O deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB) apresentou um pedido de informação na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) cobrando do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, informações sobre a violência em Campina Grande e no compartimento da Borborema. O parlamentar também questionou a gestão estadual sobre as providências pontuais de enfrentamento à violência na região.
“O Campinense e demais cidadãos do Compartimento da Borborema convivem com um crescimento de roubos, de assaltos, a qualquer hora do dia ou da noite. Estabelecimentos bancários e comerciaissendo arrombados sistematicamente sem uma resposta mais incisiva por parte da Segurança Pública. Isso é um absurdo e o Estado precisa dar uma resposta à população”, comentou Bruno.
O parlamentar destacou o assalto a uma agência dos Correios ocorrido nesta quinta-feira (5) em Campina Grande com pelo menos três reféns. “Isso mostra a ineficiência da gestão de segurança pública do Estado. Enquanto a população é feita de refém por bandidos, o governador Ricardo Coutinho cria uma guarda pessoal em benefício próprio”, afirmou.
De acordo com o deputado, dados mostram que enquanto em João Pessoa, o número de homicídios diminuiu de 350 para 298 mortes, em um ano (redução é de 14,8%),em Campina Grande, houve aumento de 133 CVLIpara 153, entre 2016 e 2017. A alta é de 15%, segundo os dados da própria Secretaria.Apenas esse ano já foram registrados 29 assassinatos em Campina Grande.
Um dos casos foi a morte do adolescente Veridson Oliveira Silva, de 15 anos. Ele foi morto a tiros, na Rua 24 de Maio, no bairro do Tambor. Em 2017, houve um aumento de 15% no número de assassinatos, em Campina Grande, em relação ao ano de 2016. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, no ano passado, foram registrados 153 assassinatos, na Rainha da Borborema, contra 133, em 2016.
“É imprescindível que tenhamos acesso às informações precisas e sem rodeios sobre a violência nessa região paraibana, principalmente de Campina Grande, para que a partir desses dados, aprofundarmos o debate em busca de saídas estratégicas, de forma suprapartidária, sem amarras políticas, mas com o fito de fortalecer o enfrentamento desse mal que de mostra desenfreado ceifando vidas preciosas a cada dia”, destacou Bruno.