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Líder no ano anterior venceu 4 das últimas 6 eleições presidenciais

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É possível prever, um ano antes da eleição, o resultado das urnas?

Tome-se um caso concreto e atual: Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PSC) lideram até o momento a corrida presidencial do ano que vem.

Em pesquisa Datafolha divulgada no início de dezembro de 2017, o ex-presidente aparece em primeiro lugar, com 34% a 37% das intenções de voto, a depender da simulação; o deputado federal vem em segundo, com 17% a 22%, segundo revela reportagem de Marco Rodrigo Almeida, da Folha.

Mas qual é a probabilidade de os dois candidatos serem os mais votados em outubro de 2018?

Levando em conta as derradeiras pesquisas divulgadas pelo Datafolha nos anos anteriores às seis últimas eleições para a Presidência da República, de 1994 a 2014, o nome mais bem colocado quase um ano antes do pleito confirmou favoritismo nas urnas em quatro pleitos.

Nos outros dois, o candidato favorito no início da campanha não foi eleito.

A eleição de 1994 é um exemplo de como muitas variáveis podem alterar o rumo de uma disputa.

Em dezembro de 1993, um dos cenários do Datafolha mostrava Lula (32%) e Paulo Maluf (13%), então no PPB, nas primeiras posições.

Ambos haviam disputado a eleição anterior, a de 1989, na qual Maluf terminou em quinto lugar, e Lula perdeu para Fernando Collor no segundo turno.

O impeachment de Collor acabou por fortalecer Lula, enquanto Maluf vinha da vitória para a Prefeitura de São Paulo em 1992.

No final de 1993, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), então ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, ocupava o terceiro lugar nas pesquisas, com 10%, em seu melhor desempenho.

FHC tinha, entretanto, uma poderosa carta na manga. O sucesso do Plano Real, lançado no ano seguinte por uma equipe chefiada por ele, impulsionou sua candidatura. FHC foi eleito presidente em outubro de 1994, em primeiro turno.

Já Maluf nem foi candidato naquela eleição.

Em dezembro de 2009, no encerramento do segundo mandato de Lula, Serra despontava como o nome favorito ao Planalto. Tinha 37%, enquanto Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil que nunca havia disputado uma eleição, marcava 23%.

No pleito de 2010, entretanto, o forte crescimento econômico e o apoio de Lula alavancaram a campanha de Dilma, que acabou por vencer o oponente tucano em segundo turno.

No grupo oposto, ou seja, nos casos em que as pesquisas identificaram no ano anterior os nomes que teriam mais votos, há três eleições em que o presidente disputava um segundo mandato: 1998 (FHC), 2006 (Lula) e 2014 (Dilma). Dada a vantagem natural que a reeleição oferece aos mandatários, o cenário tornou-se um pouco mais previsível.

Mas neste tipo de disputa, já houve divergências quanto ao segundo colocado, na comparação entre o que era indicado pelas pesquisas um ano antes e o resultado.

No final de 2001, apontava-se um embate mais acirrado entre Lula (36%) e Ciro Gomes (14%, então no PPS). José Serra (PSDB), na época ministro da Saúde, era o quarto colocado em seu melhor desempenho, com 10%.

A crise de popularidade de FHC no encerramento de seu segundo mandato parecia minar o desempenho do candidato de seu partido. Ele, no entanto, acabou indo ao segundo turno. E Ciro ficou em quarto lugar nas urnas.

PULVERIZAÇÃO

Se toda eleição guarda algum grau de imprevisibilidade, a de 2018 se encaminha para ser a mais imponderável desde o fim da ditadura, tanto pelas dúvidas que pairam sobre os atuais líderes quanto pela provável pulverização de competidores.

Condenado em primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula pode ter sua candidatura barrada pela Justiça.

Bolsonaro, por sua vez, ainda busca um partido pelo qual concorrer. Tem contra ele a tradição de petistas contra tucanos no segundo turno das últimas campanhas.

“Por mais que PT e PSDB estejam com suas reputações abaladas, não será surpresa se os dois partidos se apresentarem novamente como os principais protagonistas da eleição. Isso dependerá, é verdade, da continuidade da candidatura Lula. Já Bolsonaro, nas atuais condições, sem partido com estrutura e tempo de TV, não resiste a duas semanas de campanha”, afirma o cientista social Marco Antonio Carvalho Teixeira, professor da FGV.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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