Trócolli Júnior, que era MDB, passou a ser Pros e se prepara para mudar de partido novamente. Lindolfo Pires, que era DEM, migrou para o Pros e agora procura outro partido para chamar de seu. Dois parlamentares, duas mudanças e uma outra para se concretizar. Mas eles não são uma exceção. Pelo menos 23 eleitos ou suplentes mudaram ou devem mudar de sigla na Assembleia Legislativa. As motivações são as mais variadas. Vão de sobrevivência política mesmo a incompatibilidade ideológica na agremiação. O PEN, por exemplo, elegeu quatro deputados em 2016 e deve chegar às urnas, neste ano, sem nenhum.
O PEN elegeu Edmilson Soares, Ricardo Marcelo, Branco Mendes e José Aldemir. O último se tornou prefeito de Cajazeiras e não disputará as eleições ano. O primeiro foi para o PSB, o segundo para o MDB e o terceiro está em busca de uma nova sigla. Até o neófito Aníbal Marcolino, eleito pelo PSD e que migrou para o PEN, agora segue para o Avante. O caso dos deputados do Pros, Trócolli e Lindolfo, decorre da falta de espaço. O comando do partido passou às mãos de André Amaral, pai do deputado federal de mesmo nome e que deve deixar o MDB para entrar na sigla, informa publicação do Blog do Suetoni.
Janduhy Carneiro perdeu o comando do Podemos para o grupo do deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (MDB). Ele agora busca uma nova casa para disputar as eleições. Antônio Mineral (PSDB) tentou migrar para o PPS há pouco, mas encontrou a porta fechada. O parlamentar tentava fazer caminho similar ao de Bosco Carneiro, que trocou o PSL pela sigla pós-comunista. A deputada Eliza Virgínia pretende trocar o PSDB por uma sigla que dê a ela condições de disputar vaga na Câmara dos Deputados. Já Inácio Falcão foi convidado a deixar o Avante e agora procura uma nova sigla.
O deputado João Henrique não esconde a insatisfação também com o DEM e pode ir para o PSDB. Da mesma forma, Nabor Wanderley anda às turras com o MDB e pode deixar a sigla junto com o filho, o deputado federal Hugo Motta. Tião Gomes, sem espaço no PSL, trocou de ares e foi para o Avante. A sigla, inclusive, foi o destino dos suplentes Cabo Rafael, Emano Santos e Américo. Raoni Mendes chegou à Assembleia com votação recebida enquanto militava no DEM, mas se mudou para o PDT. O PDT também deu abrigo a João Gonçalves, eleito pelo PSD do prefeito Luciano Cartaxo.
Há especulações na Assembleia também de que Guilherme Almeida pode deixar o PSL, mas ainda não há destino definido. O deputado Zé Paulo, eleito pelo PCdoB e hoje no PSB também poderá trocar de sigla. Estes dois últimos, vale ressaltar, ainda não tornaram oficial o desejo de mudar de ares.