Estudos realizados pela Fundação SOS Mata Atlântica mostram que a qualidade da água de rios e córregos da Paraíba está no limite considerável para o uso humano. Para o deputado estadual Jutay Meneses (PRB), as pesquisas são preocupantes e mostram que é preciso medidas de correção e também ações de conscientização para preservação dos mananciais. O parlamentar aproveitou o Dia do Meio Ambiente, celebrado nesta terça-feira, 5 de junho, para fazer um alerta sobre o problema.
Jutay lembrou que a Fundação vem fazendo um monitoramento ano a ano sobre a qualidade das águas de rios paraibanos e os resultados não são satisfatórios. Para ele, além da preocupação com água para o consumo humano, a pesquisa chama atenção para outro ponto importante: a atividade pesqueira no Estado. “A qualidade dos nossos rios está diretamente ligada ao setor produtivo da pesca. Se temos águas poluídas, menor as chances de termos a reprodução saudável dos peixes e isso prejudica toda a nossa capacidade produtiva”, comentou.
A pesquisa da Fundação SOS Mata Atlântica realizada entre março de 2017 e fevereiro de 2018, foi feita nos rios Bomba, em João Pessoa; Passassunga, em Caaporã; três trechos do Rio Mamanguape, no município de mesmo nome; e Preto, em Santa Rita. Segundo o levantamento, todos os 6 pontos de coleta avaliados no período, possuem qualidade de água em situação regular, ou seja, distante do satisfatório para uso humano. Os dados foram obtidos por meio de coletas e análises mensais de água realizadas por cinco grupos de voluntários do programa “Observando os Rios”.
Já análise realizada entre março de 2016 a fevereiro de 2017, verificou 10 pontos. Nenhum deles apresentou qualidade boa ou ótima, enquanto 60% dos avaliados estavam em situação regular e 40% com qualidade ruim ou péssima. A avaliação foi feita em cinco municípios, aferindo a qualidade das águas dos Rios Tambiá e Gramame.
“Neste Dia Mundial do Meio Ambiente precisamos olhar para os nossos recursos naturais de modo preservá-los, pensando no futuro, mas também enxergando os estragos e os prejuízos que causamos a nossa geração atual, quando degradamos ou não nos preocupamos em reduzir o consumo. Os problemas não são para amanhã. Os problemas já nos atingem hoje”, alertou.