Milton Figueiredo
Tem coisas nessa vida que são difíceis de entender e, principalmente, de explicar.
Quando o nome de Lucélio Cartaxo foi confirmado como o pré-candidato de parte das oposições na Paraíba, visando o Palácio da Redenção, nas eleições deste ano, Ricardo Coutinho chegou a comemorar publicamente, dizendo que a campanha estaria já liquidada e que ganharia todo e qualquer debate.
Não quero dizer aqui que concordo ou discordo do atual governador, nem tampouco fazer qualquer juízo de valor sobre o tema posto. Mas, como raciocinar e observar a conjuntura não é exclusividade de ninguém, não custa nada refletir.
Afinal, se Lucélio tem características que não ameaçam a candidatura do governo, por que estaria sofrendo ataques de Ricardo, dos Girassóis e por parte daqueles que estão a serviço da Granja Santana?
Sem querer, mais uma vez, emitir qualquer juízo de valor, se Luciano e Lucélio Cartaxo não têm o que apresentar à sociedade de serviços sociais prestados, que possam ser considerados relevantes, por que Ricardo Coutinho não falou isso na sua campanha de reeleição? Lá, não somente precisou fundamentalmente dos Cartaxo para formar uma coligação, que foi decisivo para ir para o segundo turno, bem como teve Lucélio candidato a senador em sua chapa. Na ocasião, Ricardo Coutinho pegava na mão de Lucélio e levantando seu braço e dizia: “ESSE É O CARA!”.
O mais curioso de tudo, para quem quer exercer o mínimo de memória, é que Lucélio foi secretário do governo de Ricardo, há muito pouco tempo, tendo sido escolhido, convidado e nomeado pelo atual governador.
Me parece que a verdade é que desde que Lucélio começou a pegar a estrada e receber declarações oficiais de apoios, praticamente todos os dias, dos maiores colégios eleitorais da Paraíba, se aliando a isso as pesquisas que chegam na Granja Santana, as noites de sono não tem sido mais as mesmas.
Tem coisas que são difíceis de explicar.
Outras são difíceis de entender.
E para todas existe Sigmund Freud!