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Crítica: ‘O Nó do Diabo’ é uma súmula violenta de 200 anos da história do País

Luiz Carlos Merten, O Estado de S.Paulo Houve um momento, no século passado, em que a elite pensante do Brasil criou a utopia de um País sem tensões sociais e no qual casa grande e senzala celebraram com sexo suas núpcias apaziguadoras. Não provoque nenhuma feminista, porque ela vai revidar que o que houve foi Continuar Lendo

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Luiz Carlos Merten, O Estado de S.Paulo

Houve um momento, no século passado, em que a elite pensante do Brasil criou a utopia de um País sem tensões sociais e no qual casa grande e senzala celebraram com sexo suas núpcias apaziguadoras. Não provoque nenhuma feminista, porque ela vai revidar que o que houve foi uma cultura da prepotência masculina – e do estupro – que persiste até hoje. A novela das 9, Segundo Sol, mostra que essas feridas ainda sangram com o personagem Roberval.

A Vermelho Profundo, empresa produtora nordestina – da Paraíba – garimpou editais públicos que privilegiavam o período da escravidão para fazer o longa em cartaz. OK, O Nó do Diabo pode não ser o Corra! brasileiro, mas ambição não falta ao filme que conta sua história através de cinco personagens.

São quatro os diretores – Ramon Porto Mota assina o primeiro e o último e os demais são creditados a Ian Abé, Gabriel Martins e Jhésus Tribuzi. A narrativa retrocede, já que se trata de ir às origens da perversa estrutura social brasileira. Começa em 2018 e recua no tempo – 200 anos, até 1818. Dois séculos de opressão e resistência. As histórias intermediárias situam-se em 1987, 1921 e 1871.

A primeira mostra um capataz contratado para impedir a invasão da antiga fazenda dos Vieira. Para expressar a intolerância no Brasil atual, mata negros, gays e mulheres. A segunda mostra casal que busca emprego e é acolhido na casa senhorial. Acolhido não é bem o termo. A brutalidade da classe dominante se manifesta no reuso de instrumentos de tortura.

Na terceira, duas irmãs, uma rebelde, outra mais mansa, são forçadas a servir o senhor e seu visitante na sala e na cama. A história termina num banho de sangue. Na quarta, escravo fugitivo atravessa uma inóspita paisagem de pedra. Busca o quilombo, é perseguido por capitães do mato. Na quinta, a resistência é no próprio quilombo, aonde chegam Zezé Motta e Isabél Zuaa, de As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra. Os orixás são convocados e atendem os mortos-vivos.

Há algo de Corra!, sim, no desconforto que sentem os personagens do episódio de 1987, o segundo. Não é a urbanidade de As Boas Maneiras. É um mundo mais bárbaro e primitivo. Um horror político e social é coisa rara. Merece (toda) atenção.

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Paraíba

Segundo Turno: Pesquisa TV Cabo Branco/Globo aponta Cícero com 58% dos votos contra 31% de Queiroga

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Redação do Portal da Capital

O prefeito Cícero Lucena (Progressistas) aparece na frente na disputa em segundo turno da Prefeitura de João Pessoa, de acordo com a primeira pesquisa realizada pela TV Cabo Branco/Globo. Ele tem 58% das intenções de votos, e Marcelo Queiroga (PL) 31%. Os votos brancos e nulos e quem diz que não vai votar somam 9%. Já os eleitores que declararam estar indecisos são 2%.

Rejeição
Ao serem perguntados sobre “o que você diria que te dá mais medo hoje?”, 50% dos entrevistados responderam temer eleger Marcelo Queiroga, 26% reeleger Cícero Lucena, 4% que os dois sejam eleitos, 14% nenhum dos dois e 6% não sabe ou não respondeu.

Gestão aprovada
A pesquisa da TV Cabo Branco/Globo também aponta que 57% dos eleitores de João Pessoa avaliam o governo do atual prefeito Cícero Lucena positivamente e 12% como negativo. Outros 30% avaliam a gestão como regular e 1% dos entrevistados não responderam ou não souberam responder.

A consulta contratada pelo grupo Globo/TV Cabo Branco, realizada pela Quaest Consultoria e Pesquisa, está registrada sob o número PB-07476/2024 , quando foram entrevistados 852 eleitores, entre os dias 14 e 16 de outubro. O nível de confiança das estimativas é de 95% e a margem de erro máxima prevista é de cerca de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Paraíba

Laureano realiza mutirão de cirurgias para combater câncer de mama e Dia D da Mamografia

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Redação do Portal da Capital

Em alusão ao Outubro Rosa, o Hospital Napoleão Laureano (HNL) realizou mutirão de cirurgias oncológicas para retirada e reconstrução de mama em 10 pacientes que aguardavam na fila para realização dos procedimentos. Nesta quinta-feira (17) também aconteceu o Dia D da Mamografia, em que mais de 100 mulheres de João Pessoa e diversas cidades da Paraíba realizaram o exame para detecção de nódulos mamários de forma gratuita, incentivando o autocuidado e a prevenção ao câncer de mama.

Para realização do mutirão foi necessário a união de quase 40 profissionais que se disponibilizaram para adiantar tais procedimentos operatórios. “Hoje, conseguimos trazer ao Laureano 12 médicos, entre mastologistas, anestesiologistas, residentes e cirurgiões plásticos, para que pudéssemos operar com maestria e sem intercorrências. O que a gente leva hoje daqui é a experiência de trabalhar todo mundo junto em prol dessas pacientes. O maqueiro, o pessoal da limpeza, as técnicas de enfermagem, as enfermeiras, os residentes e os médicos, estão todos envolvidos com essa ação e isso é muito gratificante. Ver todo mundo trabalhando com amor para devolvermos a esperança para essas mulheres guerreiras”, destaca a médica coordenadora do setor de mastologia do HNL, Juliana Gadelha.

De acordo com a médica, o mutirão é realizado a fim de dar celeridade aos procedimentos que seriam realizados em novembro ou dezembro, já que após o ‘Outubro Rosa’ aumenta o número de pacientes diagnosticadas com o câncer de mama e consequentemente o número de mastectomias ou de reconstrução mamária. Abrindo, assim, espaço na agenda das cirurgias que possam estar por vir nos próximos meses.

Para a paciente Ana Paula, o adiantamento da cirurgia para retirada da mama chegou em boa hora para que ela possa ter qualidade de vida. “Confio demais nos profissionais daqui, já me sinto uma vitoriosa. Aproveito para incentivar as mulheres a fazerem suas mamografias todo ano, porque quanto mais cedo se descobrir melhor”, ressalta a paciente do Laureano que retirou e fez a reconstrução da mama no mutirão.

Já o Dia D da Mamografia atendeu mais de 100 mulheres com mais de 45 anos que vieram realizar o exame que primordial no diagnóstico ou prevenção do câncer de mama. Muitas delas realizaram o procedimento de forma inédita. “Sou da cidade de Sapé e é a primeira vez que faço esse exame de mama, vim ao Laureano para fazer a mamografia e fui muito bem acolhida e amei participar desse momento”, comentou a professora Maria da Penha.

O setor de enfermagem, de nutrição e do Centro de Diagnóstico por Imagem (CADI) do HNL preprarou m um espaço de acolhida e serviço de coffee-break para receber as participantes do Dia D, além de uma decoração toda cor de rosa na sala de espera. “Quem trabalha aqui no Laureano, é por dedicação ao próximo. Mas, hoje, a gente consegue externar de uma forma mais evidente todo esse sentimento. Só temos que agradecer a todos que participaram. Certamente todas essas ações farão diferença nas vidas dessas mulheres”, declarou a coordenadora do CADI Janaína Araújo.

Para alegrar as pacientes que aguardavam sua vez de fazer a mamografia, teve ainda apresentação do Coral dos servidores do TCE-PB e dos alunos do professor Thompson, da Escola Cônego Francisco. Um dia inteiro repleto de músicas que alimentaram a fé de todos os presentes; inclusive dos demais pacientes do Laureano.

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Paraíba

Gabriela: conheça o drama da bebê cardiopata internada em JP que não consegue cirurgia na Paraíba

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Redação do Portal da Capital

É comovente o drama de uma bebê com menos de dois meses de idade que já luta pela vida no leito da UTI Neonatal instalada no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HUWL), em João Pessoa.

A bebê, que recebeu o nome de Raylla Gabriela Duarte Silva, está internada desde o quinto dia de vida e após ser diagnosticada com uma doença de alta complexidade cujo tratamento, que envolve cirurgia, só pode ser feito fora do Estado da Paraíba.

De acordo com o laudo médico da bebê, ela é portadora de “cardiopatia congênita complexa cianogênica do tipo Hipoplasia importante da Aorta Transversa + Cor Triatriatum + Hipertensão Pulmonar + CIV muscular + CIA + Dilatação importante das câmaras direitas“, uma deficiência cardíaca tão rara que os equipamentos necessários para a intervenção coronariana não existe em âmbito estadual.

A família, que é origem humilde, precisa de toda ajuda possível para poder viabilizar o tratamento que a criança necessita para sobreviver. Porém, não possui conhecimento e muito menos condições financeiras para agir sozinha com sucesso e contra o tempo.

Luciene da Silva, de 31 anos, mãe da bebê, contou a nossa reportagem, ter sido informada de que esse tipo de cirurgia só pode ser feita em uma das três unidades hospitalares do país com aparelhagem específica para este tipo de procedimento. Os hospitais, segundo Luciene, estão localizados em Recife, Pará e São Paulo.

Ainda de acordo com a mãe de Gabriela, desde que a criança nasceu que ela, praticamente, está “morando” nas dependências do HU onde amamenta e acompanha a filha, que está sobrevivendo graças a um medicamento específico disponibilizado pelo hospital.

Para tentar apressar a transferência, Luciene já recorreu inclusive às vias judiciais porém, sequer, ainda não obteve resposta e, sabe que, quando obtiver, terá que enfrentar outra batalha: a de conseguir dinheiro para se manter num outro Estado, sem parentes ou amigos, enquanto a filha estiver internada.

A mãe de Gabriela é casada, ajudante de cozinha e está desempregada desde o nascimento da primeira filha, de 01 (um) ano e 04 (quatro) meses. Já o marido, é autônomo e trabalha ajudando a carregar carga de metralhas em caçamba de caminhão. A família mora na comunidade João Paulo II, no bairro do Geisel e precisa de toda ajuda possível para salvar a vida da pequena Gabriela.

Diante da situação, a redação do @portaldacapital, decidiu divulgar a história da criança na esperança de que o poder público, ou privado, e até de que colegas da imprensa se sensibilizem e se apressem em socorro da família, em especial, da pequena Raylla Gabriela, que mal chegou ao mundo e já vive um desafio que pode custar a própria vida.

Clique aqui e confira o laudo médico da bebê.

Confira imagens:

 

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