Os sete deputados do PSB que vão disputar a reeleição estão preocupados com a possibilidade de inchaço do partido em decorrência hipótese de ingresso de outros sete deputados na legenda do governador Ricardo Coutinho.
Um deputado que não quis se identificar disse que o grupo- Hervázio Bezerra, Ricardo Barbosa, Jeová Campos, Buba Germano, Estela Bezerra, Zé Paulo e Adriano Galdino- estaria tentando, a todo custo, evitar o ingresso de Edmilson Soares, Branco Mendes, João Gonçalves, Trócolli Junior, Doda de Tião, Lindolfo Pires e Nabor Wanderley, informa reportagem de Adelson Barbosa, do Correio da Paraíba.
“Tenho notado uma grande inquietação entre os deputados do PSB, porque vários outros estão tentando se filiar à legenda. E se eles entrarem, serão uma ameaça a quem já está estabelecido no partido. Vários deputados estão preocupados porque, se o ingresso dos outros for concretizado, reforçarão uma bancada só de caciques. Não existem causa, apenas cabeças”, declarou o deputado socialista.
Segundo ele, mesmo que alguns dos sete (pensam ingressar no PSB) se filiem a outros pequenos partidos não seria vantajoso para os demais a coligação. Além dos deputados, que levam vantagens porque têm mandatos, ainda existem dois pré-candidatos competitivos: Aledson Moura, vice-prefeito de Princesa Isabel, e Cida Ramos, secretária de Estado do desenvolvimento Humano.
Por enquanto, os deputados sem partido como Branco Mendes e Edmilson Soares, não querem falar sobre o assunto. Sempre que são abordados, eles dizem que estão avaliando convites feitos por outras legendas. No enquanto, vários pequenos partidos estão querendo evitar o ingresso de políticos com mandatos. O PPS é um deles: resolução interna proíbe a filiação de quem já tem mandato e planeja disputar a reeleição.
Exemplo da Câmara de JP
Em relação ao PSB, alguns deputados temem que aconteça nas eleições de outubro o que aconteceu com os vereadores de João Pessoa filiados ao PSD. Alguns chegaram a ter mais de 4 mil votos e ficaram fora da Câmara, a exemplo de Marmuthe Cavalcante e Professor Gabriel. Benilton Lucena, também do PSD, teve quase 4 mil votos e, igualmente, ficou fora.
A mesma coisa aconteceu com vereadores que ingressaram em partidos pequenos, foram bem votados e também ficaram foram, a exemplo de Felipe leitão (PSL). Com quase 5 mil votos, ele também ficou fora da Câmara. No entanto, vereadores como Marcos Henriques (PT) e Humberto Pontes, (PT do B, hoje Avante), tiveram menos de 3 mil votos e se elegeram. Para evitar o que aconteceu na Câmara, os deputados socialistas estariam tentando evitar o ingresso de outros. E os pequenos que já tem algumas lideranças de destaque, que vão disputar as eleições, também não estão querendo o ingresso de mandatários.
Ainda em relação ao PPS, a única exceção foi aberta para o deputado João Bosco Carneiro Júnior, que teve um passado no partido. Foi eleito em 2014 pelo PSL, a convite do então presidente Tião Gomes. Com a saída de Tião do PSL, João Bosco ficou sem partido e foi novamente aceito no PPS.