Abrindo a segunda edição do projeto “Diálogos da Democracia: Ouvindo Presidenciáveis’, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) trouxe o pré-candidato à presidência da República pelo Partido Novo, João Amoêdo, que palestrou no Plenário Senador Humberto Lucena sobre o Momento Político, Gestão Pública e as Perspectivas para o Brasil.
Presidida pelo vereador Lucas de Brito (Livres), a mesa do evento foi composta, além do presidenciável, pelo vereador Thiago Lucena (PMN); pelo deputado estadual, Bruno Cunha Lima (PSDB); pelo presidente do diretório estadual paraibano do Novo, Adriano Terrazzan; e pelo presidente do diretório do partido no Rio Grande do Norte, Fábio Macêdo.
O presidenciável relatou como foi a criação do Novo, desde meados de 2007, a partir do desejo de um grupo de pessoas pela renovação política diante das crises enfrentadas pelo país. Para Amoêdo, essas crises tiveram aspecto positivo quando despertaram no cidadão a necessidade de conhecer mais sobre política e de se envolver no processo eleitoral. Para ele, as eleições de 2018 vão ser decisivas. “Essa será a hora fundamental trazer mudanças para o Brasil”, declarou.
De acordo com o presidenciável, o Novo se destaca por ser o único partido a não utilizar dinheiro público em suas campanhas. “Entendemos que os partidos deveriam ser financiados pelos seus apoiadores. Já falta dinheiro para a saúde, educação e segurança”, afirmou completando que o financiamento público de campanhas aumenta a sensação de falta de representatividade que o cidadão tem com o instituição partidária. “O financiamento público é muito ruim, distancia o eleitor do partido”, afirmou.
“O Novo segue alguns tópicos importantes, como não acreditar em atalho, fazer as coisas corretas; todos são iguais perante a lei; a crença no livre mercado; e de que o cidadão tem que ter liberdade, e com a liberdade vem as responsabilidades”, elencou o pré-candidato, defendendo ainda o voto facultativo e o livre uso do fundo de garantia pelo trabalhador.
Para Amoêdo, a redução de gastos tem que acontecer no Estado brasileiro. “E para que isso tenha a aceitação da população, a primeira coisa a se fazer, é o corte de privilégios dentro de casa, como o corte no número de assessores e verba de gabinetes, como aconteceu com vereadores do Novo eleitos em 2016”, ressaltou destacando ainda que, se eleito, trabalhará com no máximo 12 ministérios, valorização dos servidores com base na meritocracia e na venda de empresas estatais.
Sobre segurança pública, destacou: “Defendo um combate ferrenho à violência. A realização de um pacto com os governos Federal, Estadual e Municipal para um ataque em diversas frentes: ao crime organizado, busca de uma legislação mais dura; a revogação do estatuto do desarmamento; uma polícia mais aparelhada e uma revisão nos presídios”.
Amoêdo criticou ainda a burocracia no Brasil para quem decide empreender. “Isso precisa ser alterado”, enfatizou. Ele destacou a necessidade de melhorar a educação no país, principalmente nos níveis básico e fundamental. “É impossível aumentar a produtividade do cidadão brasileiro sem estudo”, colocou.
Para o pré-candidato, é necessário ainda um processo de simplificação tributária. “Os Estados e Municípios precisam receber boa parte da carga tributária que hoje está centralizada em Brasília”, defendeu.
Ainda participaram da palestra os vereadores Professor Gabriel (PSD), Damásio Franca (PP), Leo Bezerra (PSB), Eduardo Carneiro (PRTB); o procurador Eitel Santiago e diversos militantes do Novo. No final da solenidade, o João Amoêdo recebeu da mesa diretora da CMJP o diploma de participação no ciclo ‘Diálogos da Democracia: ouvindo os presidenciáveis’.
A primeira palestra recebeu na Câmara o presidenciável João Vicente Goular (PPL), no dia 19 de março.