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Paraíba

Inspeção encontra corpos expostos e líquidos cadavéricos jogados no esgoto no IPC

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Uma denúncia levou o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ao Instituto de Polícia Científica (IPC), localizado no bairro Cristo Redentor, em João Pessoa, na tarde da última sexta-feira (2). Três horas de inspeção foram suficientes para constatarem irregularidades graves, que colocam em risco a saúde e a segurança de funcionários, de pessoas que procuram os serviços de perícia no local e até de moradores das proximidades, já que há cadáveres expostos e esgotos a céu aberto por onde escorrem líquidos cadavéricos, sangue e outras substâncias contaminadas. Um relatório detalhado com fotos (e laudos técnicos) deverá ser concluído até a próxima terça-feira pelo MTE, que avalia a possibilidade de interditar alguns setores.

Entre as situações mais graves está a de peritos, médicos e outros profissionais de saúde que realizam a necropsia de cadáveres no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol). Eles trabalham sem usarem o mínimo de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras com filtros, batas e sapatos específicos para evitar que sejam contaminados. Funcionários e terceirizados que realizam a limpeza estão expostos a vários tipos de doenças e contaminação, informa publicação do MPT-PB.

Outro problema antigo que persiste é a situação das câmaras frigoríficas, onde ficam guardados os corpos. Elas não passam pela manutenção adequada, algumas são velhas e têm problemas, descongelam e os líquidos escorrem pela sala. Uma delas estava aberta e um cadáver em decomposição estava exposto. Odor insuportável para quem visita, imagina para quem precisa trabalhar todos os dias no local?

Em frente, na Sala de Necropsias, mais problemas graves: o buraco do esgoto totalmente aberto, não havia sequer o ralo. Sangue e líquidos escorriam pelo chão, baldes de plástico aparavam, materiais biológicos armazenados em potes de margarina em um armário. Um funcionário mostrou uma bata descartável (inclusive rasgada) usada por eles, mas que não está adequada aos padrões exigidos pelas normas de segurança.

“Trabalho aqui há sete anos e nunca recebi um EPI. Não temos máscaras com filtro e quando abrimos um cadáver em decomposição ou vítima de intoxicação por exemplo, acabamos inalando todos os gases, que são altamente tóxicos e prejudiciais”, revelou um profissional durante a inspeção.

Procurador do MPT

“A situação do IPC é de completo descaso, pondo em risco a vida e a saúde dos funcionários e da população do bairro, haja vista que há esgotos a céu aberto e as substâncias tóxicas contaminam o lençol freático”, ressaltou o procurador do Trabalho Eduardo Varandas, que acompanhou a inspeção. Ele ressaltou, ainda, a situação de cadáveres. “Eles ficam expostos, um total desrespeito”, enfatizou.

“O IPC funciona em um local impossível de se trabalhar, onde já houve acidentes de trabalho, coletes à prova de balas vencidos, cadáveres não têm o tratamento adequado e os médicos que trabalham com eles estão expostos a doenças. Estamos nos reunido com a auditoria do Trabalho para ver a possibilidade de interdição de alguns setores e também abrir um procedimento investigatório. Para os setores que não forem interditados, será cobrado do Estado a adequação”, informou Varandas.

“Ficam prejudicadas as pessoas que trabalham no local, as pessoas que utilizam os serviços da Polícia Científica e os habitantes ao redor, porque existe fossa a céu aberto e os líquidos cadavéricos contaminando tudo”, concluiu o procurador”.

Sem gerador e sem segurança

“Recebemos uma denúncia e convidamos o procurador Eduardo Varandas para acompanhar a inspeção, já que o caso era urgente. Fomos avaliar e constatamos que as denúncias são verdadeiras e graves! São situações absurdas, como exposição a agentes biológicos. Além disso, a própria estrutura do prédio é muito precária, oferecendo riscos”, afirmou o auditor fiscal José Ribamar Gomes.

Laboratório de DNA

Ele citou também a situação do Laboratório de DNA que, apesar de possuir equipamentos altamente modernos, a estrutura não está adequada, podendo comprometer, em alguns casos, o resultado das perícias. “O laboratório deve passar por inspeção do Ministério da Justiça em junho e poderá até perder a credencial. Isso seria um prejuízo enorme para a sociedade”, comentou, acrescentando que o prédio também não possui gerador e, em caso de falta de energia, as peças e os materiais biológicos armazenados podem ser comprometidos.

“As condições de segurança e saúde do trabalho dos servidores e terceirizados são realmente preocupantes. Vamos avaliar tudo e, até terça-feira, será expedido o documento oficial, com até a interdição de alguns setores da unidade”, informou Ribamar, que tem formação em Medicina do Trabalho.

Risco de incêndio, infiltrações rachaduras…

A auditora fiscal Ana Mércia Vieira Fernandes observou que as instalações elétricas são precárias. Há muitas gambiarras e irregularidades, inclusive no quadro de energia do prédio, com risco de incêndio. Extintores irregulares, sem sinalização, vencidos, alojamentos e banheiros dos profissionais plantonistas com muitos problemas, infiltrações e rachaduras no prédio. Funcionários relataram que já houve princípio de incêndio em pelo menos dois setores, onde fazem perícia de armas de fogo e no arquivo, onde há toneladas de papéis velhos armazenados, este último batizado de “Floresta negra”.

No setor de perícia de armas de fogo, a cabine de tiro também é inadequada, com risco aos profissionais. Houve relato de acidente de trabalho no local, onde um funcionário se feriu no rosto durante um disparo. No local, servidores também trabalham com coletes à prova de balas vencidos e sem máscaras adequadas. Eles também estão expostos a chumbo.

Segundo a auditora, que tem formação na área de Engenharia de Segurança do Trabalho, há muitas situações de improviso, como armários, estantes e até freezers onde são armazenados materiais biológicos nos corredores da instituição.

A inspeção – que começou por volta das 13h30 e só terminou às 16h30 – foi acompanhada por diretores do IPC e pelo Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (Sindperitos), que fez as denúncias.

 

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“Esse momento é de arrochar os que estão”, diz Cícero sobre reforma administrativa para nova gestão

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O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta segunda-feira (25/11), ao comentar sobre possibilidade de uma reforma administrativa para a nova gestão que será iniciada em 2025, preferiu se referir apenas aos que ainda estão atuando nesta gestão.

Esse momento é de arrochar os que estão“, frisou o gestor.

Às vésperas do fim da gestão 2021-2024 à frente da administração municipal, vozes que circulam pelos bastidores da política em João Pessoa, já começam a sugerir  renovação e novos nomes para integrar o time do primeiro escalão da PMJP como, por exemplo, o do vereador Tarcísio Jardim (PP), para o comando da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb).

Leia também: Tarcísio Jardim pode assumir Secretaria de Segurança de João Pessoa na gestão de Cícero em 2025

Outro nome que também já circula pelos bastidores é o de Alyne Moreira, esposa do presidente estadual do Agir 36 na Paraíba, Flávio Moreira, que também é presidente da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

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MPPB, Caixa, Crea e Cagepa visitam obras de nova estação elevatória, em JP

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Representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Caixa Econômica Federal e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) visitaram as obras da nova Estação Elevatória de Esgotos (Usina II), na tarde desta quinta-feira (21), para conhecer de perto o andamento da construção e a relevância do projeto. O MPPB foi representado pela 43ª promotora de Justiça de João Pessoa em substituição, Cláudia Cabral. Tramita na Promotoria de Justiça o Inquérito Civil n. 002.2024.027412 que busca o redimensionamento da rede de esgoto da capital.

A obra contempla uma nova estação elevatória e um Emissário de Recalque, que elevarão os efluentes de esgotos coletados nos bairros de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Altiplano até a Estação de Tratamento de Esgotos do Baixo Paraíba, onde será tratado.

A promotora de Justiça Cláudia Cabral disse estar surpreendida com os pontos positivos do projeto. “Estou realmente impressionada com a grandiosidade dessa obra, que é complexa mas está sendo tratada com muita responsabilidade e tecnologia. A população precisa saber dos benefícios que ela vai trazer para todos da cidade”, disse.

O presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinicius Neves, esteve à frente do encontro e, junto de sua equipe técnica, apresentou detalhes sobre a obra, que faz parte do Programa de Segurança Hídrica (PSH), e tem por objetivo melhorar e ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade de João Pessoa.

Os trabalhos devem ser concluídos até outubro de 2025 e será feito por etapas, interditando gradativamente trechos específicos. Atualmente, uma intervenção está ativa entre as Avenidas Tancredo Neves e a Governador Flávio Ribeiro Coutinho, em Manaíra. Essa etapa deve ser finalizada em até 15 dias.

Tecnologia e pioneirismo

Para minimizar os transtornos para a população e agilizar os serviços, e diante da complexidade dos trabalhos, a obra está sendo executada pelo Método Não Destrutivo (MND), na modalidade furo unidirecional, uma tecnologia que permite implantar, em cerca de 24 horas, uma nova tubulação com garantia de 80 anos e com mínimo impacto nas vias. O presidente da Cagepa, Marcus Vinicius, destacou que a Paraíba é pioneira no Nordeste na execução do Método Não Destrutivo com tubulações de diâmetros de grande porte. “Apenas São Paulo já realizou obras desse porte em MND. Portanto, para dar conta, uma grande operação está sendo realizada desde o final de outubro com transporte, logística e engenharia de ponta”, disse.

Diferentemente das técnicas convencionais, que envolvem longas escavações, esse método utiliza equipamentos especiais, de alta precisão, feitas sempre na parte lateral das vias públicas. “Dessa forma menos invasiva, preserva os pavimentos e minimiza os transtornos no trânsito e à população, além de possibilitar maior rapidez na conclusão das obras”, explicou o presidente.

A tecnologia sustentável também está nos novos emissários, que contarão com um tipo de tubulação diferente da usada atualmente: será utilizado uma tubulação de 900 milímetros, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD). Os tubos em PEAD possibilitam uma maior vida útil da rede de esgotamento e possuem resistência à corrosão, infiltrações e outros tipos de desgastes.

O financiamento de R$ 102 milhões foi firmado pelo Governo da Paraíba junto ao Banco Mundial e, portanto, não impactará a receita tarifária da Cagepa.

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Tarcísio Jardim pode assumir Secretaria de Segurança de João Pessoa na gestão de Cícero em 2025

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O vereador reeleito em João Pessoa, Tarcísio Jardim (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta segunda-feira (25/11), que o seu nome já estaria aparecendo nos bastidores como cotado para assumir o comando da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb) na gestão do prefeito reeleito, Cícero Lucena (PP), em 2025.

Segundo Jardim, ele mesmo já colocou o próprio nome à disposição e colegas vereadores já estariam comentando que ele seria um bom nome técnico para assumir a Pasta.

É uma pasta muito técnica que tem que ter uma pessoa técnica“, frisou o parlamentar.

Em se confirmando a ascensão de Jardim para o comando da Secretaria Municipal, o suplente Mô Lima, assumiria a vaga de Tarcísio na Câmara Municipal de João Pessoa (PMJP).

Confira o vídeo:

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