cavalcanti.

A mediação do debate será realizada pelo procurador do Trabalho Marcos Antonio Ferreira Almeida.

Confira imagem:

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