A um ano de encerrar a legislatura na Câmara, o número de comissões especiais abertas já bateu todos os recordes. Desde 1.º de fevereiro de 2015, quando parlamentares tomaram posse, foram instalados 148 colegiados temporários para discutir os mais variados temas, muitos deles sem apresentar resultados efetivos. Cerca de 120 comissões ainda continuam em funcionamento e terão os trabalhos retomados na volta do recesso. Cada uma delas dispõe de orçamento de até R$ 10 mil por mês para custear despesas. O gasto anual pode chegar a R$ 13,2 milhões, segundo revela a Coluna do Estadão.
Acelerado. Na legislatura anterior, foram criadas 130. O número de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) pulou de 4 para 15. Técnicos associam o aumento no ritmo da atividade ao período presidido por Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje preso pela Lava Jato.
Privatiza. Michel Temer recomendou a seus principais ministros na reunião de ontem uma ofensiva sobre o Congresso para reduzir a resistência ao programa de privatização, principalmente do setor elétrico.
Razões. O governo argumenta que a medida vai ajudar na retomada do crescimento econômico, melhorar a qualidade dos serviços prestados e reduzir a corrupção com o corte de cargos por indicação política.
Campanha. Arlon Viana, chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, disse no Twitter que Temer é “o mais preparado e forte para enfrentar estorvos, enrascadas, adversidades e infortúnios” entre os pré-candidatos ao Palácio do Planalto.
Sem elogios. Amigo pessoal de Temer, Viana classificou Rodrigo Maia como “um presidente de Câmara razoável” e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, “apenasmente” como um “bom economista”.
Largada. O PR anuncia hoje o apoio à candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo. Na sexta, quem se junta à aliança é o Solidariedade. O atual vice-governador espera compor também com PP, PPB, PROS, PV e PCdoB.
Propaganda. Pelos cálculos do PSB, Márcio França terá o maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito: cerca de 11 minutos.
É meu. Se o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), decidir renunciar ao cargo para disputar o governo da Bahia, a prefeitura deve continuar nas mãos do Democratas. Isso porque seu vice, Bruno Reis, que hoje está no MDB, deve trocar de legenda caso o aliado alce voos mais altos.
Na estrada. A agenda da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, prevê nova rodada de visitas a presídios do País nas próximas semanas.
Encolheu. O governo federal gastou R$ 50 milhões com cartões corporativos em 2017. Foram R$ 2 milhões a menos que em 2016. O Ministério da Justiça foi quem mais consumiu: R$ 12 milhões, segundo a ONG Contas Abertas.