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Paraíba

Governo reprime movimento de policiais com ‘caça às bruxas’

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Para reprimir o movimento de reivindicações na Polícia Civil, o Governo do Estado foi muito além de descontar no contracheque os dias em que a categoria parou para protestar contra baixos salários e precárias condições de trabalho.

Pode ser vista na edição de hoje (31) do Boletim de Serviços da Polícia Civil, publicado pela Secretaria de Segurança Pública, a prova da repressão e da determinação do governo de punir policiais que se dizem revoltados porque recebem o pior salário do país.

O Boletim de Serviços desta quarta-feira recebeu o nº 822 (clique aqui para ver). Traz diversas portarias da Corregedoria Geral da Polícia Civil do Estado instaurando sindicâncias contra pelo menos 167 servidores dessa categoria, a maioria formada por agentes de investigação, motoristas e escrivães.

Mas dois policiais em especial foram contemplados cada um com um PAD, a sigla que nas repartições públicas identifica o temido processo administrativo disciplinar, geralmente aberto para apurar infrações mais graves. Em alguns processos, o PAD pode resultar na demissão do servidor acusado.

No caso, os policiais que passam a ser investigados em inquérito administrativo são uma agente de investigação e seu colega Valdeci Feliciano, vice-presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba, a Aspol-PB.

Os dois bateram boca com o delegado Luciano Mendonça no interior da 2ª Delegacia Distrital de Campina Grande em 27 de dezembro passado, data em que os policiais civis paralisaram suas atividades por 24 horas.

O delegado chegou a dar voz de prisão à policial ao cabo de uma discussão que começou porque a agente de investigação teria flagrado pessoa estranha à categoria, um(a) ‘araque de polícia’, fazendo boletins de ocorrência (BO’s) naquela delegacia, ou seja, assumindo funções e tarefas em tese privativas de escrivão de Polícia.

Cruzes em Tambaú

Mobilizados pela Aspol, policiais civis fizeram um protesto no último dia 18 na orla marítima de João Pessoa. Além de ato público no Busto de Tamandaré, em Tambaú, fincaram dezenas de cruzes na areia da praia. Para simbolizar os policiais que morrem trabalhando porque não podem se aposentar.

Quando se aposenta, o policial  perde em torno de 40% da remuneração que percebe na ativa. A redução corre por conta do corte de gratificações eventuais e outros penduricalhos “por desempenho” que o governo põe no contracheque, em vez de dar aumento real de salário à categoria.

Os policiais civis voltaram às ruas da Capital na manhã desta quarta. Desta vez, não apenas para repudiar o tratamento que recebem do governo como também denunciar que o reajuste salarial anunciado pelo mesmo governo, semana passada, não passa de pura enganação.

Veja porque lendo a nota divulgada ontem à noite pela Aspol, reproduzida na íntegra a seguir.

NOTA DE REPÚDIO

A ASSOCIAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS DE CARREIRA DA PARAÍBA vem a público manifestar amplo repúdio à atitude da gestão da Polícia Civil que aplicou falta a policiais que estiveram no último dia 27 de dezembro realizando protesto com paralisação de 24h.

A ASPOL e os mais de mil policiais associados realizaram paralisação porque recebem o PIOR SALÁRIO DO PAÍS. Sim, os policiais na Paraíba…

  • – recebem metade do que se paga em 16 estados da federação;
  • – não recebem através de subsídio (conforme prevê a Constituição Federal);
  • – recebem remuneração com muitas gratificações e quando se acidentam no trabalho ou se aposentam perdem mais de 40% do seu salário;
  • – recebem o Risco de vida menor do que outros cargos também de nível superior e que se arriscam menos;
  • – recebem 1/3 do valor constitucional da hora extra;
  • – não possuem um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), além de muitos outros problemas.

A ASPOL/PB vem atuando de forma ordeira e pacífica em seus movimentos, buscando apresentar os problemas salariais que os policiais enfrentam, como também tem levantado problemas da gestão arbitrária com que estamos convivendo, inclusive, agora, pune trabalhadores por lutarem por dias melhores para a sua vida e a de sua família, numa demonstração de total incompetência, posto que inclusive, puniram pessoas que estavam de férias, que doaram sangue, até pessoas que estavam trabalhando, atendendo aos 30%, foram também punidas com falta e consequente perda salarial.

A ASSOCIAÇÃO cerca-se sempre de todos os mecanismos legais que possam trazer legitimidade para os movimentos, inclusive, mantendo o atendimento de urgência à população, comunicando os atos às autoridades dentro do prazo, mas, de forma sumaríssima, sem que pudessem apresentar sua defesa, os policiais foram punidos, numa cristalina atitude de desrespeito, de abusos e de falta de organização de uma gestão que já perdeu o rumo da eficiência, pois as perseguições continuam cada vez mais visíveis, sem justificativa legal e indiscriminadas.

A intenção de atitudes como essa é amedrontar, punindo os policiais por falta ao trabalho, quando muitos estavam no trabalho, quando muitos estavam de férias e quando muitos inclusive doaram sangue, num gesto nobre e de exercício de cidadania, tudo ignorado pelos nossos gestores que objetivam tão somente a punição desmedida a título de intimidação, querendo tolher o exercício do direito de manifestar a opinião, de protestar, de mostrar a realidade da segurança pública da Paraíba que não teve aumento salarial como foi veiculado, que não dialogou com pretensão de melhorar a vida dos policiais da Paraíba.

Atos como esse revelam que o foco da gestão não é buscar a harmonia da instituição. O foco é amedrontar a categoria investigativa e de apoio, punindo e desrespeitando seus integrantes, porque ao invés de preocupar com a eficiência que é princípio da administração pública, inclusive, nomeando para receber gratificações as pessoas que atuam em delegacias especializadas, não faz; ao invés de nomear a categoria investigativa e de apoio que está acumulando outras delegacias, não faz, publica apenas para os delegados, numa demonstração de total parcialidade; ao invés de publicar as escalas de plantão, conforme prevê a lei, não fazem, preferem ignorar e focar na arbitrariedade desmedida contra aqueles que tanto atingiram metas para manutenção de seus cargos, mesmo com coletes vencidos, com armas defeituosas, com munições velhas.

A ASPOL, ao repudiar tais atitudes dos gestores, informa que ingressará com as ações administrativas e judiciais necessárias para rever as faltas e a reposição dos valores descontados de cada trabalhador. O policial lesado no último ato deverá enviar e-mail informando o nome para a secretaria da Aspol, que responderá encaminhando as procurações necessárias para ajuizamento da ação.

O Estado Democrático de Direito, que deveria ser o norte, da atual gestão, se vê cada dia mais apagado, mas a Aspol reafirma, por meio desta, seu compromisso inalienável pela preservação dos direitos do trabalhador policial civil, independentemente da sua posição, e não poupará esforços de adotar as medidas próprias e legais para que se faça Justiça.

ASPOL/PB

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Paraíba

Do Cariri ao Sertão: Harrison participa de lançamento de candidaturas em Sousa e Monteiro

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O advogado Harrison Targino, candidato à reeleição para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), teve uma agenda corrida na sexta-feira (1º). Ele esteve em Campina Grande, participando de um café da manhã, e depois seguiu para as cidades de Monteiro, no Cariri, e Sousa, no Sertão, para participar do lançamento das candidaturas à presidência das subseções da OAB-PB nestes municípios e reforçar a importância da união da advocacia nas regiões.

Em Monteiro, Harrison se encontrou com advogados de toda região em um almoço que marcou o lançamento da chapa 11, liderada por Gregory Mayer e Débora Carvalho. “É uma alegria chegar a Monteiro para este almoço com a advocacia do Cariri e apoiar o lançamento da campanha do 11 ao lado de meu amigo Gregory e de todos os colegas da região. Aqui a advocacia se uniu e mostrou força, mostrou que não se subordina a ninguém”, afirmou Harrison.

Após o encontro em Monteiro, Harrison seguiu para Sousa, onde participou de um evento para o lançamento das candidaturas de Ney e Bárbara, também representantes da chapa 11. “De Monteiro para Sousa, estamos percorrendo o estado, mostrando que nossa advocacia está unida e fortalecida. É fundamental apoiar os colegas que representam nossa categoria”, disse Harrison.

O candidato destacou que a OAB não tem dono, ela é dos advogados e advogadas, que ela não pode ser projeto pessoal de ninguém. Falou do seu compromisso em atuar e lutar pelo fortalecimento da advocacia na Paraíba. “Faço parte de um movimento que que vem transformando a OAB e convido todos a caminhar juntos conosco, pois não podemos mais admitir retrocesso”, reforçou.

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Paraíba

João Pessoa ganha Semana Municipal do Seguro a partir de 2025

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Redação do Portal da Capital

Em um passo significativo para o mercado segurador paraibano, João Pessoa terá, a partir de 2025, a Semana Municipal do Seguro, uma nova data comemorativa destinada a promover a cultura da proteção. A iniciativa foi sancionada pela Câmara Municipal e promulgada pelo prefeito Cícero Lucena, fruto de um projeto de lei apresentado e defendido pelo vereador Coronel Kelson.

A Semana Municipal do Seguro será celebrada anualmente na primeira semana de novembro e tem como objetivo central disseminar e fomentar a cultura securitária entre os pessoenses. Edvan Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros da Paraíba (SINCOR-PB), destacou o evento como uma conquista importante para a categoria, uma vez que a iniciativa visa também valorizar os profissionais da área e expandir o conhecimento da população sobre o tema.

A programação da semana contará com palestras, seminários e debates, reunindo especialistas e autoridades do setor para discutir políticas públicas voltadas à proteção de bens materiais e imateriais da sociedade. Além de incentivar a criação de políticas que fortaleçam a confiabilidade e a qualidade dos serviços prestados aos consumidores, a Semana Municipal do Seguro busca promover uma conscientização ampla sobre os benefícios do seguro, valorizando a segurança e a proteção dos cidadãos e suas propriedades.

Edvan Vasconcelos celebrou a aprovação da lei como um avanço significativo para o setor de seguros e ressaltou a importância de se difundir a importância do seguro em uma sociedade que ainda não explora plenamente esse recurso. “Com uma semana inteira dedicada ao tema, teremos a oportunidade de mostrar a importância do seguro e do gerenciamento de riscos para a proteção e o desenvolvimento da nossa comunidade,” afirmou o presidente do SINCOR-PB.

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, também celebrou a aprovação da nova lei. “A criação da Semana Municipal do Seguro em João Pessoa representa um reconhecimento para uma indústria que tem se mostrado essencial para a economia e a sociedade, promovendo iniciativas que se tornam cada vez mais acessíveis à população”, afirmou.

Dalcin destacou que a ação será uma ferramenta relevante para fortalecer a história do mercado de seguros, proporcionando proteção, criação de empregos, arrecadação de impostos e todos os benefícios que essa indústria pode oferecer aos países, estados e à cidade de João Pessoa.

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Paraíba

Cinema Negro Paraibano no Feminino em Destaque na Mostra Competitiva Adélia Sampaio 2024

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As cineastas paraibanas Carine Fiúza e Antônia Ágape estarão presentes na Mostra Competitiva Adélia Sampaio 2024, realizada de 4 a 8 de novembro em Brasília-DF. Representantes do Cinema Negro Paraibano, Carine e Antônia exibirão seus filmes na sessão de abertura do evento, que ocorre dia 4, às 19h, no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Na abertura da mostra, As Cegas (Antônia Ágape, 1982) e Preciso falar do futuro além-mar (Carine Fiúza, 2023) serão exibidos, ressaltando a potência do cinema negro no estado e promovendo um encontro simbólico entre gerações. A Mostra Adélia Sampaio homenageia Adélia, pioneira do cinema negro brasileiro, e visa reconhecer a importância de Antônia Ágape, primeira cineasta negra paraibana, estabelecendo um diálogo intergeracional que enaltece as trajetórias de mulheres negras no audiovisual brasileiro.

Programação e Destaques No dia 4 de novembro, a sessão de abertura da Mostra Adélia Sampaio contará com uma mesa inaugural formada por importantes figuras do cenário cultural e político, seguida pela exibição dos filmes das cineastas paraibanas:

– 19h – Mesa de Abertura: Sebastiana (Tito Abayomi), DEX/UnB (Olgamir), Deputados Max Maciel e Fábio Félix

– 19h30 – Exibição dos Filmes:
As Cegas, de Antônia Ágape (1982, 10 min)
Preciso falar do futuro além-mar, de Carine Fiúza (2023, 8 min)

– Apresentação Cultural: Ball

Sobre as Cineastas

Carine Fiúza: Diretora, fotografa, curadora e pesquisadora, Carine explora temas como relações étnico-raciais, gênero e Cinema Negro. Seu filme, Preciso falar do futuro além-mar, integra o projeto “8 por 8,” dedicado ao resgate da produção em Super 8 na Paraíba. Atualmente, Carine dedica-se à pesquisa do Cinema Negro Paraibano e ao desenvolvimento da Mostra Pilão de Cinema Negro PB.

Instagram: @carine_fiuza (https://www.instagram.com/carine_fiuza/)

Youtube: Fiuza Carine (https://www.youtube.com/@FiuzaCarine/featured)

Foto: https://drive.google.com/drive/folders/1BM5LQIKX9b-gdRz_URjZWzSPFlpzVQb2?usp=sharing

Portifólio Carine:
https://drive.google.com/file/d/1JuZWv4EZ0EdyUagu80ZVao5ajEI9MrkT/view?usp=sharing

Antônia Ágape: Primeira cineasta negra paraibana, Ágape também é artista e pesquisadora em dança e cultura. Com o filme As Cegas, de 1982, integrou o projeto de Varan de Cinema Direto e participa de festivais e mostras que celebram a resistência cultural. Seu trabalho tem sido reconhecido em eventos como o FestInCine JP e Djaniras – Mostra de Cinema Feminino.

Instagram: @antoniaagape (https://www.instagram.com/antoniaagape/)

Foto: https://drive.google.com/drive/folders/1BM5LQIKX9b-gdRz_URjZWzSPFlpzVQb2?usp=sharing

Portifólio Antônia: https://docs.google.com/document/d/1I4fYfgAXHIFWrfn7AJXSSJobAby482cp/edit?usp=sharing&ouid=100217163396627076163&rtpof=true&sd=true

Movimento de Resgate do Cinema Negro Paraibano A participação das cineastas na Mostra Adélia Sampaio é parte de uma iniciativa maior de valorização do cinema negro paraibano, liderada por Carine Fiúza. Em sua dissertação, “EU SOU UMA CINEASTA! Antônia Ágape e o Cinema Negro Paraibano no Feminino,” Carine estuda a trajetória de Ágape e outros cineastas negros paraibanos, mapeando produções desde os anos 1970 e propondo a criação de um panorama histórico e cultural para o Cinema Negro na Paraíba.

Serviço

Evento: Mostra Competitiva Adélia Sampaio 2024
Data: 4 a 8 de novembro de 2024
Local: Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) – Brasília-DF
Sessão de Abertura: 4 de novembro, 19h
Ingressos: Entrada gratuita
Contato para Imprensa: Instagram da Mostra Adélia Sampaio (https://www.instagram.com/mostraadeliasampaio/)

A Mostra Adélia Sampaio é uma oportunidade única para conhecer a produção cinematográfica negra brasileira, prestigiando cineastas que se dedicam a fortalecer a representatividade e visibilidade do Cinema Negro no país.

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