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Artigo: Aberto o tabuleiro da eleição 2018

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Carlos José Marques – IstoÉ

A disputa para valer, o arranjo de forças, as composições partidárias, as alianças de apoio a esse ou aquele candidato começam a tomar vulto nas próximas semanas. As eleições majoritárias de 2018 entram na ordem do dia somente agora, passada a temporada de festejos. E desta feita, como poucas vezes antes, o tabuleiro nunca esteve tão indefinido a essa altura do campeonato. A promessa é de uma campanha entre vários postulantes. Fala-se em mais de 20. Os presidenciáveis tidos como fortes, lançados pelas siglas com maior estrutura, ainda são, na maioria, desconhecidos. O PMDB, por exemplo, não mostrou até o momento para onde vai: terá candidato próprio ou fechará um acordo com os tucanos para uma chapa conjunta? No caso de voo solo, o partido do presidente poderá lançar inclusive o mandatário, trazer um nome de fora dos quadros, apresentar o ministro Meirelles como opção ou mesmo Rodrigo Maia, fiel escudeiro no Congresso. O DEM, por sua vez, já sinalizou que está mais propenso a fazer um candidato com a sua marca. Com a inevitável saída de Lula do páreo as agremiações se animaram a tomar conta do Planalto e, no varejo, vão aparecendo alternativas, algumas até ainda discretas como a do senador Álvaro Dias (do nanico “Podemos”), que se projeta amparado em ideias de moralização da política, tal qual a do fim do foro privilegiado, que ele levantou e defende. O Partido dos Trabalhadores, diante do vendaval de denúncias que sacode sua cúpula, mergulha numa aventura arriscada. Na prática não tem também um candidato viável. Vai insistir no nome de Lula, até para manter acesa a chama de eleitores fiéis ao desmoralizado líder, para ao final e ao cabo das eleições jogar um preposto – alguém capaz de assumir o bastão como “sucessor”. As duas cartas nesse baralho de um plano “B” oficialmente descartado são a do ex-prefeito Fernando Haddad e a do ex-governador Jaques Wagner.

Nesse jogo de indefinições navegam opções para todos os gostos. O deputado militar de reserva Jair Bolsonaro conseguiu, de saída, arregimentar os votos e a simpatia da ultradireita com mensagens radicais. Não possui nenhum programa de governo concreto – como ele mesmo admitiu – mas surfa na onda do “nós contra eles” trazida pelos petistas. Correndo na margem, nomes como Marina Silva – que vai se transformando na eterna herdeira de votos que morre na praia – e Ciro Gomes tentam encontrar alguma simpatia no eleitorado. O fiel da balança, mais uma vez, será dado pelo PSDB. No ninho tucano, o nome consolidado e reverenciado pela cúpula é o do governador paulista, Geraldo Alckmin. Ele provavelmente ainda terá de enfrentar prévias internas com o amazonense Arthur Virgilio, que insiste em se apresentar como alternativa.

Alckmin pavimenta um bom caminho rumo ao poder. Discretamente, nos bastidores, vai fechando acertos de apoios decisivos e planeja, logo após deixar a gestão estadual em abril, iniciar uma forte ação de apresentação em regiões do norte e nordeste, onde é menos conhecido. Não está descartado um circuito de visitas por lá, nos moldes das caravanas de Lula. Em uma eleição acirradamente disputada como essa vai fazer toda a diferença cada voto conquistado. O eixo de concentração de eleitores também está mudando de lugar. Em 2014, nas últimas majoritárias, a região Sul contava com um maior número de votantes que as regiões Centro-Oeste e Norte do País. Segundo o IBGE isso virou e pela primeira vez os dois polos contarão com uma presença mais significativa nas urnas, o que pode botar de ponta-cabeça a contagem final. O Brasil, claramente, como preconizou o ex-presidente Fernando Henrique, está à procura de líderes e de um resgate das instituições – alguém que tenha visão de desenvolvimento interno e de boas relações internacionais para ajudar na retomada da economia. Os brasileiros buscam ideias, planos de gestão, alinhamento programático dos partidos que venham a assumir a Nação a partir do ano que vem. Nada disso ainda está posto ou foi apresentado e espera-se que o debate eleitoral, aos poucos, vá jogando luz sobre essas demandas que são de todos.

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X informa ter cumprido prazo e indicado representante legal no Brasil

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Redação do Portal da Capital

A rede social X informou ter enviado nesta sexta-feira (20/09) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o nome da advogada Rachel de Oliveira Villa Nova para atuar como representante legal da empresa no país.

O envio foi feito para cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 24 horas para a empresa comprovar a reativação da representação no Brasil. O prazo terminou às 21h29.

Na última quinta-feira (19/09), o ministro pediu que a empresa enviasse documentos de registro na Junta Comercial e que comprovassem a nomeação da advogada para representar a empresa oficialmente.

No mês passado, Moraes retirou o X do ar após a empresa fechar seu escritório do Brasil, condição obrigatória para qualquer firma funcionar no país.

No dia 17 de agosto, o bilionário Elon Musk, dono da rede social, anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil após a rede ser multada por se recusar a cumprir a determinação de retirar do ar perfis de investigados pela Corte pela publicação de mensagens consideradas antidemocráticas.

 

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Lixo: Paraíba lidera ranking de maior concentração de macrorresíduos plásticos em praias do país

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Redação do Portal da Capital

O Estado da Paraíba lidera ranking de maior concentração de lixos classificados como macrorresíduos plásticos depositados nas areias das praias do país.

No recorte por estado, Paraná, Piauí e Pernambuco têm a maior quantidade de microplástico nas areias, enquanto Paraíba, Pernambuco e Paraná compõem o pódio dos macrorresíduos plásticos que são resíduos de plástico de maior tamanho, como garrafas, sacos, copos descartáveis, canudos, embalagens e fraldas.

As praias da Paraíba que primeiro aparecem no ranking das mais sujas do Estado e do país são: Formosa (Cabedelo), Fagundes (Lucena), Gramame (Conde), Cardosas (Baía da Traição). As praias de Cabo Branco (João Pessoa), Barra de Camaratuba (Mataraca), Miriri (Rio Tinto), Azul (Pitimbu), dentre outras, aparecem em seguida. (Clique aqui e veja o ranking completo)

No outro extremo, as praias do Rio de Janeiro, Sergipe e Amapá são aquelas com menor concentração de microplásticos, enquanto as do Maranhão, Piauí e Sergipe apresentam menor quantidade de macrorresíduos plásticos.

O levantamento foi realizado pela Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP e patrocinada pela Odontoprev, apresenta os resultados iniciais da Expedição Ondas Limpas, o maior estudo já realizado sobre o perfil dos resíduos marinhos no Brasil. Após 16 meses de expedição, cobrindo mais de 7.000 km da costa e 306 praias, o estudo evidenciou a onipresença do plástico ao longo de todo o litoral do país.

A expedição percorreu 201 municípios brasileiros, do Chuí ao Oiapoque, e analisou uma área equivalente a 22 campos de futebol para mapear os resíduos marinhos. Os resultados mostraram que 100% das praias do Brasil contêm resíduos plásticos, e microplásticos foram encontrados em 97% delas. Do total de resíduos, 91% são plásticos, sendo 61% itens descartáveis, como tampas de garrafa. Entre os macrorresíduos, o maior volume foi de bitucas de cigarro.

Além de trazer à tona o estado crítico da poluição marinha no país, o estudo também revelou que as praias mais isoladas e protegidas, como áreas de proteção integral, estão entre as mais afetadas por resíduos plásticos de uso único, expondo um paradoxo entre as zonas de conservação e a presença massiva de poluição.

Os dados coletados vão além dos números chocantes: oferecem um panorama profundo sobre os tipos de plásticos e resíduos, destacando a importância de políticas públicas mais robustas e ações governamentais urgentes para enfrentar a crise da poluição.

“Pretendemos que os resultados do projeto não somente choquem, mas provoquem a ação, trazendo à tona a necessidade de políticas públicas e de uma mudança na cultura de consumo de plástico no Brasil.”, afirma Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil.

A expedição seguiu uma metodologia científica rigorosa, seguindo o protocolo da UNEP para a coleta de dados, com amostras analisadas em laboratório para identificar a origem dos microplásticos. Um relatório resumido, com diagnósticos e propostas de soluções, já está disponível, e o lançamento de um artigo científico mais detalhado está previsto.

Confira infográfico:

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Paraíba é o 8º Estado do país com menor desigualdade salarial entre mulheres e homens

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A Paraíba é o 8º Estado do país com menor desigualdade salarial entre mulheres e homens. A informação foi divulgada no 2° Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, publicado no dia 18 de setembro pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres.

Segundo as informações, a Paraíba alcança um índice de 15,4% quando a questão trata sobre desigualdade salarial entre mulheres e homens. Acre, Ceará e Pernambuco são os com menores desigualdades salariais entre mulheres e homens, com as mulheres ganhando cerca de 10% a menos do que os homens em empresas com 100 ou mais funcionários. Por outro lado, Espírito Santo e Paraná apresentam as maiores disparidades, com mulheres recebendo 29% a menos que os homens.

A pesquisa revelou que, em todo o país, as mulheres ganham, em média, 20,7% a menos que os homens nas 50.692 empresas analisadas. A média salarial nacional é de R$ 4.125,77, com um salário contratual médio de R$ 2.025,27. O estudo abrangeu mais de 18 milhões de vínculos formais em 2023, com uma massa salarial total de R$ 782,99 bilhões.

No Acre e no Ceará as mulheres ganham 9,7% menos do que os homens. Em Pernambuco, a discrepância é de 9,9%. Entretanto, a desigualdade é mais pronunciada para mulheres negras, que enfrentam diferenças salariais ainda maiores em comparação aos homens não negros. No Acre, a diferença é de apenas R$ 14,17 entre mulheres negras e homens não negros, enquanto em Pernambuco, as mulheres negras ganham R$ 1.205,54 a menos do que os homens não negros.

Essa falta de equidade salarial entre mulheres negras e homens não negros é bem acentuada nos dados gerais do país. Elas ganham, em média, R$ 2.745,26 — apenas 50,2% do salário de homens não negros, que chega a R$ 5.464,29.  “As mulheres negras estão concentradas na base da pirâmide, principalmente serviços domésticos, serviços de limpeza, serviços de alimentação, de saúde básica, nos serviços públicos e nas atividades de gerenciamento e direção”, ressalta Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do MTE.

A desigualdade é ainda mais acentuada em estados como Espírito Santo e Paraná, onde a média salarial das mulheres é 29% inferior à dos homens. Em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, as mulheres ganham entre 27% e 28% a menos que os homens.

No Distrito Federal a média salarial é de R$ 5.735,13, superior à média nacional de R$ 4.125,77, e de estados como São Paulo (R$ 4.992,15), Rio de Janeiro (4.992,15), Minas Gerais (3.616,86) ou Rio Grande do Sul (4.145,98). Portanto, o DF permanece com a mesma diferença salarial entre mulheres negras que ganham R$ 4.205,60 e homens não negros que recebem R$ 7.546,13 em média por mês. A diferença salarial entre mulheres e homens no DF é de 11,1%.

Para acessar todas as informações por estado acesse aqui e selecione a UF a ser pesquisada.

Confira o ranking de índices:

Espírito Santo – 29,2%

Paraná – 29,1%

Santa Catarina – 28,3%

Mato Grosso – 27,7%

Rio de Janeiro – 27,3%

Mato Grosso do Sul – 27,1%

Minas Gerais – 24,9%

Goiás – 22,7%

São Paulo – 21,6%

Rondônia – 21,5%

Rio Grande do Sul – 20,8%

Amazonas – 20,5%

Bahia – 19,7%

Rio Grande do Norte – 19,5%

Tocantins – 18,7%

Roraima – 18,7%

Sergipe – 16%

Maranhão – 15,7%

Pará – 15,6%

Paraíba – 15,4%

Piauí – 12,6%

Amapá – 12,3%

Distrito Federal – 11,1%

Alagoas – 10,7%

Pernambuco – 9,9%

Acre – 9,7%

Ceará – 9,7%

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