Na sua fala em defesa da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, o senador Cássio Cunha Lima fez um veemente apelo para que a principal bandeira de luta do senador Cristovam Buarque, a federalização da educação, seja enfim adotada no Brasil. “é preciso um olhar especial para a primeira infância, e o Governo Federal precisa agir imediatamente nessa questão, adotando a educação como a sua principal política de estado”.
Cássio lembrou que não tem como ser contrário, mesmo não sendo da base política do governo, a uma providência que a sociedade do Rio de Janeiro, majoritariamente se posiciona favoravelmente. “É claro que o que acontece no Rio de Janeiro está vinculado aos desmandos provocados não apenas pelas quadrilhas dos traficantes, mas também pelas quadrilhas comandadas pelos seus governantes”, lembrou.
Demais estados – O vice-presidente do Senado manteve contato com o ministro da Defesa, Raul Julgman e reiterou a solicitação de audiência conjunta com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para que sejam explicados à bancada federal paraibana, os motivos que levaram o Governo Federal a tomar essa atitude, principalmente quando os dados apontam que estados como a Paraíba tiveram a violência ainda mais aguda no mesmo período.
Números da Paraíba – Cássio lembrou que enquanto a cidade do Rio de Janeiro teve, no período de 2008 e 2016, um decréscimo de 8% no numero de homicídios, na Paraíba ocorreu um aumento de 39%. Na Paraíba, no mesmo período foi registrado um aumento de 3267% no roubo de carros enquanto que no Rio de Janeiro esse aumento foi e 342%.
Precisamos entender que o Rio de Janeiro não é um estado isolado do país, pois enquanto João Pessoa foi a quarta capital do país em assassinatos por cem mil habitantes, a cidade do Rio de Janeiro foi a 23ª capital. “Por todos esses dados queremos saber dos ministros quais foram os critérios adotados para essa intervenção e que os demais estados também possam ser contemplados com ações de segurança publica”.
“Vamos aproveitar essa janela de oportunidade para discutir a questão da segurança pública em todo o país. Num debate mais amplo e profundo, que priorize a primeira infância”, concluiu.