Nos acompanhe

Paraíba

MP promove workshop sobre lei que torna obrigatório depoimento especial de crianças

Publicado

em

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) vai promover, na próxima sexta-feira (4), um workshop sobre depoimento especial e escuta especializada de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. O evento voltado a promotores e procuradores de Justiça e a profissionais da rede de proteção do público infanto-juvenil tem como objetivo discutir a Lei 13.431/2017 e cobrar o cumprimento dela, sobretudo no que diz respeito à estruturação dos tribunais, delegacias e demais órgãos, para que crianças e adolescentes que sofreram ou presenciaram algum tipo de violência (física, psicológica etc) possam ser ouvidos por profissionais preparados e treinados, em ambientes adequados e obedecendo a protocolos que visam, acima de tudo, proteger a vítima.

Para o promotor de Justiça Alley Escorel, que coordena o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente do MPPB, a lei que foi sancionada em 2017 e entrou em vigor no último dia 5 de abril, significa um avanço porque, antes dela, esse atendimento humanizado fica a critério e dependia da sensibilidade de cada tribunal. “A lei torna obrigatória a escuta e o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência ou testemunha e é preciso que todos os operadores do Direito e todas as pessoas que integram o Sistema de Garantia de Direitos estejam cientes dessa modificação para que possamos colocá-la em prática, para que possamos reivindicar, nos estruturar e organizar para que se coloque em prática essa oitiva humanizada, que nada mais é do que respeitar as peculiaridades próprias da vítima”, explicou.

A Lei 13.431/2017, segundo Alley, também prevê como possibilidade – e não obrigação – a atuação integrada de diversos órgãos com a criação de Centros Integrados, como o que existe em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Lá, há um hospital público que é referência no atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, onde a vítima recebe todo o apoio psicológico e assistência jurídica, tem um delegado para instaurar o procedimento, tem o perito para fazer a perícia, sem que ela tenha que se deslocar ao Gemol ou Instituto de Polícia Científica”, explicou.

Outra mudança significativa trazida pela lei é que, crianças menores de sete anos de idade e crianças e adolescentes de qualquer idade vítimas de abuso sexual deverão ser ouvidas uma única vez, cabendo, nesses casos, o rito cautelar de antecipação da prova. De acordo com a lei, um novo depoimento somente poderá ocorrer, se considerado imprescindível pela autoridade competente e com a concordância da vítima ou da testemunha. A medida também requer maior preparo dos operadores do Direito e dos profissionais que vão lidar com essas vítimas.

O workshop

O workshop terá palestras da promotora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Denise Casanova Villela, que desenvolve um trabalho sobre atendimento crianças e adolescentes vítimas de violência sexual; e da psicóloga do MPRS, Ana Paula Schmidt Lourenço.

Conforme explicou o promotor de Justiça Alley Escorel, na parte da manhã, serão abordadas questões como as implicações que a lei traz em diversos segmentos e áreas e à tarde, a psicóloga do MPRS vai mostrar o que deve ser seguido, de acordo com os protocolos previstos na lei, para que a criança seja ouvida de forma diferenciada.

Confira a programação:

8h – Credenciamento

8h30 – Mesa de Abertura

9h – Palestra: Os desafios da Escuta Especializada e do Depoimento Especial à luz da Lei Federal nº 13.431/2017
Palestrante: Denise Casanova Vilella – promotora de Justiça Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância da Juventude e da Educação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

10h30 – Mesa Redonda – Debates

12h – Intervalo

14h – Palestra: Protocolos para Escuta Especializada e Depoimento Especial de crianças e adolescentes
Palestrante: Ana Paula Schmidt Lourenço – psicóloga do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

15h30 – Mesa Redonda – Debates

17h – Encerramento

Continue Lendo

Paraíba

Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

Continue Lendo

Paraíba

Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

Continue Lendo

Paraíba

Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

Continue Lendo