Oito alunos do curso técnico de informática da Escola Pública Estadual Padre Emídio Viana Correia, em Campina Grande (PB), receberam na terça-feira (05/11) as medalhas de bronze, premiação da Olimpíada Paraibana de Informática (OPI) organizada pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A preparação dos jovens aconteceu com auxílio dos computadores doados pelo Ministério das Comunicações. Um laboratório de informática foi construído na unidade.
A conquista olímpica aconteceu após uma prova de programação. Os medalhistas usaram a linguagem Python, opção para iniciantes por ser simples e versátil para o desenvolvimento de software. Com o Python, é possível preparar aplicativos, criar sites, programas, jogos, fazer análise de dados, inteligência artificial, entre outras atividades.
“Soubemos da premiação e ficamos orgulhosos não só pelos vencedores, mas por todos os estudantes que se dedicam a competir e evoluir. Doar computadores para escolas públicas é incentivar um futuro melhor para nossas crianças e jovens. O Ministério das Comunicações se preocupa com letramento digital e não só com as entregas de máquinas. Isso abre portas e traz cidadania para as pessoas”, disse Juscelino Filho, ministro das Comunicações.
As máquinas doadas pela pasta, por meio do Computadores para a Inclusão, têm feito a diferença no desenvolvimento tecnológico de crianças e jovens. Ao todo, quatro meninas e três meninos se destacaram e levaram a premiação. Os alunos são: Beatriz Lopes Lima, Stephany Kelly da Silva, Mariana da Silva Gonçalves, Raissa da Silva Melo, Ingridd Gabriela Barbosa Andrade,Angelo Pierry Rodrigues, Miguel Soares de Carvalho e Emerson Paulino Fidelis.
A Olimpíada Paraibana de Informática é organizada pelo curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Campina Grande. O objetivo é despertar nos alunos o interesse em computação e prepará-los para voos mais altos, como a Olimpíada Brasileira e Internacional de Informática.
Desde a chegada dos computadores doados pelo Ministério das Comunicações, a direção da escola destaca os benefícios alcançados com o programa. Além da premiação dos estudantes, foi possível oferecer aulas de programação, criação de aplicativos, oficina de desenvolvimento de games 2D, entre outras.
“Esse trabalho é belíssimo. No próximo ano, vamos tentar oferecer um curso para a comunidade escolar, como os pais e responsáveis. Fazemos muitas coisas e, se Deus quiser, faremos mais, e com o apoio dos computadores que foram entregues”, contou a professora Ana Paula do Ó.
O Ministério das Comunicações e o Instituto Brasileiro Amigos da Vida, que funciona com o Centro de Recondicionamento dos Computadores (CRC) de Goiás, fizeram em parceria essa entrega para a escola pública de Campina Grande.
Para o responsável pelo CRC de Goiás, Francisco Assis Araújo, essa foi uma doação que mostra a grandiosidade do programa Computadores para a Inclusão.
“Viajamos pelo Brasil com a missão de entregar computadores doados pelo Ministério das Comunicações. Muitas vezes enfrentamos dificuldades até chegar em uma comunidade afastada, mas saber que esses computadores são usados para contribuir com o futuro dessas pessoas, isso só nos motiva e renova as esperanças”, finalizou.
Computadores para Inclusão
O programa destina computadores que não seriam mais utilizados em órgãos públicos, por estarem obsoletos ou danificados, para pontos de inclusão social em todo o Brasil, após passarem pelos Centros de Recondicionamento de Computadores, onde são recuperados por alunos de cursos de capacitação profissional na área.
Com isso, os equipamentos são levados para a criação de laboratórios de informática em pontos de inclusão social em todo o Brasil, como escolas e associações. A iniciativa também é sustentável, pois dá destinação a milhares de toneladas de resíduos eletrônicos.
O Computadores para Inclusão já doou 49,1 mil equipamentos para 3,6 mil pontos de inclusão digital em 1 mil municípios em todo o Brasil. Mais de 209 cursos foram oferecidos nos atuais 25 CRCs, capacitando mais de 44,9 mil alunos para a era digital. No ano passado, a iniciativa registrou um aumento de 73,6% no total de doações, em comparação com 2022.