O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, assinou nesta quinta-feira (11) manifesto em favor da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Deputado pelo Solidariedade, Paulinho votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Mas procurou Lula em busca de apoio no Congresso Nacional para discussão da reforma trabalhista, segundo reportagem de Catia Seabra, da Folha.
No fim do ano, os dois conversaram ao telefone e deverão se encontrar ainda neste trimestre.
“Se quiserem tirar o Lula, tem que ser na eleição, no voto. Não no tapetão”, disse Paulinho.
O abaixo-assinado é feito em razão do julgamento de Lula pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal), em Porto Alegre, marcado para dia 24. Se o colegiado confirmar a condenação no caso do tríplex de Guarujá, o ex-presidente pode se tornar inelegível.
O secretário-geral da Unasul e ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, também assinou manifesto pelo direito de Lula concorrer. Em maio de 2016, Samper provocou reação do governo Temer ao questionar publicamente a legalidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmando que o processo expunha o Brasil à aplicação de cláusula democrática da Unasul.
Ministro das Relações Exteriores à época, o ex-governador José Serra afirmou que os argumentos de Samper eram errôneos e deixavam “transparecer juízos de valor infundados e preconceitos contra o Estado brasileiro e seus poderes constituídos”.
Além de Samper, outros três ex-presidentes assinaram o documento em apoio à candidatura de Lula: Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Rafael Correa (Equador).
Os aliados de Lula suam para garantir maior volume de assinaturas ao manifesto que, lançado no dia 19 de dezembro, reúne cerca de 150 mil signatários.