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Três em cada dez usuários de cartão de crédito não pagaram valor integral da fatura

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O cartão de crédito pode ser um aliado dos consumidores que não podem pagar por um bem à vista, mas dependendo do seu uso, também pode pode provocar desequilibrios financeiros. Dados do Indicador de Uso do Crédito apurados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revelam que em cada dez usuários de cartões de crédito, três (28%) não pagaram a fatura integral no último mês de dezembro, sendo que 15% entraram no crédito rotativo. Os entrevistados que pagaram a fatura cheia somam 68% da amostra e 3% não quiseram responder.

Os juros cobrados pelos bancos quando o cliente não paga o valor integral da fatura do cartão de crédito são altos e chegam a 335% ao ano, em média, segundo dados oficiais do Banco Central.

“As taxas do rotativo superam em mais de dez vezes as taxas médias de um crédito consignado. Pelas novas regras do cartão, o consumidor pode ficar no máximo um mês no rotativo. Depois disso, o saldo é parcelado a uma taxa de juros menor. Mesmo assim, os juros continuam altos, de modo que o consumidor não deve contar com o pagamento de um valor abaixo do integral. Ainda que seja possível, isso custa caro, inclusive com o parcelamento”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

46% dos brasileiros utilizaram alguma modalidade de crédito em dezembro. Indicador de Uso do Crédito salta de 23,7 pontos para 31,0 pontos na escala

De acordo com o levantamento, no último mês de dezembro, 46% dos brasileiros recorreram a alguma modalidade de crédito, sendo que o cartão de crédito foi o mais comum, com 37% de menções. Em seguida, aparecem o crediário ou carnê, com 17% de utilização, cheque especial (9%), empréstimos (9%) e financiamentos (8%). Os que não se utilizaram de nenhuma modalidade somam 54% dos consumidores.

Por conta do período de festas, que tradicionalmente aquece as vendas nos últimos meses do ano, o Indicador de Uso do Crédito alcançou o maior valor desde janeiro de 2017, início da série histórica. Em dezembro, o índice ficou em 31,0 pontos, em uma escala que varia de zero a 100, sendo que quanto mais alto, mais elevado também é a utilização de modalidades de crédito. O resultado ficou bem acima do observado em novembro, quando o indicador marcou 23,7 pontos.

Média da fatura do cartão de crédito é de R$ 966; compras no supermercado foram principal destino do ‘dinheiro de plástico’

Segundo o levantamento do SPC Brasil, considerando os brasileiros que utilizaram cartão de crédito em dezembro, 44% notaram aumento do valor da fatura, enquanto 20% reduziram os gastos no cartão e 29% veem estabilidade. Na média, a fatura dos usuários chegou a R$ 966,32.

A pesquisa ainda mostra que o uso do cartão já não se limita a compra de itens de alto valor, que geralmente precisam ser parcelados. As despesas correntes de todo mês também são feitas a crédito. As compras de supermercado foram o tipo de aquisição mais realizada no cartão, citadas por 56%. Em seguida, estão as peças de vestuário e assessórios (45%), remédios (39%) e combustível (34%).

O educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, aconselha que, a cada pagamento no cartão, o consumidor avalie o quanto a prestação comprometerá a sua renda. “O cartão é um excelente instrumento de pagamento, pois ao contrário do crediário e do empréstimo, ele só cobra juros em casos de não pagamento ou pagamento mínimo da fatura. Isso requer organização do consumidor para que ele tenha a garantia de que não haverá atrasos ou uso do rotativo”, alerta Vignoli.

54% avaliam contratação de empréstimos e financiamentos como difícil e 21% tiveram crédito negado em loja

A avaliação do grau de dificuldade para conseguir aprovação em empréstimos e financiamentos mostrou que 54% dos consumidores dizem considerar difícil ou muito difícil a contratação do serviço, enquanto para 20% não é nem fácil nem difícil, e para 10%, fácil.

Considerando apenas aqueles que tentaram fazer alguma compra parcelada, 21% tiveram o crédito negado, sendo o motivo principal a insuficiência ou falta de comprovação da renda, citada por 9%. Além de inadimplência, que fez com que 5% desses entrevistados não conseguissem contratar financiamentos ou parcelar suas compras.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário de retomada lenta da recessão acaba intensificando os cuidados das instituições financeiras no momento de conceder crédito, o que dificulta seu acesso pelo consumidor. “Com a retomada gradual da economia, a situação deve se reverter. Já se observa aumento das concessões de crédito na comparação com o período mais aguda da crise, o que poderá ser reforçado pela queda das taxas de juros”, avalia Pellizzaro.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, também avalia que cabe também aos consumidores analisar a real necessidade de se endividar. “Em muitos casos, o consumidor tem o crédito aprovado e faz escolhas com as quais, depois, não consegue arcar, comprometendo o orçamento por longo período de tempo. Então, antes de tomar essa decisão, é preciso avaliar as condições de prazo, juro. Cabe avaliar ainda se as parcelas não comprometerão o pagamento de outras despesas e a reserva financeira, que também deve ser vista como um compromisso”, afirma.

Metodologia

A pesquisa abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileira, a saber: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

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Paraíba adere ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e inicia Plano Estadual de Prevenção

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Redação do Portal da Capital

O Estado da Paraíba aderiu ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e dá o primeiro passo oficial de início ao Plano Estadual de Prevenção aos Feminicídios.

A adesão se deu durante o Encontro de Gestoras Estaduais de Políticas para as Mulheres, realizado pelo Ministério das Mulheres na terça-feira (26/11), em Brasília, com o o objetivo de estabelecer um fluxo coordenado para envio, recebimento e monitoramento de denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Além da Paraíba, outros 18 Estados e o Distrito Federal também aderiram ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Com a assinatura do acordo junto ao Ministério das Mulheres, as Unidades Federativas iniciam a construção dos Planos Estaduais de Prevenção aos Feminicídios com o objetivo de diminuir os casos de feminicídios no país. São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Instituído em agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto conta com 73 ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades, que têm como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também firmou acordo de cooperação com o Ministério das Mulheres com o objetivo de assegurar o encaminhamento ágil e eficiente das denúncias às unidades competentes do Ministério Público, garantindo que cada caso receba a devida atenção e encaminhamento adequado. A parceria também busca fortalecer a coordenação e a execução dos acordos regionais, além da ampla divulgação dos canais de atendimento do Ligue 180, destacando a inclusão de recursos acessíveis, como a possibilidade de videochamadas em Libras, ampliando o alcance e a acessibilidade para mulheres com deficiência auditiva.

O principal objetivo dos ACTs é fortalecer a rede de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência nos estados, integrando esforços entre governo federal, governos estaduais e Ministério Público, a fim de garantir que as denúncias sejam tratadas com eficiência e que as vítimas recebam o suporte necessário de forma ágil e eficaz.

Após a formalização dos ACTs, o Ligue 180 realizará, no dia 09 de dezembro, a capacitação dos pontos multifocais de cada estado, concretizando mais uma etapa em direção à ampliação da Central Ligue 180. A colaboração entre as entidades envolvidas promove um sistema mais robusto e integrado, melhora a resposta das autoridades e assegura um atendimento mais adequado e coordenado, refletindo compromisso com a segurança e a justiça para as mulheres em situação de violência.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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Redação do Portal da Capital

O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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