O senador Alvaro Dias (Pode-PR) esclareceu que ao contrário do que tem sido divulgado por meio de redes sociais, jamais recebeu aposentadoria como ex-governador do Paraná. Ele revelou ter aberto mão do benefício — que tentou extinguir quando governava o estado — em respeito à população. Mesmo assim o senador afirmou que tem sido listado, “por pessoas de má fé”, entre autoridades que recebem aposentadorias exorbitantes.
Segundo ele, o objetivo é fazer com que as pessoas acreditem que a reforma da Previdência é necessária agora para corrigir eventuais distorções quanto ao montante que é pago às tais autoridades.
Apesar de ter direito de receber aposentadoria como ex-governador do Paraná, Alvaro Dias explicou que abriu mão dos valores há 26 anos, desde quando finalizou o mandato. Ele lamentou a calúnia de que tem sido vítima tenha se espalhado pela internet.
— Tenho evitado fazer proselitismo com renúncias que considero necessárias em respeito ao povo brasileiro. E esta é uma renúncia significativa. Eu tenho direito líquido e certo de receber aposentadoria como ex-governador do Paraná há 26 anos, salário-teto. A soma, é claro, de todos esses 26 anos, a soma me permitiria afirmar que teria mais de R$ 10 milhões depositados na minha conta bancária. No entanto, esses recursos ficaram nos cofres do Eestado do Paraná a serviço da população. Uma renúncia, uma renúncia pessoal, evidentemente em respeito à população do meu estado e do Brasil — afirmou o senador nesta quinta-feira (15) em Plenário.
Desarmamento
Também para esclarecer os internautas quanto a divulgação equivocada de informações a seu respeito, Alvaro Dias disse ainda ser favorável à flexibilização da lei do desarmamento.
Mas observou ser preciso estabelecer regras para que quem tiver o desejo de portar arma de fogo se responsabilize pelo mau uso do equipamento. Alvaro Dias, no entanto, enfatizou que, antes de mais nada, é a favor de fazer com que o Estado garanta a segurança de todos os brasileiros.
Lava Jato
O senador criticou também quem tenta desqualificar a Operação Lava Jato e defendeu a prisão de condenados em segunda instância. Além disso, voltou a pedir que a Câmara dos Deputados vote logo a proposta de emenda à Constituição (PEC 10/2013), já aprovada pelo Senado, que dá fim ao foro privilegiado.
Alvaro Dias argumentou que as autoridades públicas não deveriam gozar de foro especial por prerrogativa de função, podendo ser investigadas e punidas por crimes comuns por juízes de primeira instância, a exemplo do que acontece em outros países, como Israel. O senador afirmou que o fim do foro privilegiado é fundamental para o combate à corrupção.