Pelo quarto ano consecutivo, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) se mantém como a empresa de saneamento do Nordeste que menos desperdiça água. O dado faz parte do novo estudo do Instituto Trata Brasil, com base em números de 2016 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado nesta quinta-feira (7). Em 2016, a Paraíba registrou uma taxa de 36% em relação a perdas na distribuição, índice muito abaixo do que a média da região Nordeste (46%) e do Brasil (38%).
Dentre os 100 municípios citados no estudo, Campina Grande aparece com destaque. Campina é o segundo município do país com melhores índices em perdas de faturamento total, com -1,89%, ficando atrás apenas de Vitória da Conquista (BA). O índice de perdas de faturamento total mede a água produzida e não faturada, levando em conta o volume de serviços. nos demais rankings do estudo do Trata Brasil, Campina Grande também aparece entre os municípios com mais eficiência na gestão – perdas por ligação (4º lugar do país) e perdas na distribuição (9º do país).
Já João Pessoa é a segunda capital mais eficiente do Nordeste em relação à contenção de perdas na distribuição de água, com 38,61%, ficando atrás apenas de Aracaju (33,45%). Chama-se de perdas na distribuição a diferença entre a água produzida e a efetivamente consumida, tanto medida quanto estimada. Por exemplo, é o desperdício que acontece quando o hidrômetro está quebrado, assim como o que se perde devido a vazamentos e ligações clandestinas.
De acordo com o presidente da Cagepa, Hélio Cunha lima, o destaque positivo do Estado é resultado de um trabalho contínuo da empresa. “O levantamento mostra que a Cagepa vem reduzindo esse número ano a ano. Isso é fruto de um planejamento estratégico em busca da eficiência e economia. Tanto é assim, que ao longo do atual Governo conseguimos reduzir as perdas no estado de aproximadamente 48% em 2011 para 36% atualmente”, disse.
O assessor para Assuntos Regulatórios da Cagepa, Ricardo Benevides, detalhou os investimentos que a Cagepa vem fazendo para minimizar as perdas. “Alguns exemplos são a mudança do teleatendimento da Cagepa para receber chamadas via celular, que otimizou o contato com a população e agilizou o tempo de retirada de vazamentos; a automação de sistemas, os quais são monitorados à distância, tornando o controle de vazamentos mais eficaz; a política de substituição de hidrômetros, que minimiza as perdas de faturamento; além das fiscalizações de ligações clandestinas. E a perspectiva é que os próximos levantamentos tragam resultados ainda mais positivos”, adiantou.