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Apenas 21% dos brasileiros guardaram dinheiro em dezembro, mostra indicador do SPC

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Com a ainda lenta recuperação econômica, são poucos os brasileiros que estão conseguindo chegar ao final do mês com sobras de dinheiro. Segundo dados do Indicador de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apenas dois em cada dez consumidores (21%) guardaram dinheiro em dezembro de 2017. A maioria (71%) dos consumidores não conseguiu guardar qualquer quantia.

Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo, 40% justificam uma renda muito baixa, o que torna mais difícil ter sobras no fim de cada mês. Outros 17% disseram não ter qualquer fonte renda e 16% foram surpreendidos por algum imprevisto. Há ainda 13% de consumidores que disseram não ter controle dos gastos e disciplina para guardar o que recebem de salário.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o momento econômico limitou a renda das famílias, tornando a poupança de recursos ainda mais difícil, mas nem tudo deve ser creditado na fatura da crise. “O alto desemprego e a queda da renda de fato pesam, mas também há a negligência com as próprias finanças. Um controle adequado do orçamento pode fazer a diferença entre ter e não ter dinheiro sobrando no final do mês”, afirma.

A economista acrescenta que a questão da renda baixa de fato pesa. Ainda assim, vale o esforço de poupar. “Nem que seja pouco por mês, o hábito de poupar afasta o mal hábito de gastar mais do que ganha e assim, aos poucos, o consumidor cria uma reserva de emergência. É necessário fazer uma avaliação do orçamento, identificando o que pode ser cortado. Muito provavelmente, para montar uma reserva financeira o consumidor terá de abrir mão de algo”, orienta.

Apenas um terço dos brasileiros (34%) afirmaram ter o hábito de poupar, sendo que 12% estipulam o valor a ser poupado e 22% guardam o que sobra do orçamento. Pouco mais da metade (51%) afirmou que não tem o hábito de poupar e que não tem reserva financeira. Além desses, 7% disseram que não poupam, mas já têm uma quantia reservada.

O indicador ainda revela que metade dos brasileiros que possuem reserva financeira (49%) tiveram de sacar parte dos seus recursos guardados em dezembro. Os principais motivos foram imprevistos (14%), alguma compra (13%) e pagamento de dívidas (11%).

37% guardam dinheiro pensando em imprevistos

A pesquisa mostra que proteger-se contra imprevistos é o principal propósito dos brasileiros que tem o hábito de poupar. Quase quatro em cada dez poupadores (37%) reservaram parte de seus rendimentos para lidar com uma eventual doença ou outros problemas do dia a dia. Em seguida, aparece o desejo de garantir um futuro melhor para a família (24%), fazer uma viagem (22%) e fazer uma reserva no caso de ficar desempregado (21%). Em média, o valor poupado em dezembro foi de R$ 571,91.

Perfil conservador: 57% recorrem a poupança como reserva financeira

Considerando os entrevistados que costumam poupar, 57% recorreram a tradicional poupança. Em seguida, um percentual elevado de 27% disse que costuma deixar o dinheiro em casa e 17% deixam na conta corrente. Outras opções mais rentáveis de investimentos, porém menos citadas pelos poupadores, são os fundos de investimento (9%), previdência privada (8%), tesouro direto (7%), CDBs (5%) e ações (5%).

Para Marcela Kawauti, as escolhas revelam um perfil conservador e, em alguns casos, pouco atento à rentabilidade. “Se o dinheiro está parado na conta corrente, sem muita complicação é possível transferi-lo para a poupança. Assim, o consumidor consegue uma rentabilidade que, apesar de pequena, é maior que do zero. A poupança serve a alguns propósitos por ser uma opção com alta liquidez. Mas, principalmente para aqueles que têm objetivos de longo prazo, hoje existe bastante informações disponíveis sobre modalidades de investimentos com rendimento maior, sem grandes riscos”, explica.

Para aqueles que mantêm o dinheiro na conta corrente, conta poupança ou em casa, os principais motivos foram o fato de não ter dinheiro suficiente para investir em algumas modalidades, citado por 27%; a liquidez, isto é, facilidade para sacar os recursos (21%); a falta de conhecimento sobre outras possibilidades (19%); o costume com as modalidades tradicionais (14%); a falta de recomendação (14%) e o receio de perder o dinheiro aplicado (13%).

Metodologia

O objetivo da sondagem é acompanhar, mês a mês, a formação de reserva financeira do brasileiro, destacando a quantidade daqueles que tiveram condições de poupar ao longo dos meses. O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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