O número de internações no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) cresceu 18,91% em 2017, em relação ao ano anterior. Houve 7.660 internações, no ano passado, e 6.442, em 2016. Do total de internados, 58,93% são residentes em João Pessoa (4.514) e 41,07% (3.146) nos demais municípios da Paraíba.
De acordo com a diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, os números evidenciam a importância da unidade hospitalar para todo o Estado da Paraíba. “Atendemos não só o pessoense, mas o paraibano. Somos referência na cirurgia de urgência e emergência das áreas abaixo do cotovelo e do joelho”, afirma a gestora.
Os municípios com maior representatividade são Santa Rita (491 internações), Bayeux (449), Cabedelo (224), Conde (159) e Mamanguape (130). No ano de 2016, o índice de internações de usuários de outros municípios foi de 27%. “Isto demonstra o crescimento do atendimento aos usuários dos demais municípios, tendo em mente que os números totais cresceram 18%”, ressalta Fabiana Araújo.
Do total das 7.660 internações, 64% correspondem a usuários do sexo masculino e 36%, do sexo feminino. De acordo com a diretora, os números podem sinalizar a imprudência dos homens no trânsito.
“Dois terços das nossas cirurgias são de ortopedia, das quais, grande parte é decorrente de acidentes de trânsito. Então, se o número de pacientes do sexo masculino é quase o dobro do feminino, é porque os homens são mais imprudentes no trânsito. Esta realidade tem que mudar, precisamos adotar um trânsito compartilhado, trânsito em família, com mais respeito pelo outro e responsabilidade”, destaca ela.
Os principais diagnósticos dos internados no Complexo Hospitalar de Mangabeira, no ano passado, foram fratura do antebraço, fratura do tornozelo, fratura do punho, da mão e do pé.
Permanência – A unidade hospitalar disponibiliza 190 leitos e registrou o período de nove dias, como tempo médio de permanência. Mas vale ressaltar que há uma variação conforme o perfil do paciente, considerando que 63% dos usuários (4.830) estiveram internados por período de até sete dias. Outros 23% (1.762) estiveram internados durante uma faixa de oito a 14 dias. Outros 14% permaneceram na unidade hospitalar por período a partir de 15 dias.
Os usuários com maior tempo de permanência são os que sofrem de problemas clínicos ou estão internados na unidade de terapia intensiva (UTI), segundo Fabiana Araújo. “Como o Ortotrauma é um hospital de ‘porta aberta’, recebe paciente com todo tipo de morbidade. Mas, às vezes, precisamos transferi-lo para uma unidade de referência, que realize o tratamento indicado para o caso específico”, explica a gestora.
Já no ano de 2018, a média de permanência dos pacientes submetidos à cirurgia foi de 6,4 dias, em janeiro, e de 7,3 dias, em fevereiro.