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“GatoNet”: em enquete do Senado, 95% dizem ser contra criminalizar prática

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Uma enquete em curso no portal do Senado revela, em números apurados até a noite desta quinta-feira (15), que 95% dos internautas que responderam à pesquisa são contra o projeto que criminaliza a interceptação ou recepção não autorizadas dos sinais de TV por assinatura – o chamado “gatoNet”, gambiarra feita em massa não só em comunidades mais pobres, mas praticada até em condomínios de luxo. Até o fechamento desta matéria, das sete mil e três respostas, 6.653 se disseram contra o Projeto de Lei 186/2013, de autoria do então senador Blairo Maggi (PP-MT), atual ministro da Agricultura. Apenas 350 respostas são a favor da proposição.

A ideia central do projeto, como é praxe nos registros do Senado, consta da ementa: “Altera a Lei no 8.977, de 6 de janeiro de 1995, para estabelecer a sanção aplicável ao ilícito penal consistente na interceptação ou recepção não autorizada dos sinais de TV por assinatura”. A legislação mencionada, que dispõe sobre o Serviço de TV a Cabo, sofre alteração para classificar a prática fraudulenta como crime punível com detenção de seis meses a dois anos. A matéria está pronta para deliberação desde 29 de novembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), informa publicação do portal Congresso em Foco.

“É importante salientar que essa tecnologia pirata não atinge apenas o patrimônio dos operadores de TV paga, já que possui influência sobre a qualidade e segurança das redes de telecomunicação como um todo, o que deve até mesmo atrair a competência da Justiça Federal. Por isso, ainda que tenhamos sido inspirados pela disciplina processual dos crimes contra a propriedade imaterial (Lei nº 9.279, de 1996), não chegamos a estabelecer o seu processamento mediante queixa, mas sim por ação penal pública condicionada à representação da concessionária ou permissionária lesada”, diz trecho do relatório favorável ao projeto, apresentado pela senadora Ana Amélia (PP-RS).

Levada a público na seção e-Cidadania, a própria enquete informa que é possível opinar sobre o assunto em questão enquanto o projeto correspondente tramita no Senado, nos termos da legislação pertinente. “Esta e TODAS as outras proposições que tramitam no Senado estão abertas para receber opiniões conforme a Resolução 26/2013″, diz o site institucional. Qualquer pessoa pode enviar sugestões de lei para a análise dos senadores. Confira aqui todas as enquetes sobre ideias legislativas já realizadas no e-Cidadania.

Participação popular

De acordo com o resultado das pesquisas, a sugestão é tratada com “ideia legislativa” que, caso receba mais de 20 mil apoios, passa a tramitar na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O e-Cidadania informa que, de todas as 81 moedas que atingiram aquele número mínimo, 21 receberam parecer na CDH e seis foram convertidas em projetos de lei ou propostas de emenda à Constituição.

Entres as mais populares, continua o portal, estão o “não à proibição das criptomoedas/contra o projeto de lei 2.303/2015″, que recebeu 17.760 apoios; o fim do Fundo Partidário, que recebeu 16.260 apoios; e a obrigação de voto impresso em 100% das urnas, que alcançou 12.905 apoios. Até hoje, nenhuma enquete resultou em legislação aprovada pelos senadores.

Já as que receberam mais de 20 mil são a regulamentação da Psicoterapia como prática privativa de Psicólogos, que recebeu 27.380 apoios; a redução do Imposto de Renda sobre ganhos líquidos em operações de daytrade pessoa física, de 20% para 15%, que atingiu 22.507 apoios; e o cumprimento do piso salarial dos cirurgiões-dentistas (atualmente fixado em R$5.622,00), que teve 21.148 apoios.

Ética dos outros
A questão do “gatoNet” foi levada à tribuna nesta quinta-feira (15). Relatora de projeto que criminaliza o roubo de sinal de televisão a cabo, Ana Amélia foi ao plenário e se manifestou favoravelmente à matéria, lamentando que a população se posicione contrariamente ao projeto.

Ana Amélia relatou uma experiência recente a respeito do assunto. “Recebi a seguinte mensagem de um internauta: ‘A senhora tem que pensar nos seus eleitores, porque muitos vivem disso’. Ou seja, muitos vivem da ilegalidade, do roubo de um sinal. Então, a pessoa está me escrevendo e dizendo que aquilo comprometeria o meu voto porque eu estou criminalizando quem comete a ilegalidade”, lamentou, acrescentando que a prática é tão condenável “quanto o ‘gatoNet’, o ‘gatoágua’, o ‘gatoenergia’, a gambiarra, o roubo, o relógio adulterado para violar a água”.

“E eu respondi a esse internauta: ‘Olha, quando a sociedade clama para que a classe política seja honesta, seja mais ética, não haja corrupção na política, a sociedade precisa também dar exemplo nos seus negócios, nas suas relações profissionais, em todos os momentos. Precisa ser coerente. Como ela vai cobrar dos outros ética e honestidade se ela não pratica? Terceirizar a ética? Só esta Casa precisa ser ética? Eu tenho que tolerar o gatoNet?

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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Redação do Portal da Capital

“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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