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Mirian Leitão: ‘Cofre menos vazio’

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No fechamento de 2017, uma boa surpresa: as contas públicas terão um déficit menor do que a meta em R$ 30 bilhões ou mais. Isso, por ironia, dá em torno de R$ 129 bilhões, igual à meta inicial que acabou alterada para R$ 159 bilhões. A boa execução do Tesouro e o aumento da arrecadação de dezembro tiveram esse efeito de melhorar o resultado final do ano. Isso só será divulgado no fim do mês, revela Mirian Leitão, em artigo para O Globo.

Sobre 2018, a primeira notícia é que não será possível adiar o aumento do funcionalismo federal. Como os salários já foram pagos, eles não podem ser reduzidos. O governo já conta com essa despesa de R$ 5 bilhões a mais do que o orçado. Portanto, o ministro Ricardo Lewandowsky, quando deu a liminar em favor dos funcionários, acabou decidindo o mérito, porque não foi possível cassar a medida a tempo.

Nos últimos dias de 2017 começou a ficar claro que a meta seria atingida com folga. Ontem, o número com que se trabalhava na Fazenda era de R$ 129 bilhões ou menos de déficit. Normalmente o dado final só é oficialmente informado no final de janeiro. O governo terá, então, que dar uma boa e uma péssima notícia.

Esse resultado é melhor do que a meta, mas ainda é déficit. Mesmo que fosse superávit, não se transfere sobra de um ano para o outro. E 2018 começa com incertezas cada vez maiores. Por isso será anunciado o contingenciamento de R$ 20 bilhões em um orçamento que já é apertado.

O governo fez o Orçamento de 2018 contando com algumas receitas que ainda não estão garantidas e outras que já se frustraram. Uma delas é o adiamento do reajuste dos funcionários. Quando o governo pensou em adiar o aumento que havia concedido em parcelas anuais, ele consultou juristas e até integrantes do Judiciário. A resposta foi que revogar o aumento concedido não era possível, mas que adiá-lo é constitucional.

Porém, o ministro Ricardo Lewandowsky deu uma liminar suspendendo o adiamento muito no fim do ano e demorou o prazo regulamentar de cinco dias para distribuir seu voto. Não foi possível para a Advocacia-Geral da União conseguir a cassação da liminar. Veio o último dia do ano, e os salários foram pagos com reajuste. Agora não podem ser reduzidos. Portanto, os funcionários federais civis terão a parcela do aumento deste ano. Os militares sempre estiveram de fora dessa medida.

Outra medida já derrotada é a mudança na forma de cobrança do Imposto de Renda sobre os fundos exclusivos. Como qualquer aumento de IR só vale se for aprovado no ano anterior ao cobrado, não entrará em vigor em 2018. Mas o governo decidiu que vai continuar tentando aprovar, nem que seja para valer em 2019. Defende que é uma questão de isonomia com os fundos gerais. De qualquer maneira, só com essas duas derrotas o governo terá uma frustração de R$ 11 bilhões: a soma do que gasta a mais com o reajuste salarial dos seus funcionários com o que deixa de arrecadar na taxação dos fundos exclusivos.

Sobre as contas de 2017, o que acabou acontecendo foi um final muito melhor do que o esperado. No começo do ano houve uma série de frustrações de receitas. O governo teve queda de arrecadação por vários meses seguidos e por isso a decisão foi a de ampliar a meta do déficit de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões. Nos últimos meses, contudo, a receita melhorou, e em novembro, surpreendeu favoravelmente. O governo decidiu então rever para melhor a previsão de receita de dezembro. Mesmo assim, a arrecadação ficou ainda maior em R$ 4 bilhões. Houve também, durante o ano, uma eficiente execução do Tesouro. Esses dois fatos apontam para o resultado de R$ 30 bilhões melhor do que a meta, levando o déficit a R$ 129 bilhões ou menos.

O problema é que o governo, ao anunciar essa boa notícia no fim de janeiro, terá diante de si um aumento do desafio fiscal para 2018. Para tentar melhorar as perspectivas fiscais do ano, amanhã o presidente da Câmara Rodrigo Maia e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles vão se reunir para conversar sobre a agenda de votação da Reforma da Previdência e das medidas de ajuste fiscal.

Há outras medidas pendentes que, se aprovadas, poderão valer ainda em 2018, como a reoneração da folha de salários dos setores empresariais e o aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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