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Paraíba

Carnaval está presente na pauta legislativa da Câmara de JP desde a década de 1950

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Os festejos carnavalescos sempre fizeram parte da vida cultural da capital paraibana, com intensa participação dos habitantes da cidade. O pessoense, através dos tempos, sempre prestigiou e valorizou os carnavais de bairro, os bailes dos clubes sociais da cidade e os eventos oficiais promovidos pelo poder público. E a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), desde a década de 1950, sempre valorizou e colocou na sua pauta legislativa os temas relacionados ao Carnaval pessoense.

Dos acontecimentos relacionados ao chamado ‘Carnaval Tradição’ ao advento do Projeto Folia de Rua, prévia carnavalesca que teve início no final dos anos de 1980, o Poder Legislativo da capital também procurou acompanhar por meio da legislação municipal as mudanças de costumes, o crescimento e a modernização dos eventos realizados na cidade. Algumas dessas leis continuam em vigor e outras sofreram alterações. Em alguns casos, certas leis ficaram impraticáveis, mas estão na memória do Poder Legislativo e hoje podem ser vistas como curiosidades históricas.

A Lei Ordinária 157 de 1957, por exemplo, garantia: “Fica transferido definitivamente para o Parque Solon de Lucena (a Lagoa) os festejos carnavalescos que todos os anos realizam-se nesta cidade”. E, de fato, os desfiles de Carnaval chegaram a ocorrer algumas vezes na Lagoa, lembrando que num passado mais remoto os festejos ocorriam em clubes e nas Avenidas Maciel Pinheiro e Duque de Caxias. Nos últimos tempos, os desfiles ocorrem na Avenida Duarte da Silveira.

Outras duas Leis Ordinárias de 1957 também tratavam da realização do Carnaval em João Pessoa. A Lei 458 destacava: “Fica aberto o crédito especial, na quantia de Cr$ 200 mil para a ornamentação do curso carnavalesco, auxílio ao Carnaval dos bairros e a clubes e blocos devidamente organizados e com exibição pública”.

Já a Lei Ordinária 454 apontava: “Fica o chefe do Executivo Municipal autorizado a conceder oito prêmios aos melhores conjuntos carnavalescos, blocos, cordões, escolas de samba, conjuntos típicos etc.; que desfilarem durante o Carnaval nesta Cidade”. E ainda destacava: “Os prêmios acima referidos, nos valores de dez mil cruzeiros e sete mil cruzeiros, respectivamente, serão doados aos conjuntos que obtiverem o 1º e 2º lugar”.

O prefeito mandava

A lei ainda especificava os critérios para a premiação: “Aos que apresentarem melhor orquestração; aos que exibirem fantasia mais original; aos que ostentar o mais rico estandarte; e aos que apresentarem melhor dança típica”. Para fazer jus aos prêmios, os conjuntos teriam que desfilar perante a Comissão Julgadora designada pelo prefeito, no palanque que seria armado em frente ao Cassino da Lagoa.

A Comissão Julgadora, de acordo com a legislação de 1957, era composta por nove membros: o prefeito (presidente); dois vereadores; dois representantes da imprensa (“falada e escrita”); um representante da Associação Paraibana de Imprensa (API); um representante do Conservatório Paraibano de Música; e os dois outros membros de livre escolha do presidente da Comissão, no caso o prefeito.

Leis mais recentes

A legislação mais recente relacionada ao Carnaval pessoense é do ano passado. A Lei Ordinária 13.440/2017, resultante do Projeto de Lei 08/2017 do vereador Bruno Farias (PPS), reconhece como patrimônio cultural de natureza imaterial do município de João Pessoa o ‘Carnaval Tradição’. Já a Lei Ordinária 13.410/2017 (da Medida Provisória 59/2017) dispõe sobre os festejos pré-carnavalescos da capital e tem como objetivo regulamentar a realização do pré-Carnaval no município de João Pessoa. De acordo com essa lei, “as prévias carnavalescas de João Pessoa têm início a partir do vigésimo dia que anteceder o feriado de Carnaval, encerrando-se no período momesco”.

A Lei Ordinária 12.314/2012, originada do Projeto de Lei 1.256/2011 do hoje vereador licenciado Durval Ferreira (PP), destaca: “Fica reconhecido de Utilidade Pública a FlaTorre Associação Recreativa & Carnavalesca, como uma entidade de personalidade jurídica, sem fins lucrativos, com duração por tempo indeterminada, com sede e foro na Cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, situada à Rua Feliciano Dourado, 799, no Bairro da Torre (…)”.

Incluindo a Federação Carnavalesca

O ex-vereador e atual suplente de senador Tavinho Santos (PTB) teve, em 2007, aprovado pela Câmara de João Pessoa o seu Projeto de Lei 1.163, que resultou na Lei Ordinária 11.383/2008, alterando dispositivos da Lei 8.298/1997, que criou o Conselho Municipal de Carnaval, definindo a organização do Carnaval, acrescentando a Federação Carnavalesca de João Pessoa como órgão que também participa da organização do Carnaval da cidade; e um representante da Federação como integrante da Coordenação Executiva do Carnaval.

A Lei 8.298/1997 ressalta que a organização do Carnaval de João Pessoa será exercida com a participação dos seguintes órgãos: Conselho Municipal e Coordenação Executiva do Carnaval. Ficava criado o Conselho Municipal do Carnaval como órgão de deliberação coletiva e representativa das entidades, instituições públicas e da sociedade civil, para a definição de critérios e regras de apresentação, seleção e composição dos participantes do Carnaval, bem como de fiscalizar sua gestão.

Além da Federação Carnavalesca de João Pessoa, o Conselho Municipal do Carnaval é composto pela Associação Brasileira das Agências de Viagens na Paraíba (Abav-PB), Associação Folia de Rua, Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Ordem dos Músicos da Paraíba (OMP), Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Polícia Militar do Estado da Paraíba (PM-PB), Secretaria do Turismo de João Pessoa (Setur|), Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a União das Escolas de Samba.

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Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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