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Auditores fiscais e economistas defendem mudanças no sistema tributário

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O grupo de trabalho da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite)  sobre a reforma tributária, coordenado pela auditora fiscal do Mato Grosso do Sul, Gigliola Decarli, esteve reunido nesta segunda e terça-feira, dias 30 e 31 de julho, na sede da Associação dos Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo (Afresp), na capital paulista.

Durante os dois dias de trabalho, o grupo debateu as principais propostas sobre a reforma em destaque no cenário nacional, em especial, a proposta pelo deputado Federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e a do Sindifisco Nacional. O grupo debateu sobre os princípios informadores da versão atualizada da proposta da Febrafite, que será encaminhada aos candidatos à Presidência da República e apresentada na comissão especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 293/04, neste mês de agosto.

Fazem parte do grupo os auditores fiscais das Receitas Estaduais: Juracy Soares (presidente da Febrafite), Rodrigo Keidel Spada, Maria Aparecida Neto Lacerda e Meloni, “Papá”, Marcelo Mello e Jorge Couto (vice-presidentes da Federação), José Caetano Mello (diretor Jurídico); o diretor de Assuntos Estratégicos da Afresp, José Roberto Soares Lobato; a diretora da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg), Sara Costa Felix Teixeira, entre outros. O auditor fiscal gaúcho (quem trouxe ao Brasil o modelo de tributação do ICMS Personalizado), Giovanni Padilha, participou como convidado.

Giovanni Padilha, que representa o estado do Rio Grande do Sul no GT-47 (Reforma Tributária) no CONFAZ, apresentou os princípios informadores e as principais características da proposta de aperfeiçoamento do ICMS que está em discussão entre os estados, com vistas a ser apresentada aos secretários de Fazenda na próxima reunião do Conselho Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz).

Resumidamente, a proposta apresentada por Padilha propõe a substituição dos tributos hoje existentes sobre o consumo e produção por três tributos: dois sobre valor adicionado (uma contribuição, CSS, que substituiria PIS e Cofins), e um imposto, ICMS (ou IBS), (que substituiria ICMS e ISSQN), além de um imposto seletivo, IS, de competência da União. A receita do ICMS seria partilhada entre estados e municípios, na proporção de 70% – 30%, respectivamente. O imposto seletivo federal, IS, substituiria o IPI e a CIDE-combustível, incidindo sobre o consumo de produtos com externalidades negativas, sendo seu produto repartido entre a União e os Estados, na proporção de 75% – 25%, respectivamente.

Proposta da Febrafite

Após o período de debate, o grupo reafirmou a proposta de Reforma Tributária da Febrafite e os seus princípios norteadores: neutralidade, competitividade dos produtos nacionais e fomento à indústria nacional, simplificação, não aumento da evasão fiscal, suficiência da arrecadação, fortalecimento das administrações tributárias, respeito à autonomia federativa, cooperação intergovernamental, segurança jurídica e cumprimento espontâneo da obrigação tributária, justiça e equidade fiscais e minimização dos riscos da transição para o novo modelo.

Para segundo Decarli, houve convergência do grupo em relação à grande parte do modelo apresentado por Giovanni Padilha por estar alinhada aos princípios defendidos pela Federação: “A proposta tem como pontos inegociáveis dos Estados a autonomia dos entes federados, a não redução das receitas próprias, a não redução das transferências recebidas e que seja criado um mecanismo de estímulo à desconcentração da produção”, esclarece.

A aprovação de melhorias no atual sistema tributário é consenso entre especialistas para que o Brasil avance. O presidente da Febrafite, Juracy Soares, está confiante que o momento da reforma chegou: “Acredito que o momento é único na história do país, já que diversos setores da sociedade civil debatem o tema e concordam que temos que resgatar a confiança de empreendedores, com um ambiente amigável à geração de negócios e empregos. E o próprio Estado percebe que está no limite de sua capacidade gerencial”, diz Soares.

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“Se tentou ajudar atrapalhou”, diz bolsonarista sobre possível ‘enterro da anistia’ após ataques

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Redação do Portal da Capital

Deputados bolsonaristas afirmaram em grupos de WhatsApp que as explosões na praça dos Três Poderes, na noite desta quarta-feira (13/11), devem prejudicar a tramitação do Projeto de Lei que dá anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro na Câmara dos Deputados.

A Folha teve acesso a mensagens que foram enviadas em dois grupos com deputados da oposição.

Em um deles, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) enviou imagem do suspeito da explosão, que seria um ex-candidato a vereador pelo PL. “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp”, escreveu.

O deputado Capitão Alden (PL-BA) respondeu dizendo que “lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia”. “Adeus redes sociais e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”, disse.

Em outro, o deputado Eli Borges (PL-TO) escreveu “se tentou ajudar atrapalhou”. “Agora o Xandão [apelido para Alexandre de Moraes] vai dizer: ‘é a prova que o 8 de janeiro era necessário’”.

O projeto de lei da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro é considerado uma pauta cara aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao portal Metrópoles, Bolsonaro se referiu ao homem responsável pelas explosões em Brasília como “maluco” e disse que não tinha “a menor ideia” de quem era ele. “Talvez tenha deixado algo escrito ou gravado”, afirmou.

O homem foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e foi candidato a vereador pelo PL em 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.

No fim de outubro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirou a proposta sobre a anistia pelo 8/1 da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa e anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o texto –ela ainda não foi oficializada.

O próprio ex-presidente, em entrevista à Folha, citou a anistia para o 8 de janeiro.

“Anistia para o 8 de janeiro. A minha [anistia] tem um prazo certo para tomar certas decisões. Acredito que o Trump gostaria que eu fosse elegível. Ele que vai ter que dizer isso aí, mesmo que tivesse conversado com ele, não falaria. [Mas] tenho certeza de que ele gostaria que eu viesse [a ser] candidato”, disse.

Clique aqui e veja matéria completa na Folha com fotos e links.

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“Sou a favor da escala de trabalho 5×2”, afirma Ruy ao assinar PEC contra fim da escala 6×1

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Ruy Carneiro (PSC/Podemos), utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (13/11) para defender a redução da escala de trabalho dos brasileiros. Ao justificar a assinatura a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra a escala 6×1, o parlamentar defendeu que seja adotado um regime de 5×2.

“Sou a favor da escala de trabalho 5×2. O debate sobre o atual formato da jornada de trabalho no Brasil precisa acontecer com serenidade no Congresso. A modernização da jornada precisa garantir benefícios aos trabalhadores e promover o crescimento econômico do país. O tema não pode ser reduzido apenas à questão da carga horária. É preciso falar sobre saúde física, mental, produtividade, entre outros aspectos”, destacou.

A PEC que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais recebeu nesta quarta-feira (13/11) o número necessário de assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados.

Para se tornar uma matéria em tramitação na Câmara, a proposta precisava de, no mínimo, 171 assinaturas de apoio, parcela do total de 513 deputados.

O protocolo da proposta é apenas o início da discussão, que precisará passar por comissões especiais na Câmara e no Senado até a aprovação.

Confira:

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Ao tornar-se candidato único, Motta terá o “tempo” como principal adversário, dizem aliados

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Redação do Portal da Capital

Os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) desistiram de concorrer à Presidência da Câmara dos Deputados na quarta-feira (13/11) para apoiar a candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar já conta com apoio de partidos que representam 96% dos votos da Casa.

O único problema para Motta, segundo aliados, é o tempo até a eleição, que ocorrerá apenas em 3 de fevereiro e ele figurará sob os holofotes por todo esse período. Não há, hoje, outros adversários na disputa e apenas o partido Novo e o Psol pretendem lançar candidatos próprios para marcar posição política.

Brito fez um curto ato, ao lado do presidente do partido, Gilberto Kassab, e da bancada do PSD, para anunciar que desistia da disputa. “Proporcionalidade dos cargos será mantida. Não pedimos nada a mais do que a bancada teria na Casa pela proporcionalidade. E a gente avançará agora pelo bem da Câmara e do bem do país”, disse o baiano.

O anúncio, antecipado pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor ocorreu após ele e Kassab se encontrarem com Motta e Lira fora da Câmara. Em troca do apoio, o PSD terá a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) de 2026 e uma vaga na Mesa Diretora. Já a relatoria do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 está reservada para o MDB da Câmara. (Clique aqui e confira a íntegra da matéria no Valor Econômico)

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