Principal nome do DEM para o Planalto, Rodrigo Maia tem na manga um trunfo que o destaca dos demais presidenciáveis. Enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) terá de deixar o governo de São Paulo, em abril, para disputar a Presidência e Henrique Meirelles (PSD) precisará se desincompatibilizar do Ministério da Fazenda, caso decida concorrer, Maia poderá continuar no comando da Câmara durante a campanha. Nas mãos, terá o poder de conduzir votações importantes para o País, como a da Previdência, além de fortalecer sua base de apoio, segundo informação da Coluna do Estadão.
Alta costura. A cúpula do DEM identificou no PMDB e em partidos do Centrão, como PTB, PSD, PRB, PP, PR e PSC, a chance para engrossar a candidatura de Rodrigo Maia ao Planalto.
Tá na lei. Pelo artigo 14 da Constituição, Maia permanece chefiando a Câmara, mas fica impedido de assumir a presidência da República a partir de 6 de abril, caso Temer viaje ao exterior. Eunício Oliveira, do Senado, assumiria o País.
Repeteco. Aécio Neves se elegeu governador em Minas Gerais, em 2002, presidindo a Câmara. Renunciou à cadeira só ao final do o ano legislativo, em 17 de dezembro, para se dedicar à formação do governo.
De volta. A caminho da reunião com Temer, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, recebeu uma ligação. Era o demissionário Ronaldo Nogueira, que pedia para reassumir a pasta. Temer optou por Cristiane Brasil, filha de Jefferson.
Na mira. A saída de Marcos Pereira do Ministério da Indústria não interrompe as investigações da Comissão de Ética da Presidência. O conselho analisa os áudios do diálogo entre Pereira e o empresário Joesley Batista, no qual trocariam dados sobre transações financeiras. Pereira nega.
Segue o jogo. A Comissão pode recomendar até censura pública ao ex-ministro. “O fato de ele sair do ministério não afasta a possibilidade de punição”, afirmou Mauro Menezes, presidente do colegiado.
Histórico. Geddel Vieira Lima recebeu a punição máxima do conselho vinte dias após deixar o governo.
Malas prontas. Mesmo sem preencher os cargos de chefia vagos no Ministério dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, a ministra que pediu ao governo para receber R$ 61,4 mil sob alegação de trabalho escravo, vai tirar férias.
Enquanto isso… Luislinda solicitou a Michel Temer a liberação das atividades entre os dias 7 e 21 de janeiro. Das 22 cadeiras vazias na pasta, nomeou apenas seu chefe de gabinete Rafael de Brito para assumir a secretaria-executiva. É ele quem vai substituí-la no tempo em estiver fora.