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Gilmar Mendes mandar tirar Garotinho da cadeia

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus pedido pela defesa do ex-governador Anthony Garotinho, preso depois de desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, e autorizou nesta quarta-feira (20) a saída do investigado da prisão. O despacho do magistrado, que ontem (terça, 19) já havia mandado soltar dois empresários suspeitos de envolvimento em malfeitos no Rio (leia mais abaixo), diz não haver indícios que Garotinho apresenta risco às investigações, informa reportagem de Fábio Góis, do Congresso em Foco.

Garotinho havia sido preso novamente em 22 de novembro (relembre a prisão anterior, em setembro), junto com sua esposa e também ex-governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho (libertada em 30 de novembro), depois da acusação por crimes eleitorais. Na ocasião, disse-se vítima de perseguição por ter denunciado o esquema de corrupção orquestrado pelo ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Cabral e três membros da cúpula da Alerj – como Leonardo Picciani, o mais recente presidente eleito da assembleia – estão presos.

Além de Garotinho, Gilmar determinou a soltura também do ex-ministro Antonio Carlos Rodrigues, que chefiou a pasta dos Transportes no governo Dilma Rousseff e é presidente do PR, partido ao qual o ex-governador do Rio é filiado. Ambas as decisões foram tomadas com caráter especial, uma vez que o ministro as proferiu na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em pleno recesso do Judiciário, que começou na madrugada desta terça-feira (19) e vai até 1º de fevereiro de 2018.

A investigação que levou à prisão de Garotinho detectou e atribuiu ao ex-governador os crimes de corrupção, concussão (vantagem indevida decorrente do cargo), envolvimento em organização criminosa e fraude na declaração de contas de campanha. Segundo inquérito conduzido pela Polícia Federal, a empresa JBS (Grupo J&F) fechou contrato irregular com um grupo sediado em Macaé, município do interior do Rio, para serviços de informática. As apurações da PF concluíram que os serviços não foram prestados e que o contrato, orçado em cerca de R$ 3 milhões, foi firmado apenas para dar ares de legalidade ao repasse ilícito de dinheiro empregado no pleito eleitoral.

Mas a investigação não será atingida com a soltura de Garotinho, na opinião de Gilmar Mendes. Em seu despacho, ele diz considerar que a Justiça eleitoral fluminense não aponta qualquer movimentação de Garotinho, atualmente, no sentido de voltar a delinquir, violar as apurações ou fugir da Justiça, algumas das razões usadas por juízes na decretação de prisão preventiva – que, ao invés da temporária, não tem prazo de término.

Com a mesma argumentação usada na libertação de Antonio Carlos Rodrigues, Gilmar Mendes fez a ressalva de que os atos criminosos em pauta foram praticados há mai de três anos. “O decreto de prisão preventiva, assim como o acórdão regional, busca o que ocorrido no passado [eleições de 2014] para, genericamente, concluir que o paciente em liberdade poderá praticar novos crimes – o que, a meu ver, trata-se de ilação incompatível com a regra constitucional da liberdade de ir e vir de cada cidadão, em decorrência lógica da presunção de inocência”, anotou o ministro do STF.

Foragido

O ex-ministro dos Transportes chegou a ser considerado foragido até 28 de novembro, quando se apresentou à Polícia Federal para se submeter à ordem de prisão. Investigado no mesmo processo relativo ao casal Garotinho, Antonio é acusado de corrupção, participação em organização criminosa e falsidade ideológica eleitoral.

A investigação teve início com as delações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS e atualmente presos em São Paulo, acusados de crimes financeiros. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que Antônio Carlos negociou com o ex-governador Garotinho e com a JBS para que aqueça propina de R$ 3 milhões fosse paga em forma de doações eleitorais.

Os acusados negam ter cometido irregularidades eleitorais. Já o Partido da República tem se esquivado de comentar a situação judicial de seus caciques políticos. Mas, por meio de nota que tem sido usada em cada denúncia, diz que não se manifesta sobre decisões do Judiciário.

Livres

Alvos da Operação Fatura Exposta, Miguel Iskin e Gustavo Estelita Cavalcanti são os dois empresários beneficiados pelo ministro com conversão de prisão preventiva em medidas cautelares (recolhimento noturno, proibição de deixar o país etc). Deflagrada pela Polícia Federal em abril, a ação decorreu de investigação que desarticulou quadrilha que operava esquema de fraudes em licitações no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) e na Secretária de Saúde do Rio.

Além dos empresários, o ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes, que participou da gestão do ex-governador Sérgio Cabral, também foi preso sob acusação de integrar o esquema criminoso. Ainda preso, Cabral é réu em mais de uma dezena de ações penais, algumas decorrentes da Lava Jato, e já foi condenado a dezenas de anos de cadeia pelo juiz federal Marcelo Bretas.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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