Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou nesta terça-feira que os dois líderes das pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), “não têm chances” na disputa pelo Palácio do Planalto. Para Alckmin, as pesquisas refletem o passado e os números tendem a mudar no decorrer da campanha, que começa em agosto, revela reportagem da Veja.
“Eu acho que nenhum dos dois tem chance. Na verdade, esses extremos, é um olhar para trás, é o que se chama de ‘recall’. Você está olhando para trás. Os argumentos da eleição serão colocados ao longo da eleição. A campanha só começa em agosto. [No momento] é mais um olhar para o passado. Acho que vamos ter um resultado bem diferente. Se a gente for verificar as ultimas eleições, as decisões foram no finalzinho, a população ouve, compara, avalia, para depois decidir o voto”, disse o tucano em entrevista ao Canal Rural.
Conforme a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada em dezembro, as intenções de voto em Alckmin variam de 6% a 12% em sete cenários. O mesmo levantamento aponta intenções de voto em Lula entre 34% e 37% e, em Bolsonaro, entre 17% e 22%.
Sobre as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira, de que o PSDB pode apoiar outro nome ao Planalto caso Geraldo Alckmin não prove ser capaz de unificar o centro, o governador paulista disse que o momento de aglutinar apoios se dará mais à frente.
“Em relação à união de vários partidos, você não fará agora no começo do ano. Ninguém vai dizer em janeiro que não tem candidato, isso é mais ao meio do ano. Mas acho que temos boas possibilidades de o centro ter um grande projeto para aquilo que interessa: gerar emprego, renda, oportunidade para as pessoas”, afirmou Alckmin.