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Usinas são parceiras estratégicas na preservação remanescente de Mata Atlântica

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Atualmente, a Paraíba tem apenas 8,5% de remanescentes de Mata Atlântica índice bem menor que a média nacional, que fica em torno de 12,4%, de acordo com o último levantamento de 2015 do INPE e da SOS Mata Atlântica. E essa reserva está muito concentrada, tanto em termos de área, quanto de conexão entre elas, entre quatro usinas sucroalcooleiras, a Japungu, Miriri, Monte Alegre e São João. Juntas, essas unidades industriais detêm uma área de, aproximadamente, nove mil hectares de mata que, segundo o pesquisador e biólogo da UFPB, Pedro Cordeiro Estrela, é a ‘arca de Noé’ da Mata Atlântica paraibana.

De acordo com o pesquisador, que foi um dos palestrantes e organizadores do seminário “Diálogos de Sustentabilidade no Setor Sucroalcooleiro: Fauna e Floresta”, que aconteceu, nos dias 19 e 20 último, na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, as usinas são parceiros estratégicos e essenciais para manutenção de toda a diversidade da Mata Atlântica paraibana. “As indústrias paraibanas contribuem de uma forma imensa para a preservação. Só a Japungu, que é o exemplo mais emblemático de todos, tem duas reservas privadas de proteção da natureza as RPPN’s, a do Engenho Gargaú e Pacatuba, que totalizam cerca de 1.200 hectares. Essas duas reservas geraram quase tanta informação quanto a Reserva Biológica Guaribas, que pertence ao Governo Federal”, destaca Pedro Estrela.

Ele lembra que a reserva Guaribas, que fica em Mamanguape, foi criada para preservar o macaco Guariba –de-mãos-vermelhas, que é um animal que existe também na Amazônia. “Esse animal desapareceu da reserva Guaribas e foi achado na RPPN Pacatuba, que é da Japungu, alguns desses animais foram realocados de uma reserva privada, pertencente à usina, para serem reintroduzidas em uma reserva federal. Essa foi uma contribuição imensa, pois esses animais estão ameaçados de extinção. As usinas daqui preservam e geram informação científica por essa preservação, pois temos uma centena de trabalhos acadêmicos, entre trabalhos de conclusão de curso, projetos de iniciação científica, de mestrados e doutorados e disciplinas de campo desenvolvidos nestas áreas, desde 1984”, atesta o pesquisador.

Ainda segundo Estrela, a área que compreende cerca de nove mil hectares e que pertence as usinas Miriri, Japungu, São João e Monte Alegre, que fica à esquerda da BR 101, indo para Mamanguape, é um conjunto de matas importantíssimo. “Se tirarmos esses fragmentos, é o mesmo que dissolver toda a Mata Atlântica paraibana. Então uma das coisas que estamos a sugerindo é que essa área fosse convertida em reservas”, destaca ele. “Essa é uma sondagem que foi feita e debatida entre os representantes da Academia e os gestores ambientais das usinas. É uma indicação, mas a gente não sabe se vai avançar porque existem uma série de procedimentos legais a serem adotados, porém seria uma das maiores reservas privadas de toda a Mata Atlântica”, destaca o pesquisador, reiterando o potencial que isso daria em termos de mudança de perspectiva socioambiental, de consciência e resultados concretos de formação de centenas de pesquisadores que estudam essas matas na Paraíba. “Esses remanescentes florestais, fornecem serviços ecossistêmicos importantes de regulação de clima, regulação hídrica, mas também serviços de biodiversidade, tais como, controle de pragas e polinização”, lembra ele.

Para o diretor do Sindalcool, Edmundo Barbosa, que foi quem fez a abertura do evento com uma palestra sobre o Renovabio, o seminário atingiu seus objetivos. “A proposta era debater e formular uma agenda de interesses convergentes dentro do quadro do Renovabio e conseguimos isso. O nosso diálogo estreitou os laços entre o setor produtivo e a academia que é quem detém a maior parte das informações sobre a biodiversidade que ocorre dentro dos fragmentos florestais da Mata Atlântica, que pertencem em grande parte as usinas e aos produtores de cana paraibanos”, afirma Edmundo.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, também avalia que o Seminário foi um diálogo importante entre o setor sucroalcooleiro, compreendido pelas indústrias e produtores, e os setores ambientais que englobam o terceiro setor e a academia. “Precisamos unir forças e conhecimentos para não apenas debatermos, mas encaminharmos propostas dentro do quadro da nova política para biocombustíveis, que é a Renovabio e debatemos aqui assuntos que são importantes para essa agenda”, destacou o dirigente da Asplan. Neste aspecto, ele lembrou que absurdos como o que propõe a fabricação de um carro híbrido, que use energia e ao mesmo tempo gasolina, não podem ser aceitos. “É um contra senso propor a operação de um carro que use um combustível fóssil, altamente poluente, como a gasolina, junto com o uso da energia”, criticou José Inácio.

O representa te da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, outro palestrante do evento, lembrou que tanto as empresas, quanto os produtores devem se certificar ambientalmente para acessar ao mercado de Carbono que foi criado pelo Renovabio. “É preciso estar em sintonia com as diretrizes do Programa, que vai calcular a eficiência energética em termos de emissão de Carbono de cada produtor”, disse ele, reiterando a necessidade dos produtores estarem em dia com a legislação, certificados ambientalmente e com o Cadastro Ambiental Rural concluído.

A representante da UFPE, Jakelyne Sousa, apresentou um estudo recente, que atesta que a produtividade da cana é maior perto dos fragmentos florestais do que distantes deles. “A presença dessa Mata Atlântica é um fator de produtividade mais alta da cana-de-açúcar. Um dos fatores que atesta isso é a precipitação que é acarretada próxima das matas, a chamada Brisa de Mata, que ocorre quando o ar passa em cima da mata se carrega de umidade e quando ele chega na área da cana, que é mais seca, essa precipitação condensada cai. Esse é um dos efeitos. Há outros que ainda não foram testados cientificamente”, disse ela.

Jakelyne lembrou ainda que existe uma lacuna de quantificação dos serviços ambientais prestados pelas matas na produtividade da cana. “A gente não sabe quantificar o quanto essas matas geram, por exemplo, de recursos hídricos, a gente só observa que tem uma maior produtividade, que os recursos hídricos dependem da mata, mas não tem experimentos que comprovem isso. É empírico, a gente observa mas não sabe o mecanismo, pois os ecossistemas são complicados e dependem de muitas interações entre plantas, animais, atmosfera e solo, então não há uma agenda de pesquisa para valorizar esses serviços e permitir que haja um entendimento, uma sinergia entre o ambiente e a produção”, destacou ela.

A representante da SOS Mata Atlântica, Erika Guimarães, ressaltou que existem, há mais de 30 anos, pesquisas nestes ecossistemas, nestes fragmentos de Mata Atlântica que pertencem as usinas, mas inexiste uma síntese de todas essas informações. “Nestas três décadas, pesquisadores estudam fauna, flora dentro destes fragmentos, mas ainda não existe um estudo mais organizado sobre tudo isso”, disse Erika. O Seminário contou ainda com a apresentação de projetos agroecológicos das usinas Miriri, Japungu e Monte Alegre, que incluem desde a preservação e conservação das reservas de Mata Atlântica até a adoção de práticas cotidianas nas unidades que aliam harmonicamente o compromisso ambiental à atividade produtiva e industrial das unidades.

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School of Rock: maior rede de escolas de música do mundo chega a João Pessoa

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Redação do Portal da Capital
A capital paraibana vai ganhar um novo ritmo com a chegada da School of Rock, a maior rede de escolas de música do mundo. Com uma metodologia que foge dos padrões tradicionais e coloca a prática em primeiro lugar, a escola promete transformar a maneira como a música é ensinada. O tão aguardado lançamento em João Pessoa está marcado para o final de outubro e vai trazer uma proposta que já conquistou milhares de pessoas pelo mundo. E o melhor: as aulas experimentais gratuitas já podem ser agendadas para alunos de todas as idades e níveis de habilidade.
Fundada em 1998, na Filadélfia, servindo como fonte de inspiração para o filme homônimo estrelado por Jack Black, a School of Rock nasceu da visão de um professor que queria mais do que apenas ensinar teoria musical. Ele buscava engajamento verdadeiro dos alunos, criando uma metodologia que ensina música combinando aulas em formatos individuais e ensaios de elencos, culminando em shows nos principais palcos da cidade. O conceito revolucionário foi patenteado como SongFirst®️, onde os alunos aprendem clássicos do rock para dominar as técnicas musicais. “Nós fazemos shows para ensinar música”, diz o lema.
A School of Rock proporciona um ambiente acolhedor e seguro, onde o bem-estar dos alunos é prioridade. Com aulas de violão, guitarra, baixo, bateria, teclado, piano e canto, a School of Rock atende desde crianças de três anos até adultos, com programas que se ajustam às diferentes faixas etárias e níveis. A escola conta com turmas variadas, como o Little Wing e Rookies para os pequenos, Rock 101 para iniciantes, até chegar ao Performance e Adult, para aqueles que já possuem experiência musical. Seja você iniciante ou experiente, há sempre espaço para aprender enquanto se diverte. “Somos uma comunidade apaixonada por música, dedicada a enriquecer vidas e queremos oferecer mais que música. Queremos criar uma experiência transformadora, onde os alunos não apenas aprendem a tocar, mas também ganham confiança, interagem e crescem juntos”, afirma Emílio Honório, proprietário da unidade em João Pessoa.
Rock Experience – Em alguns pontos estratégicos da cidade, o público já pode ter um gostinho da metodologia – que não só ensina música, mas também incentiva a socialização e o trabalho em equipe – por meio do Rock Experience. A School of Rock convida a comunidade a participar de uma série de eventos interativos em locais públicos de João Pessoa: quem estiver por perto poderá subir ao palco, pegar um instrumento ou microfone e se juntar à experiência no melhor estilo colaborativo. A próxima apresentação será no dia 28 de setembro, no Mag Shopping, das 16h às 18h.
Além de vivenciar o Rock Experience, os apreciadores esse da música já podem agendar aulas experimentais gratuitas pelo WhatsApp (83)99193-3000, https://www.schoolofrock.com.br/unidades/joaopessoa ou Instagram @schoolofrock.jpa, são uma excelente oportunidade para vivenciar o ambiente único da escola. Localizada na Av. Pombal, 509, Manaíra, a School of Rock funcionará de segunda a sexta, das 13h às 21h, e aos sábados, das 9h às 14h.
Serviço:
* Inauguração: Final de outubro
* Endereço: Av. Pombal, 509 – Manaíra
* Horário de funcionamento: Segunda a sexta, das 13h às 21h; sábado, das 9h às 14h
* Contato para agendamento de aulas experimentais: WhatsApp (83) 99193-3000
* Instagram: @schoolofrock.jpa

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Grupo de teatro apresenta comédia gratuita em igreja de João Pessoa

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Redação do Portal da Capital

O grupo de Teatro da Igreja Batista Farol apresenta gratuitamente nesta sexta-feira (20), a comédia ‘ A Família Cruz em: a visita ’. De acordo com o diretor do teatro, Thibério Cezar, a peça autoral é inspirada em famosos seriados de comédia da televisão brasileira como ‘Sai de Baixo’ e ‘Toma Lá, Dá, Cá’.

A história conta sobre a família Cruz, que por não lembrarem que iriam receber a visita do pastor e da sua esposa, acabam sendo surpreendidos com a vinda do casal e tem pouco tempo para se preparem. Então, os integrantes da família farão uma verdadeira ‘corrida contra o tempo’ para fazer o almoço, arrumar a casa e ao mesmo tempo, fazer de tudo para aparentarem ser uma ‘família perfeita’.

“É uma bagunça para a família conseguir se preparar em pouco tempo. Eles começam a perceber que tem muita coisa para concertar, mas não vai dar tempo”, explica Thibério, “A trama vai ser justamente como eles vão fazer tudo e tentar demonstrar que são uma família perfeita para o pastor. Vai ser muito escancarado como eles não são nem um pouco perfeitos”.

Ainda de acordo com o diretor do teatro, o roteiro foi adaptado com referências da atualidade para que o público possa se identificar. “A gente vai puxar um pouco dessa ‘comédia pastelão’ com o objetivo de dar uma caracterização bem interessante para os personagens”, afirma.

Além de divertir o público, o grupo também quer levar uma mensagem de reflexão que será aplicada ao final da peça. “Queremos que a pessoa saia se divertindo e com uma mensagem no coração”.

O elenco conta com 10 atores, além da equipe responsável pelos bastidores, produção e técnica, totalizando cerca de 16 pessoas trabalhando para que a apresentação aconteça. “Nosso principal objetivo é ter uma referência na cidade de comédia cristã”, completa Thibério.

A peça ‘ A Família Cruz em: a visita ’ tem entrada gratuita e é para toda a família. A apresentação será nesta sexta-feira, às 19h30 na Igreja Batista Farol (templo novo), localizado na Rua Afonso Barbosa de Oliveira, 1777, Lot. Oceania III, em João Pessoa.

‘Família Cruz’
A família Cruz, idealizada e apresentada pelo Teatro da Farol, surge com o objetivo de ser uma referência de comédia cristã em João Pessoa. Trazendo um humor sadio, leve e cristão, o objetivo do grupo é planejar futuros roteiros e aventuras que serão protagonizados pela família Cruz.

Serviço
Evento: Comédia teatral ‘A Família Cruz em: a visita’
Local: Igreja Batista Farol (templo novo), Rua Afonso Barbosa de Oliveira, 1777 – Lot. Oceania III, João Pessoa – PB, 58031-120
Data: sexta-feira, 20 de setembro
Horário: às 19h30
Entrada gratuita

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Quadro do estilista Luiz Antônio Cunha, na Tv Tambaú, é sucesso de audiência entre as mulheres

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Redação do Portal da Capital
O estilista e proprietário da Maison Guilhermina, Luiz Antônio Cunha, conquistou o público com o quadro Red Carpet, exibido na TV Tambaú (SBT), no programa Com Você, de Fernanda Albuquerque. Gravado na Maison Guilhermina, em João Pessoa, o quadro já se tornou uma vitrine para enaltecer mulheres influentes e seus estilos únicos que passam pelo seu tapete vermelho.
Personalidades como Alê Pessoa, Jéssica Gambarra, Gabriela Vasconcelos, Eutilia Freire, Ediane Maracajá, Talissa Mozzini e Geiza Rabelo já tiveram suas histórias e estilos revelados, mostrando ao público a importância da moda na vida profissional e pessoal de cada uma delas. “A escolha das mulheres é feita pelo destaque delas na sociedade.  São  mulheres que admiro e que são referência em sua profissão e atuação,” explica o estilista.
O quadro Red Carpet vai além da moda, é um espaço para conversas inspiradoras sobre empreendedorismo e o impacto positivo que grandes mulheres têm na sociedade. A apresentadora Fernandinha Albuquerque também destaca a importância do projeto.“O Red Carpet é uma excelente iniciativa do Luiz Antônio para contar histórias de mulheres inspiradoras, aliadas à moda. É um conteúdo que agrega muito ao nosso programa e aos nossos telespectadores.”
Onde assistir – O quadro vai ao ar nas segundas quintas-feiras de cada mês, às 13h, no programa Com Você, e pode ser assistido pela TV Tambaú no canal 5,  pelo YouTube no canal oficial da TV Tambaú pelo link youtube.com/@tvtambauoficial, e na transmissão ao vivo do portal T5 portalt5.com.br/tv-tambau/ao-vivo/, de segunda a sexta, às 13h.
Sobre a Maison Guilhermina –  Um dos mais notáveis símbolos de elegância no Nordeste, a Maison Guilhermina é referência em alta costura aliada às últimas tendências da moda. Com unidades em Natal (RN) e em João Pessoa (PB), a marca combina moda, arte e solidariedade, com a realização de eventos beneficentes em prol de instituições carentes. Em João Pessoa,  a Guilhermina fica localizada na Av. Edson Ramalho, 560 – Manaíra. O horário de atendimento é de segunda a sexta das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 13h. Para saber mais sobre a Guilhermina e conferir as novidades da loja, o instagram é @guilherminaloja e o telefone (83) 99316-2936.

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