O acirramento do discurso do PT depois da condenação do ex-presidente Lula preocupa o comando do Congresso. Os trabalhos no Legislativo serão retomados na segunda-feira e o temor é de que os deputados e senadores do partido voltem do recesso com a mesma postura beligerante adotada na defesa de Lula, provocando colegas e atuando para impedir votações. Na Câmara, o alerta é, sobretudo, porque o deputado Paulo Pimenta, com discurso ultrarradical, será o líder da bancada de 57 deputados, a segunda maior da Casa, atrás só do MDB, segundo informação da Coluna do Estadão.
Turma do barulho. No Senado, voltam ao trabalho Gleisi Hoffmann (PR) e Lindberg Farias (RJ). Os dois defendem desobediência civil para impedir a prisão do ex-presidente Lula, condenado a 12 anos e um mês no caso triplex.
Pre-pa-ra. Líder da minoria na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) dá o tom: “A oposição vai voltar maior, mais barulhenta e mais ‘das ruas’”. Para tentar acalmar os ânimos, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fará uma sessão na terça-feira, das 14 às 16 horas, para que os petistas possam falar à vontade.
Partilha. Maior bancada na Câmara, o MDB abriu mão da comissão mais importante da Casa, a de Constituição e Justiça, para o PP. É lá que são analisados pedidos de impeachment e de abertura de processo pelo Supremo contra ministros e o presidente.
Efeito pesquisa. Depois de a pesquisa Datafolha mostrar que 87% não votariam no nome apoiado pelo presidente Temer, PSDB e DEM trataram de esparramar que o candidato do emedebista é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Decide, né. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estuda cobrar do Supremo uma posição definitiva sobre cassação de parlamentares condenados.
Pingue-pongue. A dúvida é porque no caso de Paulo Maluf a ordem é para que a Mesa Diretora casse o mandato dele. Mas no passado, numa decisão envolvendo o senador Ivo Cassol, o Supremo mandou o plenário do Senado decidir. A consulta não paralisa o caso Maluf.
Acorda! Rodrigo Maia não esperou o dia amanhecer para espalhar a notícia do nascimento do quinto filho. Acordou os colegas com um zap disparado na madrugada. “Felipe chegou!”
Segura aí. Ao ser acordado pela mulher, Patrícia, às 3 horas da manhã com a notícia de que ela estava entrando em trabalho de parto, Rodrigo Maia respondeu: “Não dá para esperar até as 7 horas?”
Panelaço. Ao entrar no Dudu Bar, em Brasília, o subchefe para Assuntos Jurídicos do governo, Gustavo do Valle, foi hostilizado por um ex-aluno por compor a equipe de Temer. Gustavo não reagiu.
Conectados. O presidente Michel Temer pegou o celular para telefonar para o prefeito João Doria (SP), na terça, quando, ao mesmo tempo, chegou uma mensagem do tucano. Assunto em comum: eleição.
É nosso. Uma reforma administrativa na Infraero reduziu de 7 para 4 as diretorias da estatal. O presidente, Antônio Claret, extinguiu as três áreas comandadas por apadrinhados do MDB e fortaleceu subordinados afilhados do PR na estrutura da empresa. Claret é indicado do dono do PR, Valdemar Costa Neto.