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PGR defende manutenção de prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se, nesta quarta-feira (11), pela manutenção da prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci. Para justificar o posicionamento, ela citou dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que comprovam movimentações financeiras após a prisão, com a clara tentativa de frustrar a aplicação da lei penal. Dodge opinou pelo não conhecimento do habeas corpus, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por perda do objeto e, no mérito, para que fosse negado porque os pressupostos que autorizaram a prisão preventiva ainda persistem, informa reportagem do MPF.

No entendimento da procuradora-geral da República, a sentença condenatória, com manutenção da prisão cautelar, resulta em perda do objeto do habeas corpus porque a ordem de prisão questionada no HC foi substituída por outra determinação que apresentou razões diferentes para a manutenção da prisão preventiva. “Não é mais a mesma ordem de prisão preventiva que foi atacada neste habeas corpus, mas é uma ordem de prisão preventiva definida na sentença penal condenatória”, assinalou.

Raquel Dodge também ressaltou que a prisão preventiva decretada no curso da ação penal foi mantida porque subsistiam as razões para mantê-la, além da certeza da culpa, confirmada pela condenação por “dois crimes gravíssimos: corrupção e lavagem de dinheiro”. Outros fundamentos citadospor Raquel Dodge foram a possibilidade de o réu continuar infringindo a ordem pública e a garantia da aplicação da lei penal.

Mérito – Ao se pronunciar sobre o mérito, ela citou informações fornecidas pelo Coaf que apontam movimentação financeira das contas de Palocci após a sua prisão preventiva e bloqueio de bens no valor de até R$ 128 milhões. De acordo com o relatório fornecido pelo Coaf, as movimentações envolveram resgates de valores substanciais. Para Raquel Dodge, os dados repassados pelo Coaf provam que “Palocci continuou adotando medidas para frustrar a total recuperação dos valores auferidos com o cometimento dos crimes”.

A PGR também citou que, posteriormente à decretação da prisão preventiva, vieram à tona indícios do envolvimento de Palocci na prática de diversos outros crimes, também de corrupção e lavagem de dinheiro, além de organização criminosa. Após o Plenário decidir por maioria de votos não conhecer o habeas corpus, ou seja, julgar prejudicado e não analisar o mérito, o julgamento foi suspenso para análise da possibilidade de concessão de HC de ofício (quando a iniciativa parte do próprio tribunal, sem que haja pedido por parte do interessado).

Entenda o caso – O HC 143333 questiona acórdão da 5ª Turma do STJ que não conheceu outro habeas corpus no qual o ex-ministro pretendia a revogação da prisão. Palocci foi preso temporariamente em 26 de setembro de 2016. Quatro dias depois a prisão foi convertida em preventiva. As investigações resultaram na instauração de ação penal na qual Palocci foi condenado e a prisão preventiva mantida.

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Para construir aliança ampla e eleger Hugo Motta, Arthur Lira se esquiva de debate sobre aborto

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos) está sendo utilizado como “desculpa” para que o atual presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, Arthur Lira (PP-AL), possa se esquivar do debate sobre aborto que voltou à tona nesta semana a partir da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe acabar com a prática legal legal no Brasil.

A PEC foi aprovada na quarta-feira (27/11) pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados por 35 votos a 15.

A tática utilizada por Arthur visa manter o apoio do Governo e dos demais quadros políticos que são contra a proposta do fim do aborto legal e que podem prejudicar o projeto de Arthur e Motta.

Atualmente, a Constituição já assegura a todos os brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não há uma definição do momento em que esse direito começa a vigorar.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), estabelece, como lembra a Agência Câmara, que o direito à vida será considerado a partir da concepção do feto.

Na prática, o texto proíbe o aborto em casos hoje autorizados em Lei. No Brasil, o procedimento só é permitido em três situações: risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal (má-formação do cérebro).

A relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), havia apresentado parecer favorável à PEC no último dia 13. “A expressão ‘desde a concepção’ é um fato científico, em 1988 não se colocou porque era redundante falar disso”, argumentou a relatora.

Com a decisão da CCJ, a PEC 164/12 seguirá agora para análise de uma comissão especial e, depois, do Plenário da Câmara. Para ser aprovado no Plenário, o texto precisará dos votos favoráveis de pelo menos 308 parlamentares, em dois turnos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Associação dos Tribunais de Contas e Efraim debatem reformas do processo administrativo

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O presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Edilson Silva, e o vice-presidente de Relações Político-Institucionais, Cezar Miola, participaram de um encontro com o senador Efraim Filho (União Brasil), nesta quarta-feira (27/11), no Senado Federal. Na pauta, o Projeto de Lei 2481/2022, que reforma o processo administrativo, e o PLP 141/2024, que propõe mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Atricon apresentou uma Nota Técnica contendo sugestões de alteração no texto do PL 2481/2022, que trata da reforma do processo administrativo. As discussões concentraram-se na proteção da autonomia dos Tribunais de Contas, essencial para a independência no exercício do controle externo. Entre as contribuições, a entidade propôs que a Lei do Processo Administrativo (LPA) se aplique, fora do Poder Executivo, somente às funções administrativas não finalísticas (atípicas). Essa sugestão foi incorporada pelo senador Efraim Filho, relator do projeto, ao relatório legislativo.

Efraim destacou o papel da Atricon no aprimoramento do projeto. “Que fique registrado para eventuais debates jurídicos: os Tribunais de Contas foram a entidade que mais se debruçou sobre esse tema, de forma acertada, para se resguardar. […] Em nome da presidência da Atricon, também foi acolhida essa demanda trazida por eles”, informou.

Já sobre as alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal, previstas no PLP 141/2024, o objetivo é definir casos em que os valores de parcerias ou contratações firmadas pelo poder público não serão contabilizados no limite de despesas com pessoal.

 

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Comissão aprova projeto que reduz contribuição previdenciária de policial militar inativo e pensionista

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A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (27/11), o Projeto de Lei 1451/23 que restringe a incidência da contribuição previdenciária de policiais e bombeiros militares inativos e pensionistas apenas ao que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social, hoje de R$ 7.087,22.

Em razão da reforma do sistema de proteção social dos militares realizada em 2019, a alíquota da contribuição de ativos e inativos para pensões militares aumentou de 7,5% para 10,5% da remuneração total. Pensionistas de militares, antes isentos, passaram a recolher pelo menos 10,5% do benefício total.

“Faz justiça com os veteranos da Polícia e Bombeiro Militar que tanto contribuíram com a sociedade brasileira, mesmo com o risco da própria vida para pagar previdência só o que passar do teto do INSS, como era antes”, disse o autor da proposta, deputado federal Cabo Gilberto (PL).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo, já sendo aprovado pelas comissões de Segurança, Previdência, Finanças e Tributação, e agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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