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Paraíba

Principal fonte de receita dos municípios, FPM só paga a folha de pessoal

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Sem o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) cerca de 90% das prefeituras paraibanas teriam que fechar as portas. A baixa atividade econômica e arrecadações de tributos fazem com que cidades com menos de 50 mil habitantes se tornem dependentes das transferências governamentais. Como as atividades econômicas em grande parte dos municípios do Estado são basicamente rurais, as prefeituras também assumem o papel de maior empregador.

Segundo o presidente da Confederação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Tota Guedes, as quedas do FPM estão dificultando cada vez mais a manutenção das máquinas públicas. No mês de junho, conforme Tota, a redução do repasse foi de 14,7% e a previsão para este mês também queda, chegando a 37%, informa reportagem do Correio da Paraíba.

“A situação das prefeituras está cada dia mais difícil. Sem os recursos do FPM podemos garantir que 90% dos prefeitos fechariam as portas da administração pública porque não haveria condições de manter a máquina funcionando. Por isso, defendemos o pacto federativo para que possamos ter uma redistribuição dos repasses para os municípios”, disse Tota Guedes.

De acordo com o presidente, os baixos valores repassados aos municípios afetam diretamente a vida da população. “Os prefeitos sem dinheiro terão que fazer cortes. Terão que reduzir os pagamentos aos fornecedores que deixam de vender e que por sua vez terão que demitir. Isso afeta diretamente a economia dos municípios porque uma coisa depende da outra”, afirmou.

Única opção para trabalhar

Deixando de girar a economia, as prefeituras passam a ser a salvação de muitos paraibanos que dependem de um emprego público para sustentar suas famílias. Na Paraíba, são 51.515 servidores hoje trabalhando por contratação em excepcional interesse público. Os comissionados chegam a um total de 24.376 nos 223 municípios paraibanos.

No município de Curral de Cima o prefeito Totó Ribeiro (PSDB) enfrenta dificuldades para manter a administração pública funcionando. Ele conta que precisou fazer cortes nos gastos para conseguir se adequar a atual realidade do FPM. “Precisamos garantir o atendimento básico para a população. As gorduras tivemos que cortar já que o FPM praticamente cobre o pagamento da folha de pessoal”, destacou.

O prefeito atesta as palavras de Tota Guedes ao dizer que sem os repasses do FPM o município, que hoje conta com 5.232 habitantes, não teria condições de manter as portas abertas, oferecendo o mínimo a população.

“É preciso administrar na ponta do lápis para garantir a saúde e a educação. Nossa economia nos garante pagar o funcionalismo em dia e manter as principais atividades funcionando”, disse o prefeito, destacando a organização como alternativa.

Atravessadores na jogada

A falta de recursos, estrutura e muitas vezes de água nos municípios, obrigam os prefeitos a procurarem outras saídas para garantir o funcionamento da máquina pública. A Única opção é buscar recursos junto ao Governo Federal. Para isso, eles precisam da ajuda dos deputados federais e senadores que tem nas mãos o poder da indicação das emendas parlamentares e ainda a ajuda para uma conversa de pé de ouvido com os ministros.

Segundo Tota Guedes, a realização de obras e outros investimentos em saúde e educação dependem dos recursos federais. “Para poder fazer algo pelo município, os prefeitos têm que recorrer aos deputados e senadores. Não tem outro jeito para poder fazer um calçamento, comprar remédios e construir escolas, praças e postos de saúde. Tudo passa pelas mãos dos parlamentares”, disse.

Segundo o prefeito Totó Ribeiro, grande parte das obras e serviços oferecidos hoje a população de Curral de Cima foram garantidas com recursos de emendas e de parcerias com o Governo Federal. “É importante esse tipo de parceria ainda mais quando não temos uma garantia de aumento nos repasses do FPM. Está cada vez mais difícil manter os trabalhos funcionando. Mesmo assim, continuamos fazendo o melhor para que a população não sofra com essa crise no País”, revelou.

Por trás de um nome aparentemente neutro, emenda parlamentar, esconde-se um poderoso mecanismo de alocação do dinheiro público e também de capital eleitoral para deputados e senadores.

Perspectiva de queda é de 7,5%

Até setembro a perspectiva da Famup é que o FPM para os municípios paraibanos tenha uma queda de até 7,5% até setembro. De acordo com Tota Guedes,  é preciso que a economia do Brasil se recupere para que então, o repasse possa voltar a crescer.

De acordo com o Observatório de Informações Municipais, a previsão para o repasse deste mês é de R$ 134.199.588. Para agosto o repasse deve ser de R$ 166.407.489 e em setembro, os recursos terão uma nova queda passando a ser de R$ 151.279.536. Vale lembrar que a As estimativas elaboradas pela Secretaria do Tesouro Nacional representam apenas uma indicação, dependendo da evolução da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados.

Esta semana a Confederação Nacional de Municípios (CNM) lamentou a aprovação da Medida Provisória 827/2018 que muda dispositivos relativos à obrigatoriedade, a jornada de trabalho, o piso salarial, o reajuste do piso e as despesas com transporte dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. O texto, aprovado o projeto de lei de conversão, aumenta o piso salarial da categoria em 52,86% ao longo de três anos. A proposta ainda precisa ser votada pelo Senado. Para a CNM, a medida causará um impacto negativo aos municípios.

A CNM destacou que, inicialmente, a MP não tratava de aumento de salário, mas o parecer do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), aprovado na comissão mista, acatou emendas nesse sentido e, concluiu com uma proposta de reajuste escalonado.

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Paraíba

Sessão virtual da 2ª Câmara do TCE-PB tem processos de dez órgãos do Estado e Municípios

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Uma Inspeção Especial de Licitação e Contratos na Prefeitura Municipal de Santa Rita e outra de Acompanhamento de Contrato na Secretaria de Estado da Administração (exercício de 2024) compõem a pauta da 13ª Sessão Virtual da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba aberta, às 10 horas, desta segunda-feira (25/11).

Até ao meio-dia da próxima sexta-feira, quando será encerrada, essa Sessão terá ocasionado o julgamento de um total de 16 novos processos, em meio aos quais, também, concorrências, contratos e seus termos aditivos, denúncias, atos de gestão de pessoal e um recurso de reconsideração oriundos, caso a caso, das Prefeituras de Itatuba, Caaporã, e, ainda, dos Institutos de Previdência de Bananeiras, Patos, Lagoa Seca, Campina Grande, Santa Rita, João Pessoa e PBPrev.

SÚMULA – Chegam a 1.855 os processos julgados pela 2ª Câmara do TCE desde 1º de janeiro deste ano até o último dia18. A relação inclui 64 contas de Câmaras de Vereadores, sete de Secretarias Municipais, 44 de órgãos da administração indireta dos municípios, seis inspeções em obras públicas, 47 inspeções especiais, 220 licitações e contratos, 120 denúncias e representações, 1.429 aos de pessoal, dois concursos, 22 recursos, 41 verificações de cumprimento de decisão e três outros processos de natureza diversa.

Integram a 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado os conselheiros André Carl Torres Pontes (presidente), Arnóbio Viana e Marcus Vinicius Carvalho Farias (substituto). O Ministério Público de Contas está aí representado pelo subprocurador geral Manoel Antonio Soares dos Santos. A TV TCE-PB, Canal no YouTube, exibe os julgamentos presenciais e remotos.

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Paraíba

Comissão da CMJP é favorável a realocação e crédito especial que soma R$ 1,29 milhão

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Na reunião desta segunda-feira (25/11), a Comissão de Finanças, Orçamento, Obras e Administração Pública (CFO) da Câmara Municipal e João Pessoa (CMJP) aprovou dois projetos do Executivo Municipal com uma realocação orçamentária e uma abertura de crédito especial que somam R$ 1,29 milhão. O colegiado ainda aprovou parecer contrário a um Projeto de Lei Ordinária (PLO).

Receberam parecer favorável o PLO 2274/2024, com a realocação de dotação orçamentária no valor de R$ 90 mil destinados à cobertura à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb); e o PLO 2284/2024, que autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito especial na Secretaria de Planejamento no valor de R$ 1,2 milhão. Os recursos necessários à abertura correrão por conta do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial da Prefeitura Municipal de João Pessoa, em 31/12/2023, de acordo com o artigo 43, § 1º, inciso I, da Lei Federal nº 4.320/64.

O projeto recusado pela Comissão foi o PLO 1440/2023, de Bruno Farias (Avante), que criaria o ‘Projeto Sons da Vida’, que trata do uso da musicoterapia como procedimento terapêutico, em equipe multidisciplinar, nos hospitais da rede pública ou privada e Unidades Básicas de Saúde de João Pessoa, facilitando e promovendo a comunicação, o relacionamento, o aprendizado, a expressão e outros objetivos terapêuticos relevantes para diversos tratamentos de saúde.

A relatoria do projeto coube ao vereador Marcílio do HBE (Republicanos), que se posicionou contrário ao mesmo alegando que sua execução vai gerar despesas adicionais significativas à Gestão Municipal. “Conforme exposto no artigo 3º deste projeto de lei, a iniciativa demanda a contratação de pessoal especializado para a implementação e manutenção do serviço, o que representa novos encargos para o Orçamento Municipal. Além dos custos com contratação, o projeto acarretará novas despesas operacionais, relacionadas à infraestrutura e ao fornecimento de materiais específicos para as atividades de musicoterapia. Dessa forma, a proposta fere diretamente o princípio do equilíbrio orçamentário, que visa assegurar que as despesas públicas estejam compatíveis com as receitas, evitando déficits que prejudiquem a saúde financeira municipal”, asseverou o relator.

“Embora a proposta tenha mérito social e potencial terapêutico, a previsão de aumento de gastos não planejados compromete o equilíbrio fiscal e pode impactar a saúde orçamentária do município. Diante disso, recomendamos a não aprovação do projeto, considerando os princípios de responsabilidade fiscal e a necessidade de priorização das despesas dentro do orçamento vigente”, ratificou Marcílio do HBE.

Mesmo com parecer contrário aprovado, a matéria segue para apreciação dos vereadores no plenário, durante a votação na Ordem do Dia.

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Paraíba

Governo da PB e PMJP assinam operação de crédito destinada ao projeto de mobilidade urbana em JP

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O governador João Azevêdo assinou, nesta segunda-feira (25), juntamente com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, operação de crédito, junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no valor de 33 milhões de euros para a execução do projeto de mobilidade urbana de João Pessoa, que visa a implantação do Bus Rapid Service (BRS), serviço de ônibus rápido, uma ação em parceria com a Prefeitura da Capital paraibana. A cerimônia de assinatura ocorreu na Embaixada da França, em Brasília, e contou com as presenças do embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, e do diretor adjunto da AFD no Brasil, Léo Gaborit.

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual celebrou mais uma parceria com a AFD e destacou que o equilíbrio financeiro do estado tem permitido a realização de obras estruturantes, visando o desenvolvimento sustentável da Paraíba. “A assinatura que celebramos hoje com a AFD só foi possível em virtude da eficiência da gestão fiscal do estado, que é rating A pelo quarto ano consecutivo pela Secretaria do Tesouro Nacional. Nós vamos implantar em João Pessoa um novo sistema de transporte público em parceria com a prefeitura, garantindo uma melhoria significativa na mobilidade urbana, oferecendo um transporte público rápido e seguro à população e esperamos iniciar as obras do BRS já no início do próximo ano”, declarou.

O diretor adjunto da AFD no Brasil, Léo Gaborit, destacou que os projetos representam um passo significativo rumo a um futuro mais sustentável e inclusivo para o estado da Paraíba. “Ao priorizar a mobilidade urbana de baixo carbono, a requalificação de áreas vulneráveis e a preservação ambiental, os projetos não apenas prometem melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, mas também reafirmam o compromisso com a adaptação às mudanças climáticas e o apoio a uma transição justa e de baixo teor em carbono”, disse.

Estiveram presentes à cerimônia o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena; o deputado federal Mersinho Lucena; além dos auxiliares da gestão estadual Deusdete Queiroga (secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos), Virgiane Melo (secretária executiva da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos), Gilmar Martins (secretário do Planejamento, Orçamento e Gestão), Luciano Galdino (secretário da Representação Institucional) e Adauto Fernandes (secretário executivo da Representação Institucional).

O Projeto – O projeto que será executado pelo Governo do Estado conta com dois corredores de ônibus e três terminais de integração. O Corredor Cruz das Armas, com extensão de 15,3 km, que liga a área central da cidade à sua região sul, onde será instalado um terminal de integração com as linhas alimentadoras locais. São 24 bairros atendidos pelas linhas que passam neste corredor de ônibus de um total de 64 que compõem a cidade, beneficiando a população desses bairros, que é de 285.490 habitantes. Ou seja, 39,49% da população da cidade.

O Corredor Pedro II, com extensão de 14,5km, que liga a área central da cidade à região sudeste, onde será instalado um terminal de integração com as linhas alimentadoras locais. São 11 bairros atendidos pelas linhas que passam neste corredor de ônibus de um total de 64 que compõem a cidade. A população desses bairros é de 182.988 habitantes. Ou seja, 25,31% da população da cidade.

E ainda o Terminal Metropolitano, responsável por integrar diversas linhas de ônibus, atualmente. Das 93 linhas convencionais do município, 67 integram-se no Terminal Metropolitano do Varadouro.

O Terminal Cruz das Armas será um equipamento completamente novo no sistema de mobilidade urbana de João Pessoa, e devido à elevada demanda dos bairros atendidos na região, tem-se a expectativa de trazer benefícios significativos com relação à qualidade de vida da população do entorno, que atinge cerca de 285 mil pessoas.

O Terminal Pedro II também será completamente novo no sistema de mobilidade urbana de João Pessoa, com relevante integração de modais privados para o transporte público, pois se aproxima da zona sul do município, onde a demanda por mobilidade é elevada. A população atendida é de aproximadamente 182 mil pessoas.

A Prefeitura de João Pessoa ficará responsável pela implantação de dois corredores nas Avenidas Epitácio Pessoa e 2 de Fevereiro; de dois centros de transferência: terminais de integração Bessa e Avenida 2 de Fevereiro; e implementação de sistemas de transporte inteligente (STI) em melhoria da mobilidade na área central.

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