O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, a onze anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Bendine foi acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) de receber R$ 3 milhões em propina da empreiteira Odebrecht, com o objetivo de facilitar contratos entre a empresa e estatal.
O MPF também pediu para que o ex-presidente do Banco do Brasil fosse condenado por organização criminosa, mas ele foi absolvido neste caso, informa reportagem do R7.
De acordo com Moro, o início da pena deve ser cumprido em regime fechado. A progressão do regime fica condicionada à devolução do produto do crime.
Além de Bendine, quatro pessoas foram condenadas na mesma sentença. Entre elas, está o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
Odebrecht foi condenado a 10 anos e seis meses. Para Moro, “não cabe perdão judicial” ao delator, mas decidiu substituir a prisão pelas penas previstas no acordo de colaboração premiada.
Prisão
Aldemir Bendine foi preso no dia 27 de julho, alvo da Operação Cobra, 42ª fase da Operação Lava Jato. Ele está no CPM (Complexo Médico-Penal), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
O administrador de empresas assumiu a presidência do Banco do Brasil em 2009, a convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2015, ele foi nomeado por Dilma Rousseff para o comando da Petrobras, no lugar de Graça Foster.
Outro lado
O advogado Alberto Toron, que defende Bendine, disse ao R7 que vai recorrer da condenação.
— Vamos recorrer. Tanto porque não parece correta, tanto porque a pena está muito elevada.
No entanto, Toron destacou que ex-presidente da Petrobras foi absolvido na maioria das acusações feitas pelo MPF.