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Paraíba

MPT quer proibir que garis sejam transportados na traseira de caminhões de lixo

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O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Campina Grande e a Light Engenharia e Comércio Ltda. – empresa terceirizada que executa o serviço de limpeza pública – por flagrante desrespeito às normas trabalhistas: transportar, de forma ilegal, trabalhadores que atuam na coleta de lixo da cidade, em estribos, na parte externa dos caminhões compactadores.

Segundo o MPT, no município de Campina Grande, a execução do serviço de coleta do lixo tem sido realizada de maneira inadequada e insegura, uma vez que os trabalhadores são transportados, de forma precária e perigosa, no fundo dos caminhões compactadores, sem nenhum tipo de proteção, colocando em risco não apenas a sua integridade física, mas a sua própria vida.

“A gravidade da situação a que são submetidos esses trabalhadores é tamanha que, não bastasse o seu transporte irregular, na parte externa de veículos, diversos outros ilícitos foram detectados na execução do serviço de coleta do lixo em Campina Grande”, afirmou o procurador do Trabalho Marcos Almeida, autor da ação.

Na ação, o Ministério Público do Trabalho pede a condenação da Prefeitura de Campina Grande e da empresa Light Engenharia ao cumprimento de várias obrigações, entre elas, não transportar mais os garis pendurados na traseira dos caminhões de lixo e implementar um transporte auxiliar (carro de apoio) para movimentação dos trabalhadores, em veículos de passageiros, tanto na ida como na volta, até o local dos roteiros e rotas, bem como durante a realização do serviço de limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos.

Audiência. A próxima audiência foi remarcada para o dia 25 de janeiro de 2018, na 5ª Vara do Trabalho de Campina Grande.

Sujeito a queda e esmagamento

Uma fiscalização – realizada a pedido do MPT – constatou que garis são transportados em estribos danificados e desnivelados, com pisos antiderrapantes desgastados, ocasionando risco iminente de acidente e de esmagamento, bem como o desencadeamento de doenças ocupacionais.

Durante a inspeção, também foi constatado o transporte de trabalhadores no próprio compartimento de carga.

“O trabalhador transportado em pé no estribo do caminhão coletor (na parte externa do veículo) permanece vulnerável a queda ou lançamento para fora do caminhão, assim como tombamento, prensamento do veículo e toda sorte de desventuras”, afirma trecho do relatório de fiscalização.

Além do risco desses trabalhadores serem esmagados pelo caminhão do lixo durante a execução dos serviços, o MPT argumenta na ação que o Código de Trânsito Brasileiro (lei 9.503/97) estabelece em seu art. 235 a proibição de ‘Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados’. Nesse caso, não existe autorização legal, ou normativa (do Contran) para o transporte de coletores nas partes externas dos caminhões compactadores.

Inalação de gases tóxicos

Em outro trecho do relatório de fiscalização, realizado pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Campina Grande, a inspeção constatou que, “com o veículo em movimento e os coletores posicionados no estribo, os garis recebem o ar na pele, nas mucosas e inalam produtos e substâncias tóxicas presentes em gases, poeiras, névoas e partículas. Gases como azoto, a amônia e o ácido sulfídrico, exalados do lixo em decomposição, e o chorume, produzido nesse processo, ao serem inalados continuamente, causam incômodos e ardência nos olhos dos coletores, há perda momentânea da visão, irritação crônica das mucosas, problemas respiratórios, intoxicações e distúrbios do sistema nervoso”.

R$ 1 MILHÃO

É o valor da indenização por danos morais coletivos pedida pelo MPT com a condenação do município e da empresa prestadora do serviço de limpeza urbana, em Campina Grande.

“Tal exposição dos trabalhadores que fazem a coleta de lixo em Campina Grande engendra grave e iminente risco à vida, saúde e segurança”. (Marcos Almeida – Procurador do Trabalho).

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Paraíba

Justiça obriga e Ricardo desembolsa mais de R$ 350 mil para pagar dívida da campanha de 2022

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O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) foi obrigado pela Justiça a pagar uma dívida pendente com uma empresa de produção audiovisual que havia sido contratada para produzir materiais audiovisuais para a campanha eleitoral de 2022 do petista.

A empresa entrou na Justiça alegando ter sofrido prejuízos pelo não pagamento de uma dívida no valor de R$ 653.329,76 (seiscentos e cinquenta e três mil, trezentos e vinte e nove reais e setenta e seis centavos), oriunda de contratos não pagos por serviços realizados durante a campanha eleitoral de 2022 para Ricardo.

Após tramitação do processo na 9ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa, diz o blog do Marcelo José, a empresa produtora, contratada para a campanha do então candidato Ricardo Vieira Coutinho aceitou receber da pessoa física do político a quantia de R$ 353 mil do próprio bolso, para encerrar o processo.

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Paraíba

R$ 85 mi: PB e mais sete Estados serão beneficiados com recursos para regularização fundiária

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Redação do Portal da Capital

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (28/11), o decreto que cria o programa Periferia Viva, para promover a melhoria das condições de vida nas comunidades. São mais de 30 políticas pactuadas entre ministérios, para fomentar investimentos nas periferias. Só de recursos do Novo PAC serão mais de R$ 7 bilhões. A Paraíba e mais sete Estados serão beneficiados com valor superior a R$ 85 milhões.

“Hoje é o dia em que a periferia desse país se torna visível para o governo e para a sociedade. Vocês não serão mais invisíveis, nós estaremos enxergando vocês”, enfatizou Lula, durante a cerimônia de lançamento do programa no Palácio do Planalto.

Ele pontuou que as necessidades que os moradores de periferias têm atualmente são resultado do descaso do poder público ao longo de décadas. “Eu digo sempre que os prefeitos que entraram nesse país, a partir dos anos 80, na verdade, não estão governando, estão recuperando o descaso que foi feito nos anos 50, 60, no auge do êxodo rural. Porque as pessoas vinham para a cidade sem nenhum preparo, não tinha nenhum preparo para receber, e as pessoas iam para onde a polícia deixava”, afirmou.

“Nós queremos construir neste país uma sociedade civilizada, onde todos têm direitos, mas todos respeitam os direitos dos outros. Onde a gente possa torcer para times diferentes, sem brigar. Onde a gente pode professar uma religião sem ser inimigo da outra, pode votar no candidato sem precisar virar inimigo do outro. É isso que a gente precisa nesse país, para que a gente possa garantir para vocês um programa como esse, chamado Periferia Viva”, declarou Lula.

EIXOS – O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA — Cerca de 19 mil contratos de regularização fundiária e melhorias habitacionais, em oito estados brasileiros, com investimento federal superior a R$ 85 milhões, também foram anunciados durante o evento. Serão 15.097 unidades (regularização fundiária) e mais 4.285 unidades para Melhoria Habitacional, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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Paraíba

Em Brasília, governadores se reúnem com Lewandowisk e debatem sobre PEC da Segurança Pública

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Redação do Portal da Capital

O governador João Azevêdo (PSB) participou, na quinta-feira (28/11), no Palácio do Buriti, em Brasília, do 10º Fórum Nacional de Governadores. O encontro contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, oportunidade em que foi debatida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

Durante a reunião, o ministro afirmou que o governo federal está à disposição para receber propostas dos governadores à PEC e destacou a importância do intercâmbio de informações com os gestores estaduais.

Um novo encontro com os governadores foi marcado para o início de dezembro, com a apresentação de novas sugestões, com o objetivo de fortalecer o combate ao crime organizado no país.

Dentre os pontos previstos na PEC estão a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e da Política Penitenciária e a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública, com a presença de estados e municípios.

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