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Paraíba

Dia do Fico: Ricardo, Cartaxo e Romero seguem gestos de Ronaldo e Burity

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“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, digam ao povo que fico.” Na história oficial do Brasil, nessas palavras de Dom Pedro I, ficou registrado o “Dia do Fico”, em dia 9 de janeiro de 1822, em que desobedecendo as ordens da Corte Portuguesa, que exigia o seu retorno a Portugal, decidiu permanecer no Brasil. A situação política iniciou-se quando Portugal planejara transformar o Brasil, então Vice-Reinado, novamente numa colônia. Foi um passo importante para Dom Pedro depois declarar a independência do país, destaca reportagem do Jornal da Paraíba.

Com a redemocratização do Brasil e a reintrodução das eleições diretas, o prazo de desincompatibilização de cargos do Poder Executivo obrigou governantes e auxiliares a se afastarem, seis meses das eleições, para concorrerem a cargos eletivos. Todavia, se alguns gestores deixam os cargos, outros permanecem para concluírem os mandatos. Estes protagonizam o Dia do Fico. Em 2018, o dia fatal foi 7 de abril, uma vez que o pleito vai ocorrer em 7 de outubro.

Na Paraíba, três gestores cotados, a priori, para disputar cargos majoritários nas eleições de deste ano proclamaram o Dia Fico, seguindo o gesto, em 1986 , do então prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima, abrindo mão de disputar o governo para permanecer na chefia do Pode Executivo local. No segundo mandato de governador, Tarcísio Burity ficou até o fim no mandato. Já o então governador José Maranhão renunciou ao mandato, em 2002, para disputar o Senado, sendo eleito.

O fico de Ricardo

No segundo mandato, o governador Ricardo Coutinho (PSB) tinha o nome defendido para concorrer ao Senado Federal, mas preferiu ficar no Palácio da Redenção, frustrando a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), que tinha a expectativa de assumir o poder disputar, no cargo, o Executivo estadual. O socialista durante entrevista cravou: “A ninguém se daria o direito de achar que a Paraíba teria um novo Governo. As coisas não caem do céu”. No cargo, é o principal cabo eleitoral do ex-secretário João Azevedo (PSB), pré-candidato ao governo.

O fico de Cartaxo

Antes de Ricardo, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que trocou o PSD pelo PV, já tinha manifestado seu “Dia do Fico”. Sem o apoio unificado da oposição ao seu nome, Luciano desistiu de concorrer ao governo. Ele frustrou o vice-prefeito Manoel Júnior (PSC), que sonhava em assumir a prefeitura. “Concluir na íntegra o meu mandato até o dia 31 de dezembro de 2020 é uma demonstração de coragem, demonstração de compromisso com o nosso povo, com a nossa cidade”, declarou à imprensa e aliados”, pontuou Luciano. Ele vai apoiar o seu irmão, Lucélio Cartaxo (PV), ao Palácio da Redenção.

O fico de Romero

Já o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), protagonizou o “Dia do Fico”, em 7 de abril. Ele também era cotado para disputar o governo, mas não recebeu das forças da oposição no tempo oportuno para o desencanto do vice-prefeito Enivaldo Ribeiro. “Diante da dinâmica dos fatos recentes nessa reta final do prazo oficial para desincompatibilização do cargo, sem poder dispor de um tempo suficiente para dialogar com a cidade e seus segmentos sobre um passo tão delicado e complexo, comunico minha decisão de permanecer na Prefeitura, continuando a dividir a responsabilidade da gestão com o companheiro leal, solidário, íntegro e comprometido de alma com Campina Grande: o vice-prefeito Enivaldo Ribeiro”, justificou Romero em carta aos campinense. Ele declarou apoio a Lucélio Cartaxo e vai tentar emplacar sua esposa, Micheline Rodrigues, na vice.

O fico de Ronaldo

Após ser vereador e deputado estadual, Ronaldo Cunha Lima foi eleito prefeito de Campina Grande, em 1968. Todavia, ele só ficou 43 dias no cargo, tendo o mandato cassado pelo regime militar. No ano de 1982, ele se candidatou novamente a prefeito da Rainha da Borborema, sendo eleito. Além de vitorioso, ganhou mais dois anos de mandato, por conta de uma emenda que prorrogou mandatos, a fim de assegurar a coincidência no calendário eleitoral que nunca avançou no país. Em 1986, chegam às eleições para governador e o nome de Ronaldo é lançado pelo PMDB campinense e lideranças de outras regiões. O senador Humberto Lucena também estava no páreo.

Para disputar o Palácio da Redenção, Ronaldo tinha que renunciar ao cargo de prefeito. Após muitas articulações e reuniões, ele convocou a população para anunciar sua posição. No Parque do Povo, pediu aos presentes que opinassem. No final do pronunciamento, afirmou: “Eu devo renunciar a meu mandato de Prefeito. Tenho até meia-noite para me decidir. Mas para atender à vontade do meu povo, fico. Ficarei até o fim governando Campina Grande para bem servi-la. Aqui, no momento histórico da mais alta responsabilidade para minha vida política, para o destino de Campina Grande e da Paraíba, eu repito o que foi dito há muito tempo atrás, uma frase que ficou na história deste País: se Campina Grande pede e se é pela vontade deste povo, eu digo a este povo que fico”.

Ronaldo concluiu o mandato. Dois anos depois, foi eleito governador em 1990. Renunciou seis meses antes das eleições para disputar uma cadeira no Senado, sendo eleito. Depois, se elegeu deputado federal duas vezes. Ele morreu em 2012. Com o fico de Ronaldo em 1986, Humberto Lucena iniciou a pré-campanha, mas depois abriu mão da postulação para Tarcísio Burity, que se filiou ao PMDB para disputar o governo.

O sai e fica de Burity

Tarcísio Burity, por meio de eleição indireta, como ocorria à época, chegou a governador da Paraíba, em 1979, pela ARENA. Em 1982, renunciou ao cargo, para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, recebendo a segunda maior votação da história da Paraíba: aproximadamente 173 mil votos, sendo superado apenas por Pedro Cunha Lima nas eleições de 2014. Em novembro de 1986, foi eleito, mais uma vez, governador pelo PMDB (desta vez pelo voto popular) e permaneceu à frente do executivo paraibano até o final do mandato. Ele lançou na época João Agripino Neto para concorrer ao Palácio da Redenção. Depois, concorreu às eleições ao Senado, mas não obteve êxito. Burity faleceu em 2003.

Com Braga não teve fico

Com Wilson Braga, praticamente não teve “Dia do Fico”. Ele foi eleito governador do Estado em 1982, derrotando o saudoso Antonio Mariz. Em 1988, Braga elegeu-se prefeito de João Pessoa. Em 1990, renunciou ao cargo para a disputa ao governo do Estado da Paraíba, dando lugar ao vice-prefeito Carlos Mangueira. Braga foi derrotado no segundo turno por Ronaldo Cunha Lima. Para não ficar sem mandato durante esse período, Braga candidata-se a vereador de João Pessoa em 1992, sendo eleito. Renunciou ao mandato, em 1994, para assumir o cargo de deputado federal, sendo reeleito em 1998. Já em 2002, concorre a senador, mas foi derrotado. Depois, foi eleito deputado estadual, encerrando, em seguida, a carreira política.

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Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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Redação do Portal da Capital

A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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