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Mário Negromonte é primeiro denunciado pelo MPF na Lava Jato a virar réu no STJ

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Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou, nesta quarta-feira (21), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA) Mário Negromonte e determinou, por maioria dos votos, seu afastamento do cargo. Essa é a primeira ação penal recebida pelo STJ no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014. Negromonte passa a ser réu na ação penal e responderá ao crime de corrupção passiva por ter solicitado propina no valor de R$ 25 milhões.

Segundo reportagem do MPF, em defesa oral, o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, reafirmou a existência do grande número de provas documentais e testemunhais, sobretudo as colhidas nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef – que firmou colaboração premiada com o MPF –  e do ex-deputado Pedro Corrêa. Eles comprovaram a participação de Mário Negromonte no esquema de corrupção, como representante do Partido Progressista (PP). O conselheiro chefiou em 2011 o Ministério das Cidades, quando também era deputado federal pela legenda.

“No contexto da Lava Jato foram identificados que partidos políticos tinham acesso à Petrobras com influência política nas suas diretorias, uma espécie de loteamento das diretorias, fazendo com que alguns diretores tivessem algumas vinculações com partidos. O PP tinha também essa participação na Petrobras junto à Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa”, detalhou o vice-procurador-geral.

Além disso, as investigações apontam para a participação dos diretores da Petrobras, em articulação com os partidos políticos, na movimentação dos recursos de propina resultante de contratos dirigidos a empresários, por intermédio de operadores financeiros. “E o operador financeiro do PP era o senhor Alberto Youssef”, completou Luciano Mariz Maia.

Propina – Na denúncia, o MPF afirma que o deputado Pedro Corrêa foi o responsável pela aproximação entre Mário Negromonte e três empresários do setor de autopeças, com o objetivo de agilizar a implementação de uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito sobre a exigência de dispositivos de monitoramento antifurto para automóveis. Como ministro das Cidades, Negromonte detinha a coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito.

“Nesse contexto, Youssef mantém contato com Mário Negromonte e aproxima o ministro desses empresários. Desses encontros resulta o pedido feito por Mário Negromonte e Youssef, e ao mesmo tempo a promessa dos empresários, de R$ 25 milhões, para que houvesse a adoção no âmbito do Ministério das Cidades”, detalhou Luciano Mariz Maia.

Desmembramento – Os ministros do STJ determinaram ainda o desmembramento da ação penal, para que os demais acusados sejam investigados na primeira instância, já que não detêm foro por prerrogativa de função.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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Redação do Portal da Capital

O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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