Nos acompanhe

Paraíba

UFPB abre cinco sindicâncias para apurar casos de assédio sexual

Publicado

em

Provas, prazos, responsabilidade, horários… Esses não são os únicos desafios enfrentados por alunas, professoras e funcionárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Elas têm que conviver também com um grave problema: casos de assédio sexual na instituição. Atualmente, já são cinco processos de sindicância abertos na UFPB para apurar esses crimes. A informação é da professora doutora e coordenadora do Fórum de Mulheres em Luta da UFPB, Nívia Pereira.

Segundo ela, essa é uma realidade enfrentada diariamente por mulheres que trabalham ou estudam na UFPB, em todos os campi. Porém, ela afirma que o que ocorre na instituição de ensino é um retrato da sociedade como um todo, informa reportagem do Portal Correio.

“O que o Fórum de Mulheres vem pautando na UFPB é o que acontece aqui dentro é uma expressão das violações racistas, machistas da sociedade e que se expressam aqui dentro. Os principais tipos de violência que nós mulheres sofremos aqui na UFPB são de assédio sexual e este assédio muitas vezes é realizado por professores, alunos, técnico-administrativos e homens que circulam pela UFPB e que não têm vínculo institucional”, aponta.

Apesar de serem cinco processos de sindicância, ela afirma que também há vários processos de inquérito, já que antes que se abra uma sindicância é necessário que haja uma investigação para se averiguar se a denúncia tem fundamento. Segundo ela, um grande desafio é fazer com que as mulheres vítimas tenham coragem de denunciar os casos.

“O nosso maior desafio hoje, primeiro, é que as mulheres se sintam seguras para denunciar aqui dentro e também na Justiça comum, que seria uma Delegacia de Mulher, um Ministério Público, o Centro de Referência da Mulher. Então as mulheres da UFPB que estão em situação de violência podem acessar esses dois canais de denúncia, que são as formas interna e externas da universidade”, explicou.

Uma das exigências do Fórum é que seja criado um comitê de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. O pedido ainda está em andamento.

“Estamos exigindo da UFPB uma mudança cultural, já que a instituição historicamente sempre foi omissa em relação à violência contra a mulher, e o Fórum vem dizer que não dá mais. Essa situação não cabe. Uma das exigências do fórum à atual gestão da UFPB é a criação de um comitê de prevenção e enfretamento à violência contra as mulheres aqui dentro. Essa negociação está em andamento, o comitê ainda não foi oficialmente aprovado pelo Consuni, mas ele já está em processo de negociação para ser aprovado; se aprovar, a UFPB vai ser pioneira no Brasil a ter uma política institucional de prevenção e enfretamento à violência contra a mulher. Isso será, na verdade, um reconhecimento histórico da instituição de que existe violência contra a mulher aqui dentro, de que isso não é brincadeira”, explicou.

Como denunciar

A professora e coordenadora ainda orientou como procurar ajuda em caso de assédio. Há uma diferença em quem deve ser acionado caso a vítima seja uma estudante ou trabalhe na UFPB.

“Alunas que estão em situação de violência têm que procurar o fórum. Temos página no Facebook e no Instagram e também procurar a coordenação do curso para fazer a denúncia. A coordenação tem que acolher a denúncia e encaminhar para a direção de centro. No caso de professoras e técnica-administrativas, têm que comunicar à chefia imediata. Que essa chefia tem que encaminhar à direção de centro. Estamos monitorando o prazo, as portarias dessas comissões, se estão se apoiando nos documentos que têm que se apoiar e exigindo que o formato das comissões tenham maioria ou totalidade de mulheres”, finalizou.

Em respeito à Legislação Eleitoral, o Portal Correio não publicará os comentários dos leitores. O espaço para a interação com o público voltará a ser aberto logo que as eleições de 2018 se encerrem.

Continue Lendo

Paraíba

Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

Continue Lendo

Paraíba

Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

Continue Lendo

Paraíba

Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

Continue Lendo