Em 2015, quando foi anunciada a segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL II), o governo federal divulgou que destinaria R$ 32,1 bilhões a obras de infraestrutura no Nordeste. O montante representava 20% do total de todo o país.
Três anos depois, dois dos projetos contemplados estão quase parados: o das ferrovias de Integração Leste Oeste (Fiol), que cruzarão o estado da Bahia, e o da Transnordestina, que vai passar por 81 municípios entre Pernambuco e Piauí, além dos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), informa reportagem da Folha.
As obras se arrastam há cerca de uma década e já consumiram mais de R$ 12 bilhões dos cofres públicos.
ESTRADAS
Outro ponto que atrapalha o desenvolvimento da região Nordeste é a falta de investimento e de manutenção na malha rodoviária.
De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Transportes em 2017, dos mais de 460 mil quilômetros de estradas, apenas 13% estão pavimentados e 61,5% são considerados regulares, ruins ou péssimos.
Para José Fernando Ferreira, presidente da Lupeon, empresa especializada em gestão de fretes, isso tem impacto no preço final do produto.
“O custo do quilômetro rodado na região é 15% mais caro que no Sul e no Sudeste. A má conservação também afeta prazo de entrega e preço do seguro, que chega a ser 50% mais alto”, diz.
Na Paraíba, a Intecom apostou na criação de um centro de distribuição de 30 mil metros quadrados, próximo à BR-101, que serve de ligação para terminais de cargas aéreas, como os aeroportos de Natal e de Recife.
“O Nordeste enfrenta um problema sério de armazenamento de carga”, diz Casemiro Tercio, especialista em gestão de portos e sócio fundador da Garin Investimentos.
Criada em 2017, a empresa montou carteira de investimentos em infraestrutura logística que, segundo o executivo, deve atrair cerca de R$ 340 milhões em projetos de tancagem de combustível e minérios. Para isso, serão feitas apresentações dessas propostas pelo Brasil, além de Dubai e China.
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